sexta-feira, 5 dezembro, 2025

Bandeira vermelha encarece conta de luz em julho: dicas para economizar energia

Conta de Luz

A partir de julho de 2025, os brasileiros enfrentam um aumento na conta de luz devido à manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A medida, justificada pela escassez de chuvas e pela menor geração de energia hidrelétrica, adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Diante desse cenário, especialistas e empresas do setor elétrico, como a Cemig, orientam sobre o uso consciente de energia para aliviar o impacto no orçamento familiar. O chuveiro elétrico, principal vilão do consumo, lidera a lista de equipamentos que exigem atenção, mas cuidados com geladeira, ar-condicionado e iluminação também podem fazer a diferença. Este artigo reúne estratégias práticas para reduzir gastos, baseadas em recomendações técnicas e hábitos simples, sem comprometer o conforto doméstico.

A decisão da Aneel reflete as condições climáticas adversas que afetam os reservatórios das hidrelétricas, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A bandeira vermelha, já aplicada em junho, sinaliza a necessidade de maior eficiência energética. Para ajudar os consumidores, o g1 e especialistas do setor compartilham orientações que vão desde ajustes no uso de eletrodomésticos até mudanças na estrutura da casa.

  • Principais vilões do consumo: chuveiro elétrico, geladeira e ar-condicionado.
  • Horários de pico a evitar: entre 17h e 22h, quando a demanda por energia é maior.
  • Soluções práticas: reduzir o tempo de banho, usar lâmpadas LED e manter a geladeira bem vedada.

Essas medidas, quando aplicadas de forma consistente, podem gerar economia significativa, especialmente em meses de tarifas mais altas.

Por que a conta de luz está mais cara?
A manutenção da bandeira vermelha em julho de 2025 decorre de um cenário de seca que reduz a capacidade de geração das hidrelétricas, principal fonte de energia do Brasil. Segundo a Aneel, a queda nos níveis dos reservatórios exige o acionamento de termelétricas, que têm custo mais elevado. Esse custo adicional é repassado aos consumidores por meio da bandeira tarifária, um mecanismo criado para equilibrar as despesas do setor elétrico.

O valor de R$ 4,46 por 100 kWh consumidos pode parecer pequeno, mas, em residências com alto uso de energia, o impacto é notável. Por exemplo, uma casa que consome 300 kWh por mês terá um acréscimo de R$ 13,38 na fatura, sem contar outros reajustes tarifários regionais. A situação exige que os consumidores repensem seus hábitos para evitar surpresas no fim do mês.

O engenheiro Thiago Batista, da Cemig, destaca que a conscientização é essencial. “O uso racional da energia não significa abrir mão do conforto, mas sim usar os equipamentos de forma inteligente”, explica. A seguir, detalhamos as principais estratégias para alcançar esse objetivo.

Chuveiro elétrico: o maior desafio para economizar
Entre os eletrodomésticos, o chuveiro elétrico é o que mais consome energia, especialmente em banhos longos ou com a chave na posição inverno. A Cemig estima que ajustar o chuveiro para a posição verão pode reduzir o consumo do aparelho em até 30%.

Para maximizar a economia, algumas práticas são recomendadas:

  • Reduzir o tempo de banho para 5 a 8 minutos.
  • Fechar o chuveiro ao ensaboar o corpo ou lavar os cabelos.
  • Evitar banhos nos horários de pico (17h às 22h), quando a tarifa pode ser mais alta em algumas regiões.
  • Verificar a potência do chuveiro e, se possível, optar por modelos mais eficientes.

Batista alerta que aumentar o tempo de banho anula os benefícios de reduzir a potência. “Um banho de 15 minutos na posição verão pode consumir tanto quanto um de 10 minutos na posição inverno”, explica. Além disso, em meses mais quentes, como julho, a necessidade de água quente diminui, o que facilita a adoção dessas medidas.

Geladeira: o consumo silencioso
A geladeira é o segundo maior consumidor de energia em uma residência, funcionando 24 horas por dia. O hábito de abrir e fechar a porta com frequência ou armazenar alimentos quentes aumenta o trabalho do motor, elevando o gasto energético.

Para otimizar o uso da geladeira, especialistas sugerem:

  • Evitar guardar alimentos quentes, esperando que atinjam a temperatura ambiente.
  • Manter a borracha de vedação em bom estado, testando com uma folha de papel, como orienta a Cemig.
  • Não usar a parte traseira da geladeira para secar roupas, pois isso sobrecarrega o motor.
  • Ajustar a temperatura interna para níveis adequados, evitando resfriamento excessivo.

