O bebê José Pedro, que havia surpreendido ao apresentar sinais vitais momentos antes de seu sepultamento em Rio Branco, não resistiu e faleceu na noite de domingo (26), na UTI neonatal do Hospital da Criança. O caso, que comoveu o Acre, segue sob apuração pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e pela Polícia Civil.
De acordo com o prontuário da Maternidade Bárbara Heliodora, José Pedro nasceu prematuro extremo, com 23 semanas de gestação e apenas 525 gramas. A mãe, Sabrina Souza da Costa, entrou em trabalho de parto sem causa aparente, resultando na expulsão do feto com a bolsa amniótica ainda íntegra. A médica plantonista da UTI Neonatal, Charlene Cristine Rodrigues Menezes, foi responsável pela avaliação inicial.
O documento médico aponta que, após a ruptura da bolsa, a equipe constatou ausência de atividade cardíaca, cianose e circular de cordão. Diante do quadro, o óbito foi declarado às 21h10, e a documentação oficial foi emitida pela médica Jhersyka Kessis Gonçalves Carvalho Campos. A situação, até então, era tratada como uma perda fetal decorrente de extrema prematuridade.
Entretanto, cerca de 13 horas depois, durante o sepultamento no Cemitério Morada da Paz, familiares ouviram o bebê chorar dentro do caixão. José Pedro foi imediatamente resgatado e levado de volta à maternidade, onde recebeu reanimação e foi transferido para o Hospital da Criança. Apesar dos esforços da equipe médica, o recém-nascido não resistiu.
Em nota de pesar, a Sesacre destacou que todos os esforços foram realizados para garantir o melhor cuidado ao bebê, que veio a falecer devido a choque séptico e sepse neonatal. A secretaria expressou solidariedade à família, esclareceu que a transferência para outra unidade não foi cogitada pelo alto risco e informou que a equipe responsável pelo atendimento inicial foi afastada enquanto o caso segue em rigorosa apuração. A Sesacre reafirmou o compromisso com o cuidado humanizado à vida.




