No Parque da Maternidade, a Casa dos Povos da Floresta, símbolo da cultura regional, foi alvo de vandalismo e abandono — e o estrago expõe carência institucional que ultrapassa fronteiras do Acre.

O que aconteceu: a ferida aberta da memória
A manhã do dia 25 de agosto trouxe imagens que cortam até os mais secos corações: o telhado da Casa dos Povos da Floresta praticamente arrancado, portas e janelas danificadas, fios elétricos levados, acúmulo de lixo ao redor e até materiais de construção, como telhas e madeiras, furtados — tudo isso à luz do dia, como denúncia escancarada da negligência institucional
Administrada pela Seta, Sic&Tec e Fundação de Cultura Elias Mansour, a unidade segue abandonada e vulnerável à degradação constante
Memória em ruínas
Inaugurada no início dos anos 2000, a Casa dos Povos da Floresta imita uma grande maloca indígena e abriga exposições sobre ribeirinhos, indígenas, seringueiros, além de biblioteca, acervo audiovisual e artesanato regional (museudasculturasindigenas.org.br).
Foi pensada como templo vivo da memória acreana — um lugar para que as gerações se reconectassem com sua própria história. Hoje, no entanto, o espaço está esvaziado de cuidado e dignidade. O abandono não destrói só alvenaria: corrói identidade.
Vandalismo silencia cultura — e ecoa pra além do Acre
Isso não acontece só aqui. Em várias cidades da Amazônia, prédios históricos e espaços de memória sofrem o mesmo destino: abandono, furtos e esquecimento. O que deveria ser orgulho, vira ruína. E quando isso vira padrão, o Brasil inteiro falha na preservação de sua própria cultura.
Reação e silêncio: a prefeitura assistindo o patrimônio em frangalhos
Até agora, nenhuma resposta contundente. As imagens servem como grito, mas o poder público ainda não respondeu com planos claros de recuperação. Se isso, que tá no centro da cidade, não faz efeito — que sinal isso manda para legisladores, gestores, Brasília?
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Contexto mais amplo: memória, identidade e urgência
No Acre, já bastava ver o Memorial Chico Mendes, a Biblioteca da Floresta ou o Museu da Borracha sendo esquecidos. Agora a Casa dos Povos da Floresta entra nesse rol — e é um golpe contra os povos da floresta e sua história imemorial (Wikipédia).
Se nem lugares que simbolizam resistência e ancestralidade recebem atenção, como cobrar consciência do governo, da sociedade, de Brasília?
Conclusão
O descaso com a Casa dos Povos da Floresta é mais do que vandalismo: é perdão por esquecer quem somos. Resta urgentemente transformar o luto em ação — porque memória retém pessoas, e o futuro que queremos escapa com cada pedaço histórico abandonado.
Links internos úteis (Cidade AC News)
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Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
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