A nova taxa Selic de 15% ao ano, definida pelo Banco Central em junho de 2025, tornou os investimentos em renda fixa, como os CDBs atrelados a 100% do CDI, ainda mais atraentes para investidores brasileiros. Um aporte de R$ 50 mil em um CDB com essa rentabilidade pode gerar R$ 6.146,25 líquidos em um ano, após o desconto de R$ 1.303,75 de Imposto de Renda (IR), resultando em um montante final de R$ 56.146,25. Mensalmente, o ganho líquido seria de R$ 512,18, com rentabilidade anual líquida de 12,29%. A elevação da Selic, implementada para conter a inflação, beneficia aplicações de curto e longo prazo, mas exige atenção ao risco de crédito das instituições emissoras. A proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF e instituição, reforça a segurança, enquanto mudanças na tributação previstas para 2026 podem impactar os rendimentos.
O CDI, referência para os CDBs, acompanha de perto a Selic, estimado em cerca de 14,85% ao ano em 2025. Bancos oferecem CDBs com diferentes prazos e rentabilidades, mas aqueles atrelados a 100% do CDI são os mais procurados por sua combinação de liquidez e retorno.
A alíquota progressiva de IR, que varia de 15% a 22,5% conforme o prazo, reduz os ganhos, mas uma proposta de alíquota única de 17,5% a partir de 2026, em tramitação no Congresso, pode simplificar o cálculo. Investidores devem avaliar a solidez das instituições, consultando ratings de agências como Fitch e S&P, para minimizar riscos.
- Rendimentos de R$ 50 mil em CDB a 100% do CDI:
- Ganho líquido mensal: R$ 512,18.
- Ganho líquido anual: R$ 6.146,25.
- Valor final após um ano: R$ 56.146,25.
- Rentabilidade líquida anual: 12,29%.
Nova Selic e o apelo da renda fixa
A decisão do Banco Central de elevar a Selic para 15% em 2025 reflete a necessidade de controlar a inflação, que atingiu 4,8% no acumulado de 12 meses até maio, segundo o IBGE. A taxa, a mais alta desde 2016, torna os investimentos atrelados ao CDI mais competitivos frente a alternativas como ações e fundos imobiliários, que enfrentam maior volatilidade.
CDBs com 100% do CDI oferecem retorno bruto próximo a 14,85%, mas o IR reduz o ganho líquido, especialmente em prazos curtos. Por exemplo, aplicações de até 180 dias pagam 22,5% de IR, enquanto as acima de 720 dias têm alíquota de 15%. Essa estrutura incentiva investimentos de longo prazo, embora a liquidez diária de alguns CDBs atraia quem busca flexibilidade.
A popularidade dos CDBs cresceu 25% em 2024, segundo a B3, com investidores alocando R$ 1,2 trilhão em renda fixa. A Selic elevada também beneficia outros ativos, como Tesouro Selic e letras de crédito (LCI e LCA), mas os CDBs se destacam pela proteção do FGC e pela variedade de prazos.
Como funciona o cálculo do rendimento
O cálculo do rendimento de um CDB a 100% do CDI considera a Selic como base, ajustada ao CDI diário. Para R$ 50 mil investidos por um ano, o ganho bruto é de R$ 7.450, mas o IR de 17,5% (aplicável entre 361 e 720 dias) reduz o lucro para R$ 6.146,25. Mensalmente, o rendimento bruto de cerca de R$ 620,83 é reduzido a R$ 512,18 após o imposto.
A rentabilidade varia conforme o prazo. Em 30 dias, com IR de 22,5%, o ganho líquido cai para cerca de R$ 470. Para prazos acima de dois anos, a alíquota de 15% eleva o retorno líquido para R$ 6.332,50 anuais. Bancos digitais, como Nubank e Inter, oferecem CDBs com liquidez diária, enquanto instituições menores, como Banco Máxima, prometem até 120% do CDI, mas com maior risco de crédito.
Simulações da XP Investimentos mostram que CDBs de bancos com rating AAA rendem, em média, 12% líquidos ao ano, enquanto os de rating BBB podem oferecer até 14%, mas exigem maior cautela. Investidores devem diversificar aplicações para não exceder o limite de R$ 250 mil por instituição coberto pelo FGC.
Proteção do Fundo Garantidor de Créditos
O FGC é um diferencial dos CDBs, garantindo até R$ 250 mil por CPF e instituição em caso de falência do emissor. O limite global por investidor é de R$ 1 milhão a cada quatro anos, considerando todas as instituições cobertas. Em 2024, o FGC ressarciu R$ 350 milhões a investidores de bancos em liquidação, como o Banco Neon, reforçando sua confiabilidade.
A proteção não cobre perdas por má gestão do investidor, como escolher prazos inadequados, nem se aplica a outros ativos, como ações ou fundos. Para maximizar a segurança, especialistas recomendam verificar o rating do banco, com agências como Moody’s atribuindo notas de AAA (menor risco) a C (alto risco). Bancos como Bradesco e Itaú, com ratings elevados, oferecem CDBs a 100% do CDI com baixo risco.
