Erin Moriarty, conhecida por seu papel como Starlight na série The Boys, revelou em entrevista recente que enfrenta a doença de Graves, uma condição autoimune que afeta a tireoide. Diagnosticada após anos atribuindo sintomas como cansaço, ansiedade e palpitações a estresse e rotina intensa, a atriz de 31 anos compartilhou sua jornada em 2025, em uma conversa publicada pela revista Saúde. A doença, que provoca hipertireoidismo, levou Moriarty a buscar tratamento especializado em Los Angeles, onde vive. Sua história destaca a dificuldade de identificar a condição, comum em mulheres jovens, e a importância de atenção aos sinais do corpo. O relato da atriz visa conscientizar sobre a doença, que atinge cerca de 1% da população global, e reforçar a necessidade de diagnóstico precoce.
A revelação de Moriarty trouxe luz a um problema de saúde que, apesar de tratável, pode ser debilitante se não identificado a tempo. A doença de Graves, caracterizada pela produção excessiva de hormônios tireoidianos, afeta o metabolismo e pode causar complicações graves, como problemas cardíacos e ósseos. A atriz descreveu como a falta de informação inicial atrasou seu diagnóstico, um obstáculo comum para muitos pacientes.
- Principais pontos da entrevista:
- Sintomas foram confundidos com cansaço e estresse.
- Diagnóstico veio após exames específicos em 2024.
- Tratamento inclui medicamentos e acompanhamento médico.
A experiência de Moriarty ressoa com muitas pessoas que enfrentam condições autoimunes, reforçando a importância de ouvir o corpo e buscar ajuda médica. Sua abertura sobre o tema tem gerado discussões sobre saúde mental e física nas redes sociais.
O que caracteriza a doença de Graves
A doença de Graves é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca a tireoide, levando à produção excessiva de hormônios como tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3). Essa disfunção acelera o metabolismo, causando uma ampla gama de sintomas. A doença é a principal causa de hipertireoidismo, afetando cerca de 1 em cada 100 pessoas, com maior prevalência em mulheres entre 20 e 40 anos.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas frequentemente incluem ansiedade, tremores, perda de peso sem motivo aparente, palpitações cardíacas e fadiga. Em casos mais graves, pode haver bócio (aumento da tireoide) e oftalmopatia de Graves, que causa protrusão dos olhos. Moriarty destacou que a fadiga extrema a fez suspeitar de estresse, enquanto as palpitações a levaram a consultar um endocrinologista.
- Fatores associados à doença:
- Predisposição genética.
- Estresse crônico como gatilho.
- Maior incidência em mulheres.
- Fatores ambientais, como tabagismo.
O diagnóstico exige exames de sangue para medir níveis hormonais e anticorpos, além de ultrassonografia da tireoide. Moriarty passou por esse processo após perceber que os sintomas persistiam mesmo com descanso.
Jornada até o diagnóstico
A trajetória de Moriarty para identificar a doença de Graves reflete um desafio comum: os sintomas inespecíficos. Durante anos, a atriz atribuiu a exaustão e a ansiedade à agenda lotada de filmagens de The Boys, série de sucesso da Amazon Prime. As gravações, que exigem longas horas e dedicação emocional, mascararam os sinais da doença.
Em 2023, Moriarty começou a notar sintomas mais intensos, como tremores nas mãos e dificuldade para dormir. Inicialmente, ela buscou terapias para ansiedade, mas os tratamentos não surtiram efeito. Foi apenas em 2024, após consultar um endocrinologista em Los Angeles, que exames confirmaram a presença de anticorpos anti-TSH, característicos da doença de Graves.
A demora no diagnóstico, segundo a atriz, foi frustrante, mas comum. Estudos indicam que até 30% dos pacientes com hipertireoidismo enfrentam atrasos diagnósticos devido à sobreposição de sintomas com outras condições, como transtornos de ansiedade ou menopausa precoce.
Tratamento e rotina atual
Após o diagnóstico, Moriarty iniciou um tratamento que combina medicamentos antitireoidianos, como metimazol, para controlar a produção hormonal. Em alguns casos, pacientes com doença de Graves podem precisar de iodo radioativo ou cirurgia para remover parte da tireoide, mas a atriz optou por uma abordagem conservadora, com acompanhamento regular.
A rotina de Moriarty foi ajustada para incluir mais pausas e cuidados com a saúde mental. Ela mencionou a importância de uma dieta equilibrada e atividades como ioga para gerenciar o estresse, um fator que pode agravar os sintomas. A atriz também passa por exames periódicos para monitorar a função tireoidiana e prevenir complicações, como arritmias cardíacas.
O tratamento, embora eficaz, exige paciência. Cerca de 50% dos pacientes entram em remissão após 12 a 18 meses de medicação, mas recaídas são possíveis. Moriarty mantém uma postura otimista, mas reconhece os desafios de viver com uma condição crônica.

