
Investir R$ 100 mil em 2025 tornou-se uma decisão estratégica para milhões de brasileiros que buscam rentabilidade e segurança. Com a taxa Selic a 15%, opções como CDB, LCI, LCA, Tesouro IPCA+ e poupança competem pela preferência dos investidores. Simulações publicadas em 8 de julho de 2025 pela Calculadora de Renda Fixa mostram que CDB e LCI superam a poupança e o Tesouro IPCA+ em retornos, especialmente em prazos curtos. A escolha depende de liquidez, prazo e possíveis mudanças tributárias previstas para 2026. A análise, realizada com base em dados da Anbima e do Tesouro Direto, reflete o cenário econômico atual e as prioridades dos aplicadores. Este guia detalha as melhores opções, com números concretos e características de cada investimento.
A poupança, apesar de tradicional, atrai 35% dos investidores, mas entrega apenas R$ 108.429,55 em um ano para R$ 100 mil aplicados. Já o CDB, com 100% do CDI, rende R$ 112.292,50 no mesmo período, enquanto a LCI, isenta de IR, alcança R$ 112.665,00. O Tesouro IPCA+ garante proteção contra a inflação, mas rende menos, com R$ 109.001,14. A segurança do FGC para CDB, LCI e LCA, e a garantia do governo para o Tesouro, minimizam riscos.
- Principais destaques do mercado em 2025:
- CDB lidera em prazos longos com alíquota regressiva de IR.
- LCI e LCA se destacam em prazos curtos pela isenção fiscal.
- Poupança perde competitividade, mas mantém liquidez diária.
- Tesouro IPCA+ protege contra inflação, ideal para longo prazo.
Com a possibilidade de nova tributação em 2026, investidores avaliam estratégias para maximizar ganhos ainda em 2025. A diversificação entre os títulos é uma recomendação recorrente entre especialistas.
Rentabilidade em prazos curtos
A simulação para R$ 100 mil, considerando a Selic a 15% em 2025, aponta LCI e LCA como líderes em um ano, rendendo R$ 112.665,00 líquidos. A isenção de Imposto de Renda, aliada ao retorno de 85% do CDI, garante a vantagem dessas letras de crédito, voltadas ao financiamento do setor imobiliário e agronegócio. O CDB, com 100% do CDI, entrega R$ 112.292,50 após 20% de IR, enquanto o Tesouro IPCA+ rende R$ 109.001,14, também impactado pelo imposto. A poupança, com retorno fixo de 70% da Selic mais TR, fica em último, com R$ 108.429,55.
Bancos médios, como BTG Pactual e Banco Pan, oferecem CDBs com até 115% do CDI, elevando o retorno bruto. A ausência de liquidez diária em LCI e LCA, com prazos mínimos de 90 dias, exige planejamento financeiro. Já o CDB pode oferecer resgate imediato em algumas instituições, como Nubank e Inter, o que atrai investidores com necessidade de flexibilidade.
Vantagens do CDB em prazos longos
Em dois anos, o CDB se destaca, rendendo R$ 127.217,09 líquidos para R$ 100 mil investidos, superando os R$ 126.934,02 de LCI e LCA. A alíquota regressiva do IR, que cai para 15% após 720 dias, reduz o impacto fiscal, enquanto as letras de crédito mantêm o mesmo percentual do CDI. O Tesouro IPCA+ entrega R$ 119.573,50, e a poupança, apenas R$ 117.569,68, reforçando sua baixa atratividade.
A simulação considera o CDI a 14,95%, próximo à Selic, mas o Boletim Focus projeta queda para 12,5% em 2026, o que pode afetar os retornos. Bancos digitais, como C6 Bank, oferecem CDBs com até 112% do CDI para prazos de dois anos, enquanto o FGC garante segurança até R$ 250 mil por CPF e instituição. A escolha por prazos longos exige análise do cenário econômico e das metas do investidor.
Proteção contra a inflação com Tesouro IPCA+
O Tesouro IPCA+ 2035, com vencimento em 15 de maio de 2035, oferece rendimento de IPCA mais 6,82% ao ano, segundo dados do Tesouro Direto. Para R$ 100 mil, o retorno líquido é de R$ 109.001,14 em um ano e R$ 119.573,50 em dois anos, após IR de 20% e 17,5%, respectivamente. A inflação, projetada em 4,3% para 2025 pelo Boletim Focus, é o principal atrativo, mas a rentabilidade líquida é inferior a CDB e LCI em prazos curtos.
O título exige resgate no vencimento ou venda antecipada, com risco de perda se a Selic cair. O Tesouro Selic, com liquidez diária, rende R$ 108.900,00 em um ano, sendo mais indicado para reservas de emergência. Em 2025, o Tesouro Direto conta com 2,7 milhões de investidores, dos quais 60% aplicam até R$ 10 mil, mostrando a popularização do investimento.
Por que a poupança perde atratividade?
