Por Marcus Silva, do Correio Online
A conta de luz ficará mais cara em junho para os brasileiros. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 30, que a bandeira tarifária do mês será vermelha, patamar 1, o que representa um acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A medida foi tomada em razão da redução na geração hidrelétrica, provocada pelas baixas afluências nos reservatórios de energia em diversas regiões do país, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com o fim do período chuvoso, aumenta a necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que têm custo mais elevado de geração.
Em maio, a bandeira já havia passado para o nível amarelo, com cobrança adicional de R$ 1,885 por 100 kWh, sinalizando o início do período seco. Antes disso, desde dezembro de 2024, o sistema tarifário estava na bandeira verde, sem cobrança extra, em razão das condições favoráveis de geração.
Entenda o sistema de bandeiras
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para tornar mais transparente o custo real da produção de energia no país. As bandeiras são divididas por cores:
- – Verde: sem custo adicional;
- – Amarela: tarifa extra de R$ 1,885 por 100 kWh;
- – Vermelha – Patamar 1: tarifa extra de R$ 4,463 por 100 kWh;
- – Vermelha – Patamar 2: tarifa extra de R$ 7,877 por 100 kWh.
Segundo a Aneel, o acionamento das bandeiras reflete os custos variáveis do Sistema Interligado Nacional (SIN) e busca incentivar o consumo consciente de energia durante períodos de maior pressão no setor elétrico.