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Calixto critica Naluh: conselheira do TCE é acusada de atuar como militante e perder isenção

"De árbitra a atacante: Naluh Gouveia, conselheira do TCE, é retratada chutando contra o gol do governador Gladson Cameli, em alusão às críticas sobre seu ativismo político dentro de um órgão técnico."

"De árbitra a atacante: Naluh Gouveia, conselheira do TCE, é retratada chutando contra o gol do governador Gladson Cameli, em alusão às críticas sobre seu ativismo político dentro de um órgão técnico."

Secretário de Governo afirma que Naluh Gouveia deixou de ser árbitra para virar jogadora política, confundindo a função técnica do Tribunal de Contas com ativismo partidário.

Durante entrevista no Programa Boa Conversa – Edição Aleac, o secretário de Governo do Acre, Luiz Calixto, rebateu duramente a atuação da conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), Naluh Gouveia.
Segundo ele, não há problema com a instituição, mas sim com posturas isoladas da conselheira, que, em suas palavras, “já não sabe distinguir se atua como conselheira ou como militante político”.

Calixto classificou como grave a suposta declaração de Naluh em um evento público, quando teria chamado o governador Gladson Cameli de “assassino”.

“Isso não é palavra que uma conselheira, que um magistrado, se refira a um governador. Se há irregularidades, que se punam. Se há inconsistências, que se peçam as correções. Mas atribuir a um governador essa taxa é pesado demais”, disse.

 

A liturgia do cargo em xeque

Naluh, ex-deputada estadual pelo PT e com histórico de atuação combativa, agora ocupa a função de conselheira do TCE. Para Calixto, entretanto, o comportamento dela ainda remete mais ao parlamento do que a um órgão técnico de fiscalização.

“Ela precisa entender que não é mais deputada do PT. Hoje, é conselheira de uma instituição que goza de respeito e autonomia. Questionar é legítimo, mas é preciso manter a liturgia do cargo”, ressaltou.

 

Proposta de CPI amplia a crise

A tensão se intensificou quando Naluh sugeriu, em audiência pública na Aleac, a criação de uma CPI para investigar renúncias fiscais previstas para 2026 — estimadas em R$ 625 milhões.
Na visão da conselheira, trata-se de dinheiro que poderia reforçar áreas como saúde, educação e habitação.

Calixto reagiu:

“É temeroso fazer discursos para arrancar aplausos. Os incentivos fiscais existem para garantir empregos, dar competitividade a indústrias e incluir pessoas com deficiência. Sem eles, teríamos demissões em massa e empresas fechando as portas.”

O secretário exemplificou com o caso de cooperativas de café em Cruzeiro do Sul, que só conseguem competir no mercado graças aos incentivos. Para ele, classificar a renúncia fiscal como perda direta de receita ignora a lógica de desenvolvimento econômico e inclusão social.

O trocadilho inevitável: quem é árbitro não pode ser atacante

A discussão expõe o dilema central: Naluh já não atua como árbitra do jogo, mas como jogadora de oposição. Ao levantar bandeiras políticas dentro de um tribunal técnico, perde a isenção necessária para julgar as contas do Estado.

O Tribunal de Contas tem papel constitucional de fiscalizar, auditar e julgar a aplicação dos recursos públicos. Sua função é proteger o bolso do contribuinte e dar respaldo técnico ao parlamento. Quando um conselheiro confunde essa missão com palanque político, o risco é de contaminar a credibilidade de toda a instituição.

Conclusão Letal

No fim das contas, o embate não é apenas entre governo e conselheira: é sobre a sobrevivência da confiança no TCE como árbitro imparcial das finanças públicas.
Ao vestir a camisa da militância, Naluh abandona o apito e entra em campo como atacante, colocando em xeque não apenas sua imagem, mas também a autoridade de um órgão que deveria estar acima das disputas eleitorais.
👉 E quando quem julga resolve jogar, o maior perdedor é o contribuinte.


📲 Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
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