Com rendimento de 70% da Selic mais Taxa Referencial (0,1% em 2025), a poupança entrega R$ 108.429,55 em um ano e R$ 117.569,68 em dois anos para R$ 100 mil. Apesar da isenção de IR, o retorno fixo não acompanha a inflação, reduzindo o poder de compra. Dados da Anbima mostram que 35% dos investidores brasileiros ainda optam pela poupança, mas apenas 20% dos novos aplicadores, com preferência por CDBs (45%) e Tesouro Direto (25%).
A liquidez diária é um diferencial, mas a rentabilidade limitada desestimula aplicações de longo prazo. Bancos como Caixa e Banco do Brasil concentram 80% dos depósitos, totalizando R$ 1,2 trilhão em 2025. A poupança segue como porta de entrada para iniciantes, mas perde espaço para opções mais rentáveis.
- Fatores que limitam a poupança:
- Retorno fixo de 70% da Selic mais TR.
- Perda de poder de compra frente à inflação.
- Baixa competitividade em prazos longos.
- Preferência por CDB e Tesouro entre novos investidores.
Mudanças tributárias no horizonte
Uma medida provisória de 27 de junho de 2025 propõe tributação de 17,5% para CDBs e 5% para LCI e LCA a partir de 2026, em análise judicial após suspensão de atos sobre IOF pelo STF. A mudança reduz a vantagem das letras de crédito, com impacto de 0,5% a 1% na rentabilidade líquida. Para R$ 100 mil em LCI a 85% do CDI, o retorno em um ano cairia de R$ 112.665,00 para R$ 112.031,75. A decisão, mediada por Alexandre de Moraes, deve ser finalizada até outubro.
A nova alíquota beneficia CDBs em prazos curtos, mas prejudica investimentos de longo prazo, onde o IR atual cai para 15%. Investidores planejam aplicações em 2025 para aproveitar a isenção atual de LCI e LCA, enquanto monitoram o cenário político e econômico.
Segurança dos investimentos
CDB, LCI e LCA contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF e instituição, cobrindo 95% dos investimentos em renda fixa, segundo a Anbima. O Tesouro Direto, garantido pelo governo, é o mais seguro, mas sujeito a oscilações de mercado. Bancos menores, com taxas de até 120% do CDI, apresentam maior risco de crédito. Em 2024, 12 instituições enfrentaram intervenção do Banco Central, afetando 1,2% dos investimentos em renda fixa.
- Garantias disponíveis:
- FGC para CDB, LCI e LCA até R$ 250 mil.
- Tesouro Direto com garantia do governo.
- Poupança protegida pelo FGC, mas com retorno fixo.
- Risco maior em bancos menores com altas taxas.
Liquidez e planejamento financeiro
A liquidez varia entre os investimentos. CDBs oferecem resgate diário em instituições como Nubank, enquanto LCI e LCA exigem prazos de 90 dias a 3 anos. O Tesouro IPCA+ permite venda antecipada, mas com risco de perda. A poupança garante saques imediatos, mas com baixa rentabilidade. Dados da B3 mostram que 55% dos investidores priorizam liquidez em 2025, enquanto 45% buscam prazos longos para maior retorno.
Investidores devem alinhar o prazo do investimento com suas metas. LCI e LCA são ideais para quem pode esperar o vencimento, enquanto CDBs atendem a diferentes perfis, com opções de resgate imediato ou prazos estendidos.
Perfil dos investidores em 2025
A renda fixa atrai 38% dos investidores brasileiros, com 2,3 milhões de novos aplicadores, segundo a B3. Jovens de 25 a 34 anos, que representam 40% do total, preferem CDBs com liquidez diária. Investidores acima de 50 anos, 25% do total, optam por LCI e LCA para prazos longos. A poupança, escolhida por iniciantes, perde espaço para o Tesouro Direto, que cresceu 15% em 2025.
Ferramentas como a Calculadora de Renda Fixa do InfoMoney, usada por 500 mil pessoas mensalmente, facilitam a comparação. Aplicativos de bancos digitais, como Inter e BTG Pactual, concentram 30% dos investimentos em renda fixa, refletindo a digitalização do mercado.
Dicas para quem está começando
Especialistas recomendam aplicar valores regulares, mesmo pequenos, para formar patrimônio. Em 2025, 60% dos investidores aplicam até R$ 10 mil, segundo a Anbima. Diversificar entre CDB, LCI, LCA e Tesouro IPCA+ reduz riscos e maximiza retornos. Evitar promessas de lucros altos é essencial, com 1,5 milhão de brasileiros vítimas de golpes financeiros em 2024, segundo a CNDL.
- Recomendações práticas:
- Invista regularmente para construir patrimônio.
- Escolha instituições com boa avaliação de crédito.
- Use ferramentas de comparação, como a Calculadora de Renda Fixa.
- Diversifique para equilibrar risco e retorno.
