sexta-feira, 5 dezembro, 2025

Cemig (CMIG4) anuncia JCP de R$ 0,17 por ação e projeta dividend yield acima de 10% em 2025

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), uma das gigantes do setor elétrico brasileiro, anunciou em 23 de junho de 2025 a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 0,17 por ação, com data de corte marcada para 26 de junho. O pagamento será realizado em duas parcelas, previstas para até 30 de junho de 2026 e 31 de dezembro de 2026, respectivamente. A partir de 24 de junho, as ações da companhia, negociadas sob o código CMIG4 na B3, serão ex-direitos. Com essa distribuição, a Cemig acumula R$ 0,82 em proventos por ação em 2025, consolidando sua posição como uma das principais pagadoras de dividendos do setor. O anúncio reforça a estratégia da empresa em oferecer retornos atrativos aos acionistas, enquanto mantém fundamentos financeiros sólidos, mesmo diante de desafios como o cenário político em Minas Gerais.

A notícia chega em um momento de atenção no mercado financeiro, com investidores acompanhando de perto o desempenho das elétricas. A Cemig, que opera majoritariamente na distribuição de energia, tem se destacado por sua geração de caixa estável.

  • Dividendos acumulados: R$ 0,82 por ação em 2025, contra R$ 0,66 em 2024.
  • Cotação atual: R$ 10,80, com margem de segurança de 48% sobre o preço teto.
  • Setor elétrico: Cemig lidera com dividend yield projetado de até 11,57%.

O mercado reage com otimismo, mas analistas recomendam cautela devido à volatilidade esperada para 2026, ano de eleições estaduais.

Por que a Cemig se destaca no setor

A trajetória da Cemig em 2025 reflete uma combinação de gestão eficiente e foco estratégico. A empresa concluiu nos últimos anos um ciclo de desinvestimentos, vendendo ativos não essenciais para concentrar esforços na distribuição de energia. Esse movimento resultou em uma geração de caixa mais previsível, essencial para sustentar os elevados dividendos. Dados financeiros mostram um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 26% e um retorno sobre o capital investido (ROIC) de 16,3%, números que colocam a companhia à frente de concorrentes como CPFL e Energisa.

Além disso, a relação dívida líquida/EBITDA de 0,9x indica baixo risco financeiro, um diferencial em um setor que frequentemente lida com alavancagem elevada. A ação da Cemig, cotada a R$ 10,80, apresenta um desconto significativo em relação ao preço teto conservador de R$ 20,76, calculado com base em um dividend yield de 6%. Esse cenário atrai investidores focados em renda passiva, mas também levanta debates sobre a sustentabilidade dos proventos no longo prazo.

Dividendos em detalhes

O anúncio do JCP de R$ 0,17 por ação é parte de uma política de dividendos que tem garantido à Cemig um lugar de destaque no mercado. Com os R$ 0,82 acumulados em 2025, o dividend yield projetado, considerando a cotação atual, é de 7,59%. Caso a companhia repita o desempenho de 2024, quando distribuiu R$ 1,25 por ação, o yield pode superar 11,57%, um dos mais altos do setor elétrico.

  • Datas-chave do JCP:
    • Data de corte: 26 de junho de 2025.
    • Ex-direitos: 24 de junho de 2025.
    • Pagamentos: Até 30 de junho e 31 de dezembro de 2026.
  • Comparação com 2024: Aumento de 24% nos proventos acumulados.
  • Projeção de yield: Pode alcançar 11,57% com novos anúncios.

A consistência nos pagamentos reflete a saúde financeira da empresa, mas também depende de fatores como a manutenção dos lucros operacionais e a ausência de eventos extraordinários, como os ganhos com vendas de ativos registrados recentemente.

A estratégia de dividir os pagamentos em duas parcelas oferece flexibilidade financeira à companhia, mas exige planejamento dos investidores, especialmente aqueles que dependem dos proventos como fonte de renda.

Comparativo com o setor elétrico

No cenário competitivo, a Cemig se sobressai por sua valuation atrativa. Com um EV/EBIT de 4,7x, a empresa é a mais descontada entre as principais elétricas listadas na B3. Para comparação, a CPFL opera com EV/EBIT de 6,6x, enquanto a Eletrobras registra 7,1x. O dividend yield médio dos últimos cinco anos da Cemig, de 11,57%, também supera concorrentes como Energisa (3,9%) e Eletrobras (4,2%).

Essa vantagem competitiva é resultado de uma operação enxuta e de um mercado cativo em Minas Gerais, onde a Cemig detém uma posição dominante na distribuição. No entanto, a dependência de um único estado também expõe a companhia a riscos regulatórios e políticos, especialmente em anos eleitorais.

Fatores de risco no horizonte

Apesar dos números robustos, investidores devem considerar alguns desafios. O ano de 2026 será marcado por eleições em Minas Gerais, um evento que historicamente aumenta a volatilidade das ações da Cemig devido à influência do governo estadual no controle da companhia. Além disso, parte dos lucros recentes foi impulsionada por eventos não recorrentes, como a venda de ativos, o que pode limitar o crescimento dos proventos no futuro.

  • Riscos identificados:
    • Volatilidade política em 2026.
    • Dependência de eventos não recorrentes para lucros.
    • Possível aumento da alavancagem com novos investimentos.

Outro ponto de atenção é o potencial aumento nos investimentos em infraestrutura, que pode elevar a relação dívida/EBITDA. Embora o indicador atual de 0,9x seja confortável, ciclos de expansão exigem capital, o que pode pressionar a distribuição de dividendos.

Análise técnica e perspectivas de mercado

A ação da Cemig, atualmente cotada a R$ 10,80, encontra-se em uma faixa de lateralização, com suporte em R$ 9,70 e resistência em R$ 11,72. Analistas técnicos apontam que a superação dessa resistência pode levar a ação a alvos de R$ 13,00 e, em um cenário mais otimista, R$ 14,90.

O viés de alta é sustentado por fundamentos sólidos, mas o mercado monitora indicadores macroeconômicos, como a taxa de juros, que impactam o setor elétrico. A Cemig, com sua geração de caixa estável, tende a ser menos sensível a oscilações, mas não está imune a mudanças no cenário econômico.

Curiosidades sobre a trajetória da Cemig

A Cemig, fundada em 1952, é uma das maiores empresas de energia do Brasil, com forte presença em Minas Gerais. Ao longo das décadas, a companhia passou por transformações significativas, incluindo privatizações parciais e reestruturações.

  • Fatos históricos:
    • 1952: Fundação da Cemig como estatal mineira.
    • 2000: Início da abertura de capital na B3.
    • 2010-2020: Ciclo de desinvestimentos para reduzir dívidas.
  • Presença atual: Atende mais de 8 milhões de consumidores.
  • Relevância: Uma das maiores distribuidoras de energia da América Latina.

Essa trajetória reforça a resiliência da empresa, mas também destaca a importância de monitorar fatores externos, como políticas públicas e regulação do setor.

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