Em 9 de junho de 2025, Blake Lively, atriz de 37 anos, celebrou uma vitória judicial após um juiz federal em Nova York rejeitar o processo de US$ 400 milhões movido por Justin Baldoni, seu colega de elenco e diretor no filme It Ends With Us. A ação, que acusava Lively e seu marido, Ryan Reynolds, de extorsão e difamação, foi considerada infundada pelo juiz Lewis J. Liman, que também arquivou um processo separado de US$ 250 milhões contra o The New York Times. Lively usou o Instagram para expressar alívio, destacando o peso emocional do litígio e seu compromisso em defender os direitos das mulheres. A decisão, classificada como “vitória total” pelos advogados da atriz, ocorreu em meio a uma disputa que começou em dezembro de 2024, quando Lively acusou Baldoni de assédio sexual e retaliação. A batalha judicial, que atraiu atenção global, continua com a possibilidade de Baldoni reformular algumas alegações até 23 de junho.
A vitória de Lively foi recebida com entusiasmo por seus apoiadores, que viram a decisão como um marco na luta contra processos retaliatórios. Em sua mensagem, a atriz agradeceu aos fãs e organizações que a apoiaram, listando grupos voltados para os direitos das mulheres e combate à violência. A disputa, que expôs tensões nos bastidores de It Ends With Us, também reacendeu debates sobre o uso de ações judiciais para silenciar denúncias.
- Organizações destacadas por Lively:
- California Women’s Law Center.
- National Network to End Domestic Violence.
- Sanctuary for Families.
- Women’s Justice NOW.
O caso segue com a equipe de Lively buscando custas judiciais e danos adicionais contra Baldoni.
Rejeição do processo
A decisão do juiz Lewis J. Liman marcou um ponto de virada na disputa entre Lively e Baldoni. O processo de US$ 400 milhões, movido por Baldoni e a produtora Wayfarer, alegava que Lively e Reynolds haviam orquestrado uma campanha de difamação para prejudicar sua reputação. O juiz, no entanto, considerou as acusações de extorsão e difamação insuficientemente fundamentadas, arquivando a ação. Um segundo processo, de US$ 250 milhões contra o The New York Times, também foi descartado, reforçando a vitória de Lively.
Os advogados da atriz, Esra Hudson e Mike Gottlieb, celebraram o veredicto, chamando o processo de Baldoni de “farsa” desde o início. Eles afirmaram que a decisão do tribunal validou a posição de Lively, que agora planeja buscar custas judiciais, danos triplicados e punitivos contra Baldoni e sua equipe. A sentença, proferida em 9 de junho, foi vista como uma resposta direta às táticas legais de Baldoni, que, segundo Lively, visavam intimidá-la após suas denúncias de assédio.
Embora o juiz tenha permitido que Baldoni reformule claims por violação de pacto implícito e interferência contratual até 23 de junho, a rejeição inicial foi um golpe significativo para sua estratégia legal. A audiência para o caso principal está marcada para março de 2026, prometendo mais capítulos na saga judicial.
Contexto da disputa
A batalha legal começou em dezembro de 2024, quando Lively entrou com uma ação contra Baldoni, a Wayfarer e outros, acusando o diretor de assédio sexual e retaliação durante as filmagens de It Ends With Us. O filme, baseado no romance de Colleen Hoover, aborda temas de violência doméstica, o que tornou as alegações de Lively ainda mais impactantes. Ela afirmou que Baldoni criou um ambiente hostil no set, com comportamentos inadequados que a deixaram desconfortável.
Baldoni negou as acusações, alegando que Lively fabricou as denúncias para assumir o controle criativo do projeto. Em resposta, ele moveu o processo de US$ 400 milhões, acusando a atriz de extorsão e difamação. A troca de acusações transformou a produção do filme em um escândalo público, com detalhes dos bastidores amplamente discutidos na mídia e nas redes sociais.
Lively, que também é produtora executiva do filme, recentemente retirou duas claims de sua ação original — sofrimento emocional intencional e negligente — em um movimento descrito por sua equipe como parte de uma estratégia para focar nas acusações centrais. Esse ajuste, segundo seus advogados, é comum em litígios complexos e não compromete a força de seu caso.
Declaração de Lively
Em sua mensagem no Instagram, Lively abordou o impacto emocional do processo de Baldoni. “Como tantas outras, senti a dor de um processo retaliatório, incluindo a vergonha fabricada que tenta nos quebrar”, escreveu. Ela destacou a dificuldade enfrentada por muitas mulheres que não têm recursos para enfrentar litígios semelhantes, reforçando sua determinação em apoiar vítimas de abusos.
A atriz também agradeceu aos fãs e organizações que ofereceram suporte, mencionando grupos como a California Employment Lawyers Association e a New York City Alliance Against Sexual Assault. Essas entidades, algumas das quais apresentaram amicus briefs no caso, criticaram a ação de Baldoni como uma tentativa de enfraquecer leis que protegem mulheres que denunciam abusos. A mensagem de Lively foi vista como um apelo à solidariedade, resonando com movimentos que defendem os direitos das mulheres.
- Temas abordados por Lively:
- Dor emocional de processos retaliatórios.
- Importância de recursos para vítimas.
- Solidariedade com mulheres que denunciam abusos.
A judge has dismissed Justin Baldoni’s $400 million defamation lawsuit against Blake Lively and Ryan Reynolds.
The judge, Lewis J. Liman, found that her accusations of sexual harassment were legally protected and therefore immune from suit. pic.twitter.com/e9blC7MBI8
— Pop Base (@PopBase) June 9, 2025
Reações públicas
A decisão judicial gerou ampla repercussão. Nas redes sociais, fãs de Lively celebraram a vitória, com mensagens como “Justiça foi feita” e “Blake merece ser ouvida”. Alguns usuários destacaram a importância do caso para discussões sobre abuso de poder em Hollywood, enquanto outros criticaram Baldoni por suas táticas legais. A hashtag #StandWithBlake ganhou tração, refletindo o apoio à atriz.