- Regras do FGC para CDBs:
- Cobertura de até R$ 250 mil por CPF e instituição.
- Limite global de R$ 1 milhão a cada quatro anos.
- Ressarcimento em caso de falência ou liquidação.
- Não cobre perdas por escolhas inadequadas do investidor.

Riscos do investimento em CDB
O principal risco dos CDBs é o crédito, ou seja, a possibilidade de o banco emissor não pagar o valor devido. Instituições menores, como bancos regionais, oferecem rentabilidades acima de 110% do CDI para atrair investidores, mas podem ter menor solidez financeira. Em 2024, 15% dos CDBs disponíveis no mercado eram de emissores com rating BBB ou inferior, segundo a Anbima.
Outro risco é a liquidez. CDBs com resgate apenas no vencimento podem travar o capital por anos, sendo inadequados para quem precisa de acesso rápido. Investidores devem ler o regulamento do CDB, verificando prazos, carências e penalidades por resgate antecipado. A diversificação entre bancos e prazos reduz esses riscos.
A inflação, embora controlada, também pode corroer o retorno real. Com a Selic a 15% e inflação projetada em 4,5% para 2025, o ganho real de um CDB a 100% do CDI fica em torno de 7,5% ao ano, após impostos, segundo cálculos da XP.
Mudança na tributação em 2026
Uma medida provisória em tramitação no Congresso propõe unificar a alíquota de IR em 17,5% para renda fixa a partir de 1º de janeiro de 2026, independentemente do prazo. A mudança, se aprovada, simplificará o cálculo e pode beneficiar aplicações de curto prazo, hoje taxadas em até 22,5%. Para R$ 50 mil em um CDB de um ano, o ganho líquido subiria para R$ 6.171,25, um aumento de R$ 25 em relação à alíquota atual.
A proposta enfrenta resistência de investidores de longo prazo, que perdem a vantagem da alíquota de 15%. Bancos já ajustam suas ofertas, promovendo CDBs de prazos médios para aproveitar a possível mudança. A Anbima estima que a unificação pode atrair R$ 50 bilhões adicionais para renda fixa em 2026.
Perfil do investidor em CDB
Os CDBs atraem desde investidores conservadores até aqueles que buscam diversificação. Em 2024, 60% dos aplicadores em CDBs tinham entre 25 e 45 anos, segundo a B3, com aportes médios de R$ 30 mil. Bancos digitais lideram a captação, com 40% do mercado, devido à facilidade de acesso via aplicativos.
Mulheres representam 45% dos investidores em renda fixa, um aumento de 10% em relação a 2020. A busca por segurança e retornos previsíveis, especialmente com a Selic elevada, explica o crescimento. Investidores iniciantes preferem CDBs com liquidez diária, enquanto os experientes optam por prazos longos para reduzir o IR.
- Perfil dos investidores em CDB:
- 60% têm entre 25 e 45 anos.
- Aportes médios de R$ 30 mil.
- 45% são mulheres, com crescimento de 10% desde 2020.
- 40% dos investimentos via bancos digitais.
Alternativas à renda fixa
Além dos CDBs, a Selic a 15% torna outras opções de renda fixa atrativas. O Tesouro Selic, com liquidez diária e isenção de IR para pequenos valores, rende cerca de 14,5% ao ano. LCIs e LCAs, isentas de IR, oferecem retornos líquidos de até 13,5% em bancos menores, mas sem cobertura do FGC para valores acima de R$ 250 mil.
Fundos de renda fixa, como os DI, rendem próximo ao CDI, mas cobram taxas de administração que podem chegar a 1% ao ano. Ações e fundos imobiliários, embora mais arriscados, atraem investidores dispostos a enfrentar a volatilidade da Bolsa, que subiu 8% em 2024, segundo o Ibovespa.
Estratégias para maximizar retornos
Especialistas recomendam diversificar aplicações em CDBs de diferentes prazos e emissores para equilibrar risco e retorno. Investir em bancos com rating AAA, como Santander e Banco do Brasil, minimiza o risco de crédito, enquanto CDBs de instituições menores, com até 120% do CDI, podem aumentar os ganhos.
Outra estratégia é combinar CDBs com LCIs e LCAs para aproveitar a isenção de IR. Para prazos acima de dois anos, a alíquota de 15% maximiza o retorno líquido. Simuladores online, como os da XP e do Banco Inter, ajudam a planejar aportes com base na Selic e no CDI.
Importância do planejamento financeiro
O aumento da Selic reforça a importância de planejar investimentos. Consultores financeiros sugerem reservar 30% da carteira para renda fixa, com CDBs como base para segurança. A diversificação com ativos de renda variável, como ETFs, pode complementar os ganhos, especialmente em cenários de inflação controlada.
A educação financeira é essencial para evitar armadilhas, como CDBs com carências longas ou taxas ocultas. Em 2024, 20% dos investidores em renda fixa relataram perdas por desconhecimento de regras, segundo a CVM. Ferramentas como simuladores e aplicativos de bancos digitais ajudam a tomar decisões informadas.
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