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Advogado é preso por tentativa de homicídio em caso Juliana Chaar

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Polícia Civil conclui investigação sobre morte de advogada Juliana Chaar e prende segundo envolvido

Indiciamento aponta dois crimes no episódio: homicídio doloso por atropelamento e tentativa de homicídio com arma de fogo

Viatura da Polícia Civil do Acre em frente à DHPP em Rio Branco

Polícia Civil conclui investigação e prende segundo envolvido

A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), cumpriu na tarde desta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, o mandado de prisão preventiva contra o advogado Keldheky Maia da Silva (K.M.S.), em desdobramento das investigações sobre a morte da advogada Juliana Chaar Marçal, vítima de atropelamento doloso ocorrido em Rio Branco. A prisão foi autorizada após a conclusão do inquérito que revelou a prática de dois crimes distintos no mesmo episódio.

Segundo o delegado Alcino Sousa Júnior, coordenador da DHPP, além do homicídio consumado da advogada, o investigado também é apontado como responsável por uma tentativa de homicídio anterior, ocorrida durante uma briga generalizada no local do crime.

Dupla acusação: tentativa de homicídio e arma de uso restrito

O inquérito policial revela que, instantes antes do atropelamento, Keldheky teria efetuado disparos com uma arma de fogo de uso restrito, mirando pessoas envolvidas na confusão. Essa conduta motivou sua acusação por tentativa de homicídio, agravada pelo uso de armamento proibido.

“O trabalho minucioso das equipes de investigação, da perícia criminal e a análise detalhada de imagens e depoimentos de testemunhas foram fundamentais para o completo esclarecimento dos fatos”, destacou o delegado Alcino em entrevista à imprensa.

Com a nova prisão, ambos os principais envolvidos na ocorrência estão agora sob custódia da Justiça: o motorista da caminhonete que atropelou Juliana, Diego Luiz Gois Passo, também foi indiciado por homicídio qualificado e encontra-se preso preventivamente desde julho.

Entenda o caso Juliana Chaar

Juliana Chaar, de 31 anos, advogada atuante no Acre, morreu após ser atropelada em frente a uma distribuidora de bebidas na região central de Rio Branco. O caso gerou comoção em todo o estado pela brutalidade do ato e pelas circunstâncias do crime, que envolveram uma sequência de agressões e confrontos em via pública.

Testemunhas relataram que a confusão teve início ainda no interior do estabelecimento. Após serem expulsos, os envolvidos prolongaram o desentendimento para a área externa, onde ocorreram os disparos atribuídos a Keldheky e, na sequência, o atropelamento fatal contra Juliana.

Prisão preventiva e próximos passos

O advogado Keldheky Maia, que se apresentou voluntariamente à DHPP, teve a prisão preventiva decretada com base em provas coletadas pela Polícia Civil, entre elas imagens de segurança e depoimentos. Ele se encontra detido e aguarda decisão judicial sobre sua eventual transferência para presídio.

A partir da conclusão do inquérito, o Ministério Público deve oferecer denúncia formal à Justiça, que decidirá pela abertura de processo criminal contra os dois acusados.

Impacto no meio jurídico e protestos públicos

A morte de Juliana provocou forte reação de advogados, instituições e coletivos feministas no Acre. A OAB-AC emitiu nota de pesar e cobrou celeridade na apuração, que agora resulta na responsabilização de dois envolvidos.

Atos públicos em homenagem à advogada foram realizados na praça da Justiça e em frente ao Tribunal de Justiça do Acre, reforçando o clamor social por justiça.

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