Impacto na carreira
Apesar dos desafios de saúde, Moriarty continua ativa em sua carreira. A quarta temporada de The Boys, lançada em 2024, consolidou sua personagem, Starlight, como uma das favoritas do público. A série, que satiriza super-heróis e aborda temas políticos, exige intensas performances físicas e emocionais, o que tornou o gerenciamento da doença ainda mais crucial.
A atriz revelou que precisou ajustar sua rotina de filmagens, incorporando pausas para evitar exaustão. A produção da série, ciente de sua condição, ofereceu suporte, permitindo que ela mantivesse o ritmo de trabalho. Moriarty também está envolvida em projetos futuros, incluindo um filme independente previsto para 2026, demonstrando sua determinação em não deixar a doença limitar suas ambições.
Conscientização através da visibilidade
Ao compartilhar sua experiência, Moriarty busca aumentar a conscientização sobre a doença de Graves, que muitas vezes passa despercebida. Sua decisão de falar abertamente reflete uma tendência entre celebridades que usam suas plataformas para abordar questões de saúde. Casos semelhantes, como o da cantora Sia, que também enfrentou problemas tireoidianos, ajudaram a normalizar discussões sobre condições autoimunes.
A doença de Graves, embora relativamente comum, ainda é pouco compreendida pelo público. A oftalmopatia, por exemplo, afeta cerca de 25% dos pacientes e pode causar desconforto estético e funcional. Moriarty, que não apresenta esse sintoma, destacou a importância de desmistificar a condição e incentivar check-ups regulares.
- Medidas para prevenção e diagnóstico precoce:
- Exames anuais de TSH e T4 livre.
- Atenção a sintomas como ansiedade persistente e perda de peso.
- Consulta com endocrinologista diante de sinais incomuns.
- Evitar tabagismo, que aumenta o risco.
A história da atriz tem inspirado fãs a buscar informações sobre saúde tireoidiana, com aumento de buscas online pelo termo “doença de Graves” após sua entrevista.
Desafios de condições autoimunes
A doença de Graves é apenas uma entre várias condições autoimunes que afetam milhões de pessoas. Doenças como lúpus, artrite reumatoide e tireoidite de Hashimoto compartilham características semelhantes, como inflamação sistêmica e dificuldade de diagnóstico. Mulheres, que representam cerca de 75% dos casos de autoimunidade, enfrentam barreiras adicionais devido à minimização de sintomas por profissionais de saúde.
Moriarty abordou esse aspecto em sua entrevista, mencionando que, inicialmente, alguns médicos atribuíram seus sintomas a “estresse feminino”. Essa experiência a levou a advogar por maior escuta ativa no atendimento médico, especialmente para mulheres jovens.
A prevalência de doenças autoimunes tem crescido nas últimas décadas, possivelmente devido a fatores ambientais, como poluição e dieta. Pesquisas apontam que até 8% da população mundial pode ter uma condição autoimune, com a doença de Graves sendo uma das mais frequentes.
Apoio da comunidade e família
Durante seu tratamento, Moriarty contou com o suporte de amigos e familiares. Ela mencionou que colegas de elenco de The Boys, como Antony Starr e Jack Quaid, ofereceram apoio emocional, enquanto sua família a incentivou a priorizar a saúde. A atriz também se conectou com grupos de pacientes online, onde encontrou histórias semelhantes e dicas para lidar com a doença.
Essas redes de apoio foram fundamentais para que Moriarty mantivesse uma perspectiva positiva. Ela destacou que compartilhar experiências com outros pacientes a ajudou a se sentir menos isolada, especialmente em momentos de frustração com os sintomas.
Um olhar para o futuro
Aos 31 anos, Moriarty encara a doença de Graves como um desafio contínuo, mas não intransponível. Sua dedicação à carreira, combinada com o compromisso de cuidar da saúde, reflete uma abordagem equilibrada. A atriz planeja continuar usando sua visibilidade para educar sobre a condição, incentivando outras pessoas a buscar ajuda médica diante de sintomas persistentes.
A experiência de Moriarty também reforça a importância de avanços na pesquisa médica. Novos tratamentos para doenças autoimunes, como terapias imunomoduladoras, estão em desenvolvimento, oferecendo esperança para pacientes com condições como a doença de Graves.
Legado de resiliência
A história de Moriarty é um lembrete de que condições de saúde, mesmo as crônicas, não definem uma pessoa. Sua capacidade de equilibrar uma carreira exigente com o gerenciamento de uma doença autoimune inspira outros a enfrentar desafios semelhantes. A abertura sobre sua jornada também contribui para desestigmatizar problemas de saúde, especialmente entre jovens.
Enquanto The Boys segue conquistando audiências globais, Moriarty permanece como uma figura de força e autenticidade, dentro e fora das telas. Sua luta contra a doença de Graves é apenas uma parte de sua história, mas uma que ressoa profundamente com quem enfrenta batalhas invisíveis.