
A adesão inicial de nove países ao Raiz, iniciativa global para conversão de áreas degradadas em produção agropecuária lançada hoje (19/11) na Conferência do Clima (COP30), foi satisfatória e novos países já manifestam interesse em participar, como o Uruguai.
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A avaliação é de Rodrigo Lima, sócio da consultoria Agroícone que é uma das parceiras técnicas da iniciativa. “Existem várias outras agendas na COP que vão além da recuperação de áreas degradadas, mas o Raiz é, sem dúvida, um componente central no debate de garantia de segurança alimentar”, afirmou o especialista à Globo Rural durante o evento, em Belém (PA).
Segundo ele, ainda não há uma meta exata de captação de valor que será necessário para financiar a recuperação de áreas para produção, e um dos primeiros passos da iniciativa é justamente fazer esse mapeamento, a nível mundial. “A ideia é fazer esse mapeamento, porque o objetivo do programa é focar em áreas degradadas com potencial produtivo para fins de produção de alimentos, energias renováveis e florestas.”
O fato de o programa ficar abaixo do escopo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) deve contribuir para que o engajamento seja maior entre os países. Sobre o anúncio em si, realizado na Blue Zone, a percepção de Lima foi de que “caiu muito bem”, uma vez que o problema de degradação do solo é comum a todos o países do globo.






