quinta-feira, 4 dezembro, 2025

Andressa Urach sofre com cirurgia ocular proibida por riscos à visão

Andressa Urach realizou, em 25 de junho de 2025, uma queratopigmentação em Nice, França, para transformar seus olhos castanhos em azuis, mas expressou arrependimento dias depois devido a dores intensas, conforme relatado em redes sociais. A influenciadora, de 37 anos, buscou cumprir um “sonho de infância”, mas pediu orações ao retornar ao Brasil para atendimento médico urgente. A cirurgia, banida no Brasil para fins estéticos pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), também foi feita por Maya Massafera, que mudou seus olhos para verde claro. Conhecida como “tatuagem da córnea”, a técnica usa laser e pigmentos para alterar a íris, mas pode causar infecções, glaucoma e cegueira. A prática, que custa entre R$ 35.000 e R$ 55.000 no exterior, gerou debates após vídeos de Urach alcançarem 14 milhões de visualizações. O CBO alerta para os perigos irreversíveis, enquanto a busca por olhos claros cresce entre brasileiros.

A queratopigmentação, permitida no Brasil apenas para casos médicos, como revitalização de córneas em pacientes cegos, é oferecida em países como França e Suíça, atraindo influenciadores e anônimos. A seguir, são detalhados os riscos, a proibição no Brasil e os casos recentes.

  • Procedimento: Queratopigmentação, banida no Brasil para estética.
  • Riscos: Infecções, glaucoma, perda de visão.
  • Custo: R$ 35.000 a R$ 55.000 no exterior.

Perigos da queratopigmentação

A técnica envolve um laser de femtosegundo que cria um túnel na córnea em dez segundos, seguido pela aplicação de micropigmentos para formar uma íris artificial. No Brasil, o procedimento é restrito a casos terapêuticos, como leucomas ou córneas esbranquiçadas por traumas, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Para fins estéticos, é considerado de alto risco, com complicações como lesões corneanas persistentes, infecções intraoculares e aumento da pressão ocular.

Pacientes relatam sintomas como dor intensa, fotofobia, sensação de areia nos olhos e lacrimejamento, como no caso de Andressa Urach. A Academia Americana de Oftalmologia (AAO) desaconselha a cirurgia em olhos saudáveis, destacando que alterações na córnea podem inviabilizar exames futuros, como mapeamento de retina, ou cirurgias, como catarata. Em casos extremos, a perda total da visão é uma possibilidade.

Proibição no Brasil

O CBO e o Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbem a queratopigmentação estética no Brasil, limitando-a a pacientes com deficiência visual grave. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a restrição, citando a ausência de estudos de longo prazo sobre segurança. Em 2024, o CBO alertou para riscos como perfuração da córnea e glaucoma, que podem exigir transplantes ou levar à cegueira.

A técnica é permitida para revitalizar a aparência de córneas em pacientes cegos, com eficácia comprovada em estudos de 2022 na Revista Brasileira de Oftalmologia. A modificação da esclera, parte branca do olho, é expressamente vetada, ampliando as restrições.

Casos de Andressa Urach e Maya Massafera

Andressa Urach, conhecida por sua carreira como modelo e criadora de conteúdo adulto, realizou a queratopigmentação em Nice, na França, em 25 de junho de 2025. Após divulgar o resultado, com olhos azuis, ela relatou dores intensas e arrependimento, afirmando em redes sociais que precisava de atendimento médico urgente. O caso gerou 14 milhões de visualizações em vídeos, intensificando alertas médicos.

Maya Massafera, de 44 anos, também optou pelo procedimento na mesma clínica, mudando seus olhos para verde claro. Ela destacou a expertise do cirurgião, mas não relatou complicações até 26 de junho de 2025. Ambos os casos refletem a popularidade da técnica entre brasileiros, que buscam clínicas no exterior para contornar a proibição nacional.

  • Andressa Urach: Olhos azuis, relatou dores e arrependimento.
  • Maya Massafera: Olhos verdes claros, sem queixas públicas.
  • Local: Nice, França, clínica especializada em queratopigmentação.

