Um idoso de 77 anos, identificado como Bento Alberto, foi atropelado na tarde de quarta-feira (28) ao tentar atravessar a Avenida Dr. Pereira Passos, no bairro Seis de Abril, em Rio Branco (AC). O acidente ocorreu por volta das 17h26 e deixou moradores em alerta. O estado de saúde dele ainda não foi atualizado pelas autoridades, o que mantém a apreensão em torno do caso.
O que aconteceu
Segundo testemunhas, o idoso atravessava a via de intenso movimento quando foi atingido por um veículo de passeio. O socorro foi acionado imediatamente, mas até o fechamento desta nota não havia confirmação sobre para onde Bento foi encaminhado ou qual seu estado clínico.
Por que importa
A Avenida Dr. Pereira Passos é uma das mais movimentadas da capital e já foi palco de outros acidentes graves. O atropelamento reacende o debate sobre a falta de sinalização adequada, a pressa dos motoristas e o risco enfrentado por pedestres — principalmente idosos.
Repercussão
Moradores relatam que não há faixa de pedestre visível no ponto onde Bento tentava atravessar. “A gente arrisca a vida todo dia aqui. Os carros voam e ninguém respeita pedestre”, contou uma comerciante da região.
Próximos passos
A Polícia de Trânsito deve se pronunciar ainda hoje. A expectativa é que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito ou o Pronto-Socorro de Rio Branco confirme o quadro de saúde do idoso.
Enquanto isso, familiares e amigos aguardam notícias. A situação pode se desdobrar a qualquer momento.
Conclusão — impacto humano e cobrança coletiva
O atropelamento do senhor Bento Alberto não pode ser tratado como um simples número em uma estatística. Ele é reflexo de um problema estrutural que mistura falta de planejamento urbano, descaso com sinalização e desatenção de motoristas. Rio Branco cresceu, ganhou avenidas largas, trânsito pesado e fluxo acelerado, mas deixou para trás a segurança de quem mais precisa: pedestres, idosos e crianças.
Esse episódio abre uma ferida maior: a cidade não é pensada para quem anda a pé. Calçadas estreitas, faixas de pedestre apagadas, semáforos quebrados e motoristas que não reduzem a velocidade diante da vida humana. Cada atropelamento é uma denúncia silenciosa de que a mobilidade urbana em Rio Branco está incompleta. Não basta ter viadutos, recapeamento e grandes obras se a base — a travessia segura — continua esquecida.
Além disso, o caso mexe com a sensação de pertencimento e cuidado. Quando um idoso precisa arriscar a vida para atravessar a rua, a mensagem que fica é dura: “sua vida vale menos”. Esse é um alerta não apenas para gestores públicos, mas para toda a sociedade. Respeitar pedestres não é gentileza, é lei e dever coletivo.
É preciso cobrar da RBTrans, da Prefeitura e do DERACRE medidas urgentes: revitalização de faixas, instalação de redutores de velocidade, campanhas educativas permanentes e fiscalização que realmente puna motoristas imprudentes. Não dá para esperar o próximo acidente para discutir soluções.
Enquanto familiares aguardam notícias sobre o estado de saúde do senhor Bento, a cidade inteira deveria se sentir convocada a refletir. Cada vida que se perde no trânsito é uma derrota coletiva. Se queremos um Acre mais humano, o ponto de partida é simples: dar prioridade à vida no trânsito.
Clima em Rio Branco 🌤️
O céu segue limpo, com temperatura de 25 °C agora à noite. Amanhã a previsão é de sol forte, chegando a 33 °C pela manhã. Ou seja: calor e trânsito intenso nos horários de pico.
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✍️ Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
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