sexta-feira, 5 dezembro, 2025

Acre tem renda abaixo da média nacional em 2024, mesmo com recorde brasileiro

Apesar de o Brasil ter atingido, em 2024, o maior patamar da série histórica da renda média real do trabalho, o Acre permanece abaixo da média nacional, sem registrar avanço expressivo e longe dos estados com maiores salários. Os dados foram publicados pela página especializada Brasil Em Mapas, no Instagram, com base na PNAD Contínua do IBGE.

A renda média real recebida de todos os trabalhos no país chegou a R$ 3.225, com crescimento de 3,7% em relação a 2023. O resultado consolida a recuperação iniciada após as crises de 2015–2016 e da pandemia de Covid-19. No entanto, o desempenho dos estados da Região Norte, incluindo o Acre, foi mais tímido e não acompanhou o ritmo de outras regiões.

O Distrito Federal lidera o ranking com R$ 5.043, impulsionado majoritariamente por altos salários no setor público. Já o Maranhão tem a menor média salarial do país, com R$ 2.049. No Norte, Amazonas (-7,3%) e Pará (-4,3%) figuram entre os estados com as maiores quedas em 2024. O Acre não registrou retração, mas também não aparece entre os estados com maiores crescimentos, como Pernambuco (20%) e Alagoas (17%).

A posição do Acre no ranking regional é intermediária, com renda inferior à média brasileira e sem sinais de mudança significativa no último ano. O mercado de trabalho local é marcado por alta informalidade, baixa diversificação econômica e forte presença do funcionalismo público.
Segundo os dados divulgados pela página Brasil Em Mapas, a diferença entre o maior e o menor rendimento estadual — Distrito Federal e Maranhão — é de 2,46 vezes. Essa disparidade evidencia a concentração de renda no centro-sul do país e as dificuldades enfrentadas por regiões mais periféricas como o Norte.

O Brasil superou, em 2024, o patamar anterior à pandemia e ao auge da crise econômica de 2015. A renda média aumentou 7,5% em relação a 2015 (quando era R$ 3.000), 11,2% frente a 2022, e está 5,6% acima dos valores de 2019, último ano pré-pandemia.
Entre os presidentes, Dilma Rousseff (2011–2014) aparece com a maior variação positiva da série, com 83,5% de crescimento. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019–2022) finalizou o mandato com queda de -5,35%. No atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2023–2026), os dados de 2024 marcam um desempenho positivo, mas com ganhos concentrados nas regiões Sul e Sudeste.

A ausência do Acre entre os estados com maior crescimento indica estagnação relativa, mesmo diante de um cenário de melhora nacional. O estado também não figura entre os que mais perderam renda — como Amazonas e Pará —, mas continua distante das regiões com maior dinamismo econômico.

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