Outros casos notáveis

A modelo Layyons Valença, de 24 anos, realizou a cirurgia na Suíça em 2024, mudando seus olhos de castanho para azul. O procedimento, que custou R$ 50.000, alcançou 15 milhões de visualizações em vídeos, mas enfrentou críticas por um resultado considerado “artificial”. Valença, que usava lentes coloridas desde os 14 anos, justificou a escolha por motivos de autoestima.

Outro caso envolveu um investidor brasileiro de 22 anos, que alterou a cor dos olhos para combinar com a de seu cachorro, em Nice. Ele relatou dores por 48 horas, mas elogiou o resultado. Esses casos, amplificados nas redes sociais, aumentaram a procura pela técnica, apesar dos alertas médicos.

Custos no exterior

A queratopigmentação estética custa entre € 5.900 e € 8.000 (R$ 35.000 a R$ 50.000) em países como França, Suíça, Turquia e Espanha. Nos EUA, a prática não é aprovada para fins estéticos, mas clínicas no México e na Costa Rica realizaram 37 procedimentos bem-sucedidos até 2024, segundo a Stroma Medical.

A clínica Kerato New York, que realizou 900 cirurgias, atende majoritariamente pacientes com olhos castanhos, sendo 60% hispânicos ou negros. A alta demanda reflete a busca por olhos claros, mas oftalmologistas alertam para a falta de dados de longo prazo.

Alternativas recomendadas

O CBO sugere lentes de contato coloridas como alternativa segura, desde que usadas sob orientação médica. Lentes mal higienizadas podem causar infecções, como no caso de Layyons Valença, que enfrentou problemas oculares antes da cirurgia. Consultas regulares e cuidados de higiene reduzem riscos, segundo a oftalmologista Juliana Feijó Santos.

Outras técnicas, como despigmentação a laser ou implantes de íris, também são desencorajadas pela AAO devido a complicações como uveíte e glaucoma. Essas alternativas, testadas em países como Espanha, enfrentam resistência médica global.

Evolução da técnica

A queratopigmentação tem raízes em 450 a.C., com métodos rudimentares que causavam infecções. No século XIX, técnicas mais precisas surgiram, e o laser de femtosegundo, introduzido no século XXI, trouxe maior precisão, segundo o oftalmologista Luís Felipe Carneiro. No Brasil, a cirurgia é usada desde os anos 2000 para fins terapêuticos, com estudos de 2022 validando sua eficácia em casos médicos.

Para fins estéticos, a técnica carece de validação científica, com riscos que superam os benefícios em olhos saudáveis. A CBO reforça que a segurança depende de indicação médica estrita.

Alertas da comunidade médica

Oftalmologistas como Leôncio Queiroz Neto alertam que a queratopigmentação altera permanentemente a córnea, podendo causar inflamações crônicas e dificultar cirurgias futuras. Wanessa Carneiro destaca que a técnica é irreversível, com sintomas como visão turva e fotofobia relatados por pacientes.

Em casos graves, a necessidade de transplante de córnea ou a cegueira são riscos reais. A CBO recomenda exames oftalmológicos antes de qualquer procedimento estético ocular, mesmo no exterior, para avaliar a saúde dos olhos.

  • Riscos principais: Visão turva, fotofobia, glaucoma, cegueira.
  • Recomendação: Exames prévios e lentes de contato supervisionadas.
  • Proibição: Estética vetada no Brasil, apenas casos médicos permitidos.

Reações nas redes sociais

Os casos de Urach e Massafera geraram 2,5 milhões de interações em redes sociais em 24 horas, com 65% dos comentários criticando a segurança da queratopigmentação. Usuários como Ana Clara, de 29 anos, questionaram o resultado “antinatural”, enquanto outros defenderam a liberdade estética. A CBO intensificou alertas, com posts educativos alcançando 500 mil visualizações.

A polêmica, coincidente com a Paris Fashion Week, ampliou o debate sobre estética e saúde, com médicos reforçando a importância de consultas oftalmológicas antes de procedimentos no exterior.

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