Organizações de direitos das mulheres também se manifestaram, elogiando a decisão do juiz como um passo contra o uso de processos para silenciar denúncias. Um porta-voz de Lively destacou que os amicus briefs apresentados por grupos como CHILD USA e Equal Rights Advocates foram cruciais para expor as intenções de Baldoni. A cobertura da mídia, incluindo artigos em portais como Variety e Deadline, enfatizou o impacto do caso no debate sobre assédio no entretenimento.
Contexto de It Ends With Us
O filme It Ends With Us, lançado em agosto de 2024, foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de US$ 350 milhões globalmente. A história, que explora o ciclo da violência doméstica, gerou elogios pela atuação de Lively como Lily Bloom, mas também atraiu polêmica devido às tensões nos bastidores. Relatos de desentendimentos entre Lively e Baldoni surgiram durante a divulgação, com rumores de que a atriz assumiu maior controle na edição final do filme.
As acusações de Lively intensificaram essas especulações, sugerindo que as tensões criativas podem ter contribuído para o ambiente hostil no set. Baldoni, que também interpreta o personagem Ryle Kincaid, defendeu sua conduta, afirmando que as denúncias eram infundadas. A disputa transformou o filme em um símbolo de discussões mais amplas sobre dinâmicas de poder em produções cinematográficas.
Resposta de Baldoni
A equipe legal de Baldoni, liderada por Bryan Freedman, reagiu à rejeição do processo com críticas à conduta de Lively. Em março de 2025, Freedman acusou a atriz de manipular o sistema judicial para promover sua agenda, chamando sua tentativa de arquivar o processo de “abuso do sistema legal”. Ele defendeu que as leis existem para proteger os inocentes, não para serem distorcidas por “elites privilegiadas”.
Apesar da derrota inicial, a possibilidade de Baldoni reformular suas alegações até 23 de junho mantém a disputa viva. A equipe de Lively, no entanto, expressou confiança de que qualquer nova ação será igualmente rejeitada, citando a solidez da decisão do juiz Liman. A batalha judicial continua a atrair atenção, com implicações para ambos os lados.
Apoio de organizações
As organizações listadas por Lively em seu post no Instagram desempenharam um papel significativo no caso. Grupos como a Coalition Against Trafficking in Women e a New York State Anti-Trafficking Coalition apresentaram documentos legais que reforçaram a posição da atriz. Esses briefs argumentaram que o processo de Baldoni representava uma tentativa de minar leis destinadas a proteger denunciantes, especialmente mulheres que relatam assédio.
A participação dessas entidades destacou a relevância do caso para questões mais amplas de justiça de gênero. A California Women’s Law Center, por exemplo, publicou uma nota elogiando a decisão do juiz como uma vitória para vítimas de retaliação. A visibilidade dessas organizações no caso também ampliou o alcance da mensagem de Lively, conectando sua experiência pessoal a movimentos globais.
Próximos passos judiciais
Com a audiência marcada para março de 2026, a disputa entre Lively e Baldoni está longe de terminar. A equipe da atriz planeja buscar custas judiciais e danos punitivos, alegando que o processo de Baldoni foi uma tentativa deliberada de intimidação. A possibilidade de Baldoni reformular suas alegações adiciona incerteza, mas a decisão de 9 de junho fortaleceu a posição de Lively.
A batalha também levantou questões sobre o uso de ações judiciais em Hollywood para resolver conflitos pessoais e profissionais. Casos semelhantes, como a disputa entre Johnny Depp e Amber Heard, foram citados por analistas como precedentes, destacando o impacto de litígios de alto perfil na percepção pública de celebridades.
- Próximos marcos do caso:
- Prazo para Baldoni reformular claims: 23 de junho de 2025.
- Audiência principal: Março de 2026.
- Busca por custas e danos por parte de Lively.
Impacto cultural
A vitória de Lively foi vista como um momento significativo para o movimento #MeToo, que continua a moldar discussões sobre assédio em indústrias criativas. A decisão do juiz foi interpretada como um sinal de que tribunais estão mais atentos a processos retaliatórios, especialmente aqueles que visam silenciar denúncias de abuso. A cobertura da mídia destacou o caso como um exemplo de como celebridades podem usar sua plataforma para amplificar questões sociais.
O apoio de fãs e organizações reforçou a imagem de Lively como uma defensora dos direitos das mulheres. Sua mensagem no Instagram, focada em solidariedade e resiliência, resonou com um público global, enquanto a lista de organizações forneceu recursos práticos para vítimas de violência e retaliação. A disputa, embora centrada em Hollywood, tocou em temas universais de justiça e igualdade.
Legado de Lively
Além de sua carreira como atriz, Lively tem se destacado como produtora e defensora de causas sociais. Sua atuação em It Ends With Us foi elogiada por trazer sensibilidade a um papel complexo, e sua decisão de falar publicamente sobre o caso reforçou sua reputação como uma voz influente. A vitória judicial, embora parcial, consolidou sua posição como uma figura que enfrenta desafios com determinação.
O caso também destacou a importância de recursos legais para vítimas de processos retaliatórios. A lista de organizações compartilhada por Lively, que inclui grupos como Esperanza United e Urban Resource Institute, serve como um guia para quem enfrenta situações semelhantes, ampliando o impacto de sua mensagem. A disputa com Baldoni, embora pessoal, tornou-se um símbolo de resistência contra tentativas de silenciamento.