O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo para chuvas intensas em seis estados brasileiros – Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo – com previsão de precipitações entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm por dia, além de ventos de 40 a 60 km/h, nesta segunda-feira, 9 de junho de 2025. O aviso, válido das 9h20 às 23h59, abrange diversas cidades, incluindo áreas urbanas e rurais, com baixo risco de corte de energia, queda de árvores e alagamentos. A medida, segundo o Inmet, reflete a combinação de calor, umidade e instabilidades atmosféricas, comuns nesta época do ano. Autoridades recomendam evitar áreas arborizadas durante rajadas de vento e desligar aparelhos eletrônicos.
A previsão aponta que as chuvas podem variar de intensidade ao longo do dia, com maior impacto em áreas de relevo acentuado, como a Serra da Mantiqueira, em São Paulo e Minas Gerais, e o litoral fluminense. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão em alerta para atender possíveis emergências. As condições climáticas instáveis também afetam atividades agrícolas e o tráfego em rodovias.
- Áreas afetadas: Regiões metropolitanas, zonas rurais e litorâneas dos seis estados.
- Riscos principais: Alagamentos pontuais, deslizamentos em áreas de encosta e quedas de galhos.
- Recomendações: Evitar estacionar veículos sob árvores ou próximo a placas de propaganda.
As informações do Inmet destacam a necessidade de monitoramento contínuo, especialmente em cidades com histórico de problemas relacionados a chuvas intensas, como enchentes urbanas em São Paulo e Rio de Janeiro.
Condições climáticas no Sudeste
As chuvas previstas para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo resultam de um sistema de baixa pressão atmosférica que intensifica a formação de nuvens carregadas. Em São Paulo, áreas como o Vale do Paraíba, Campinas e a região metropolitana estão sob alerta, enquanto a capital enfrenta chuvas mais leves, mas com possibilidade de pancadas no fim da tarde. No Rio de Janeiro, o litoral norte e a região serrana são os pontos mais críticos, com risco de alagamentos em cidades como Teresópolis e Petrópolis.
Minas Gerais, com mais de 300 cidades sob alerta, enfrenta chuvas intensas especialmente no Sul, Triângulo Mineiro e Zona da Mata. A combinação de calor e umidade favorece tempestades localizadas, que podem vir acompanhadas de descargas elétricas. No Espírito Santo, o norte do estado, incluindo cidades como Colatina e Linhares, está sob maior risco, com acumulados que podem atingir 50 mm em poucas horas.
O Inmet orienta a população a acompanhar boletins meteorológicos e evitar atividades ao ar livre durante os períodos de maior instabilidade. A previsão para o fim do dia indica uma redução gradual das chuvas, mas novas instabilidades podem surgir na terça-feira, 10 de junho.
Situação no Centro-Oeste
Em Mato Grosso do Sul e Goiás, as chuvas intensas afetam tanto áreas urbanas quanto regiões agrícolas, com destaque para o sudoeste de Mato Grosso do Sul e o sul de Goiás. Em Campo Grande (MS), as autoridades locais reforçaram o monitoramento de rios e córregos, enquanto em Goiânia (GO) há preocupação com o tráfego em vias propensas a alagamentos.
As condições climáticas no Centro-Oeste são influenciadas por um cavado atmosférico, que canaliza umidade e favorece tempestades. Os ventos de até 60 km/h podem causar quedas de galhos e problemas em redes elétricas, embora o risco seja considerado baixo.
- Cidades em alerta em MS: Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas.
- Cidades em alerta em GO: Goiânia, Anápolis, Itumbiara e Rio Verde.
- Impactos esperados: Atrasos no transporte rodoviário e possíveis danos em plantações.
- Medidas preventivas: Evitar travessias em áreas alagadas e manter distância de postes e fiações expostas.
Os produtores rurais foram orientados a proteger equipamentos e colheitas, já que as chuvas podem comprometer lavouras de soja e milho, culturas importantes na região.
Histórico de chuvas intensas na região
Os estados afetados têm um histórico de eventos climáticos severos, especialmente entre os meses de primavera e verão. Em São Paulo, a enchente de 2020 no bairro do Ipiranga causou prejuízos significativos, enquanto o Rio de Janeiro enfrentou deslizamentos em 2019 na região serrana. Minas Gerais, por sua vez, registrou mais de 100 mortes em 2020 devido a chuvas intensas, com destaque para os municípios de Belo Horizonte e Sabará.