Um teste simples para verificar a vedação é colocar uma folha de papel entre a porta e a geladeira. Se a folha deslizar facilmente ao puxar, a borracha precisa ser substituída. Essa medida evita a entrada de ar quente, que força o aparelho a consumir mais energia.

Ar-condicionado versus ventilador: qual escolher?
Com as altas temperaturas, o uso de ar-condicionado e ventiladores aumenta, mas os dois aparelhos têm impactos diferentes na conta de luz. O ventilador é significativamente mais econômico, consumindo menos energia mesmo em longos períodos de uso. No entanto, o ar-condicionado, embora mais caro, é indispensável em regiões muito quentes.

Thiago Godoy, especialista em educação financeira, explica que o consumo do ar-condicionado cresce cerca de 10% a cada grau reduzido na temperatura. “Ajustar o aparelho para 23°C ou 24°C, em vez de 18°C, pode gerar uma economia considerável”, diz. Outras dicas incluem:

  • Usar cortinas ou persianas para bloquear o calor solar.
  • Manter portas e janelas fechadas durante o uso do aparelho.
  • Combinar o ar-condicionado com ventiladores para distribuir o ar frio, permitindo temperaturas mais altas no termostato.
  • Desligar o aparelho quando o ambiente estiver vazio.

Para quem planeja comprar um ar-condicionado, a escolha de modelos com tecnologia inverter e selo Procel de eficiência energética é fundamental. Esses equipamentos consomem menos energia e oferecem economia a longo prazo.

Iluminação: pequenas mudanças, grandes resultados
A iluminação representa uma parcela significativa do consumo energético, mas mudanças simples podem reduzir os custos. A substituição de lâmpadas incandescentes por modelos LED é uma das medidas mais eficazes, já que as lâmpadas LED consomem até 80% menos energia e têm maior durabilidade.

Gustavo Sozzi, da Lux Energia, sugere aproveitar a luz natural sempre que possível. “Paredes e móveis em tons claros refletem melhor a luz, diminuindo a necessidade de lâmpadas durante o dia”, explica. Outras recomendações incluem:

  • Desligar lâmpadas em ambientes vazios.
  • Instalar sensores de presença em áreas de passagem, como corredores.
  • Escolher lâmpadas com potência adequada para cada cômodo.

Essas ações, combinadas com o uso consciente de outros aparelhos, ajudam a manter a conta de luz sob controle.

Hábitos diários que fazem a diferença
Além dos grandes consumidores de energia, pequenos hábitos do dia a dia também impactam a fatura. Deixar aparelhos em standby, como TVs e micro-ondas, pode representar até 10% do consumo mensal, segundo a Cemig. Desligar esses equipamentos da tomada é uma solução simples.

Outras práticas recomendadas são:

  • Usar máquinas de lavar roupa e louça com a capacidade máxima, reduzindo o número de ciclos.
  • Evitar o uso simultâneo de aparelhos de alta potência, como ferro de passar e chuveiro.
  • Verificar a fiação elétrica da casa para evitar perdas de energia.

A combinação dessas medidas com as orientações para chuveiro, geladeira e ar-condicionado potencializa a economia, especialmente em períodos de bandeira vermelha.

Escolhas estruturais para economia a longo prazo
Para quem busca soluções mais permanentes, investir em melhorias na residência pode trazer benefícios duradouros. A instalação de painéis solares, embora exija investimento inicial, reduz a dependência da rede elétrica. Além disso, reformas que melhorem o isolamento térmico, como janelas com vidros duplos, diminuem a necessidade de climatização.

Sozzi destaca que “pequenas mudanças, como a pintura de paredes em cores claras ou a instalação de telhados reflexivos, podem reduzir a temperatura interna da casa”. Essas estratégias, aliadas ao uso eficiente de eletrodomésticos, criam um ambiente mais econômico e sustentável.

Medidas governamentais em pauta
O governo federal anunciou que enviará ao Congresso Nacional uma medida provisória para oferecer conta de luz gratuita a famílias de baixa renda. A proposta, ainda em fase de elaboração, visa aliviar o impacto dos aumentos tarifários para os mais vulneráveis. Embora os detalhes não tenham sido divulgados, a iniciativa reforça a importância de políticas públicas para enfrentar os desafios do setor elétrico.

Enquanto a medida não entra em vigor, os consumidores devem focar em estratégias individuais para reduzir o consumo. A combinação de tecnologia, conscientização e mudanças de hábito é a chave para enfrentar os custos elevados da energia em julho.

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