Quando o assunto é reduzir açúcar, muitas pessoas recorrem a adoçantes industrializados ou marcas de açúcar e sal que parecem saudáveis, mas nem sempre são. Entenda quais opções merecem atenção redobrada e como fazer melhores escolhas no supermercado:
Açúcares refinados: o que evitar e o que escolher melhor
Marcas comuns de açúcar refinado que devem ser moderadas
- União Cristalçúcar, Caravelas, Guarani: são açúcares 100% refinados, altamente processados, com perda quase total de minerais naturais — fornecem apenas calorias vazias, elevam rapidamente a glicemia e aumentam risco de diabetes, obesidade e inflamações.
- Embora amplamente disponíveis e baratos, não há qualquer vantagem nutricional no refinado, e seu uso frequente está associado a maior risco de doenças metabólicas.
Melhor escolha entre açúcares industrializados
- Açúcar demerara ou mascavo de marcas como Native, Jasmine, Mãe Terra — passam por menos etapas de refinamento, preservam minerais como cálcio, ferro e potássio e têm índice glicêmico um pouco menor.
- Porém: mesmo esses tipos devem ser consumidos em moderação — ainda são açúcares, e em excesso, trazem os mesmos riscos.
Adoçantes: quais evitar e quais são menos nocivos
Adoçantes artificiais que devem ser usados com cautela
- Aspartame (Zero-Cal), Sacarina (Sweet’N Low), Ciclamato (Assugrin) — presentes em marcas baratas e de larga escala, podem ter sabor residual amargo, e estudos indicam associação com alterações na microbiota intestinal, aumento de resistência à insulina e até maior risco de ganho de peso no longo prazo.
- O consumo excessivo de ciclamato e sacarina, inclusive, já foi banido em alguns países.
Adoçantes considerados mais seguros quando usados com moderação
- Stevia (Stevita, Linea): natural, sem calorias, não eleva a glicemia e tem melhor perfil em estudos de segurança de longo prazo.
- Xilitol (Eritritol também): adoçantes de origem natural, não provocam picos de glicose, mas podem causar desconforto intestinal em altas doses.
Importante: mesmo adoçantes naturais devem ser usados apenas como transição ou exceção — o objetivo ideal é reduzir a necessidade de adoçar os alimentos com o tempo.
Sales: quando o marketing engana
Sales gourmet que não justificam o hype
- Sal Rosa do Himalaia, Sal Negro, Flor de Sal (ex.: Smart, Bombay, Cimsal): apesar de conterem vestígios de minerais extras, têm praticamente a mesma quantidade de sódio do sal refinado comum — cerca de 390 mg de sódio por grama.
- Seu consumo excessivo traz os mesmos riscos do sal refinado, e não há evidência de que “sais gourmet” sejam protetores contra hipertensão.
O que realmente faz diferença?
- Trocar o sal refinado por temperos naturais e ervas — limão, alho, salsinha, cúrcuma, gengibre — reduz o uso de sódio de forma prática, saudável e com sabor superior.
Conclusão prática: escolha melhor, mas reduza sempre
Mesmo entre marcas ou tipos “menos ruins”, a recomendação médica e nutricional continua sendo moderar o consumo de sal e açúcar, priorizando alimentos in natura, ricos em fibras e micronutrientes.
O que diferencia sua saúde não é trocar um sal por outro ou um açúcar por outro, mas reduzir a dependência do sabor salgado ou doce no dia a dia.
Por Cidade AC News – Adm. Eliton Muniz