No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul enfrentou alagamentos em 2023, com impactos em rodovias como a BR-163, essencial para o escoamento de grãos. Goiás também registrou problemas em 2022, com enchentes em Goiânia que afetaram milhares de moradores. Esses eventos reforçam a importância de medidas preventivas e do acompanhamento de alertas meteorológicos.
Riscos e recomendações da Defesa Civil
A Defesa Civil nacional e estadual emitiu comunicados reforçando as orientações do Inmet. Em áreas urbanas, o maior risco está nos alagamentos, que podem comprometer o trânsito e causar danos materiais. Nas zonas rurais, deslizamentos de terra são uma preocupação, especialmente em Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde o relevo acentuado amplifica os impactos das chuvas.
As autoridades listaram medidas práticas para a população:
- Não se abrigar sob árvores durante tempestades, devido ao risco de descargas elétricas.
- Evitar o uso de eletrodomésticos conectados à rede elétrica.
- Monitorar encostas e áreas próximas a rios e córregos.
- Em caso de emergência, contatar a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193).
Os alertas também incluem recomendações para motoristas, como evitar trafegar em vias alagadas e manter distância de postes e árvores durante ventanias.
Previsão para as próximas horas
A previsão do Inmet indica que as chuvas devem perder força ao longo da noite, mas áreas isoladas ainda podem registrar pancadas moderadas. Em São Paulo, a chegada de uma frente fria pode intensificar as chuvas no litoral sul na terça-feira. No Rio de Janeiro, a região serrana segue em alerta até o fim do dia, com possibilidade de acumulados adicionais.
Minas Gerais deve enfrentar instabilidades no Triângulo Mineiro e na Zona da Mata até a madrugada, enquanto o Espírito Santo pode registrar chuvas no norte e leste. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul e Goiás terão uma redução gradual das precipitações, mas a umidade elevada mantém o risco de tempestades localizadas.
Impactos no transporte e na agricultura
As chuvas intensas afetam diretamente o transporte rodoviário, com riscos de interdições em rodovias como a BR-040 (RJ e MG) e a BR-262 (MS). Em áreas urbanas, o tráfego pode ser prejudicado por alagamentos, especialmente em São Paulo e Goiânia, onde o sistema de drenagem enfrenta desafios em dias de chuva forte.
No setor agrícola, os impactos são significativos em Mato Grosso do Sul e Goiás, onde a safra de grãos está em fase crítica. Chuvas excessivas podem causar perdas em lavouras de soja e milho, além de dificultar o trabalho de máquinas agrícolas. Em Minas Gerais, os produtores de café no Sul do estado também monitoram as condições climáticas.
Monitoramento contínuo e tecnologia
O Inmet utiliza radares meteorológicos e modelos climáticos avançados para emitir alertas com antecedência. A integração com a Defesa Civil permite a disseminação rápida de informações, especialmente em áreas de maior risco. Aplicativos de previsão do tempo e canais oficiais, como o site do Inmet, fornecem atualizações em tempo real para a população.
As prefeituras das cidades afetadas reforçaram a comunicação com os moradores, utilizando redes sociais e sistemas de alerta por SMS. Em São Paulo, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) monitora as chuvas na capital e emite boletins regulares. No Rio de Janeiro, a Geo-Rio acompanha encostas e áreas de risco em tempo real.
Ações das autoridades locais
As secretarias de Meio Ambiente e Defesa Civil dos estados afetados estão mobilizadas para responder a possíveis emergências. Em Minas Gerais, mais de 300 cidades receberam orientações específicas, enquanto em Mato Grosso do Sul o governo estadual reforçou o monitoramento de rios. No Espírito Santo, equipes de resgate estão preparadas para atuar em áreas rurais e urbanas.
Os governos de São Paulo e Rio de Janeiro também intensificaram a limpeza de bueiros e canais para minimizar o risco de alagamentos. Em Goiás, a Defesa Civil estadual distribuiu materiais informativos com orientações para a população, incluindo mapas de áreas de risco.
Cenário climático atual
As chuvas intensas no Sudeste e Centro-Oeste refletem um padrão climático típico da primavera, marcado por calor, umidade e sistemas de baixa pressão. A ausência da Zona de Convergência do Atlântico Sul, comum em outras épocas do ano, não impede a formação de tempestades localizadas, que ganham força com a combinação de fatores atmosféricos.
O Inmet prevê que as condições instáveis devem persistir nos próximos dias, com novos alertas possíveis para outras regiões do país. A população é orientada a permanecer atenta aos comunicados oficiais e a adotar medidas de segurança durante as chuvas.