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Bandeira vermelha encarece conta de luz em julho: dicas para economizar energia

Bandeira vermelha encarece conta de luz em julho: dicas para economizar energia

Conta de Luz

A partir de julho de 2025, os brasileiros enfrentam um aumento na conta de luz devido à manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A medida, justificada pela escassez de chuvas e pela menor geração de energia hidrelétrica, adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Diante desse cenário, especialistas e empresas do setor elétrico, como a Cemig, orientam sobre o uso consciente de energia para aliviar o impacto no orçamento familiar. O chuveiro elétrico, principal vilão do consumo, lidera a lista de equipamentos que exigem atenção, mas cuidados com geladeira, ar-condicionado e iluminação também podem fazer a diferença. Este artigo reúne estratégias práticas para reduzir gastos, baseadas em recomendações técnicas e hábitos simples, sem comprometer o conforto doméstico.

A decisão da Aneel reflete as condições climáticas adversas que afetam os reservatórios das hidrelétricas, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A bandeira vermelha, já aplicada em junho, sinaliza a necessidade de maior eficiência energética. Para ajudar os consumidores, o g1 e especialistas do setor compartilham orientações que vão desde ajustes no uso de eletrodomésticos até mudanças na estrutura da casa.

Essas medidas, quando aplicadas de forma consistente, podem gerar economia significativa, especialmente em meses de tarifas mais altas.

Por que a conta de luz está mais cara?
A manutenção da bandeira vermelha em julho de 2025 decorre de um cenário de seca que reduz a capacidade de geração das hidrelétricas, principal fonte de energia do Brasil. Segundo a Aneel, a queda nos níveis dos reservatórios exige o acionamento de termelétricas, que têm custo mais elevado. Esse custo adicional é repassado aos consumidores por meio da bandeira tarifária, um mecanismo criado para equilibrar as despesas do setor elétrico.

O valor de R$ 4,46 por 100 kWh consumidos pode parecer pequeno, mas, em residências com alto uso de energia, o impacto é notável. Por exemplo, uma casa que consome 300 kWh por mês terá um acréscimo de R$ 13,38 na fatura, sem contar outros reajustes tarifários regionais. A situação exige que os consumidores repensem seus hábitos para evitar surpresas no fim do mês.

O engenheiro Thiago Batista, da Cemig, destaca que a conscientização é essencial. “O uso racional da energia não significa abrir mão do conforto, mas sim usar os equipamentos de forma inteligente”, explica. A seguir, detalhamos as principais estratégias para alcançar esse objetivo.

Chuveiro elétrico: o maior desafio para economizar
Entre os eletrodomésticos, o chuveiro elétrico é o que mais consome energia, especialmente em banhos longos ou com a chave na posição inverno. A Cemig estima que ajustar o chuveiro para a posição verão pode reduzir o consumo do aparelho em até 30%.

Para maximizar a economia, algumas práticas são recomendadas:

Batista alerta que aumentar o tempo de banho anula os benefícios de reduzir a potência. “Um banho de 15 minutos na posição verão pode consumir tanto quanto um de 10 minutos na posição inverno”, explica. Além disso, em meses mais quentes, como julho, a necessidade de água quente diminui, o que facilita a adoção dessas medidas.

Geladeira: o consumo silencioso
A geladeira é o segundo maior consumidor de energia em uma residência, funcionando 24 horas por dia. O hábito de abrir e fechar a porta com frequência ou armazenar alimentos quentes aumenta o trabalho do motor, elevando o gasto energético.

Para otimizar o uso da geladeira, especialistas sugerem:

Um teste simples para verificar a vedação é colocar uma folha de papel entre a porta e a geladeira. Se a folha deslizar facilmente ao puxar, a borracha precisa ser substituída. Essa medida evita a entrada de ar quente, que força o aparelho a consumir mais energia.

Ar-condicionado versus ventilador: qual escolher?
Com as altas temperaturas, o uso de ar-condicionado e ventiladores aumenta, mas os dois aparelhos têm impactos diferentes na conta de luz. O ventilador é significativamente mais econômico, consumindo menos energia mesmo em longos períodos de uso. No entanto, o ar-condicionado, embora mais caro, é indispensável em regiões muito quentes.

Thiago Godoy, especialista em educação financeira, explica que o consumo do ar-condicionado cresce cerca de 10% a cada grau reduzido na temperatura. “Ajustar o aparelho para 23°C ou 24°C, em vez de 18°C, pode gerar uma economia considerável”, diz. Outras dicas incluem:

Para quem planeja comprar um ar-condicionado, a escolha de modelos com tecnologia inverter e selo Procel de eficiência energética é fundamental. Esses equipamentos consomem menos energia e oferecem economia a longo prazo.

Iluminação: pequenas mudanças, grandes resultados
A iluminação representa uma parcela significativa do consumo energético, mas mudanças simples podem reduzir os custos. A substituição de lâmpadas incandescentes por modelos LED é uma das medidas mais eficazes, já que as lâmpadas LED consomem até 80% menos energia e têm maior durabilidade.

Gustavo Sozzi, da Lux Energia, sugere aproveitar a luz natural sempre que possível. “Paredes e móveis em tons claros refletem melhor a luz, diminuindo a necessidade de lâmpadas durante o dia”, explica. Outras recomendações incluem:

Essas ações, combinadas com o uso consciente de outros aparelhos, ajudam a manter a conta de luz sob controle.

Hábitos diários que fazem a diferença
Além dos grandes consumidores de energia, pequenos hábitos do dia a dia também impactam a fatura. Deixar aparelhos em standby, como TVs e micro-ondas, pode representar até 10% do consumo mensal, segundo a Cemig. Desligar esses equipamentos da tomada é uma solução simples.

Outras práticas recomendadas são:

A combinação dessas medidas com as orientações para chuveiro, geladeira e ar-condicionado potencializa a economia, especialmente em períodos de bandeira vermelha.

Escolhas estruturais para economia a longo prazo
Para quem busca soluções mais permanentes, investir em melhorias na residência pode trazer benefícios duradouros. A instalação de painéis solares, embora exija investimento inicial, reduz a dependência da rede elétrica. Além disso, reformas que melhorem o isolamento térmico, como janelas com vidros duplos, diminuem a necessidade de climatização.

Sozzi destaca que “pequenas mudanças, como a pintura de paredes em cores claras ou a instalação de telhados reflexivos, podem reduzir a temperatura interna da casa”. Essas estratégias, aliadas ao uso eficiente de eletrodomésticos, criam um ambiente mais econômico e sustentável.

Medidas governamentais em pauta
O governo federal anunciou que enviará ao Congresso Nacional uma medida provisória para oferecer conta de luz gratuita a famílias de baixa renda. A proposta, ainda em fase de elaboração, visa aliviar o impacto dos aumentos tarifários para os mais vulneráveis. Embora os detalhes não tenham sido divulgados, a iniciativa reforça a importância de políticas públicas para enfrentar os desafios do setor elétrico.

Enquanto a medida não entra em vigor, os consumidores devem focar em estratégias individuais para reduzir o consumo. A combinação de tecnologia, conscientização e mudanças de hábito é a chave para enfrentar os custos elevados da energia em julho.

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