A divulgação do novo Ranking de Competitividade dos Estados, realizada ontem, segunda-feira (24), acendeu um sinal de alerta no Acre ao revelar que o estado continua apresentando uma das piores médias de escolaridade da Região Norte. Com 10,7 anos de estudo entre trabalhadores com 14 anos ou mais, o Acre aparece apenas na 18ª posição nacional, ficando atrás de vizinhos como Amazonas, Amapá, Roraima e Tocantins. Os dados foram publicados pelo Centro de Lideranças Públicas (CLP) e reforçam um cenário que exige atenção urgente.
O estudo evidencia que a qualificação dos trabalhadores acreanos permanece abaixo da média nacional e distante do que se considera adequado para impulsionar desenvolvimento econômico. Como parte do pilar de Capital Humano da plataforma, o indicador de escolaridade é decisivo para medir o preparo da força de trabalho, influenciando diretamente setores como inovação, produtividade, competitividade e geração de oportunidades. Quando esse índice estagna, compromete o futuro do estado.
Na análise regional, o Acre consegue superar apenas Rondônia, com 10,4 anos de escolaridade, e o Pará, que aparece ainda mais atrás, com 10,3 anos. O contraste com estados que avançaram mais rapidamente chama atenção: Roraima ocupa o 4º melhor desempenho do país, registrando média de 11,7 anos de estudo entre sua população ocupada — um resultado que demonstra que é possível evoluir mesmo dentro de um cenário regional desafiador.
Outras unidades da federação também mostram desempenho mais sólido, como o Amazonas, que figura em 14º lugar com 11,1 anos de estudo, e Amapá e Tocantins, que dividem o 11º e o 12º lugares, ambos com 11,2 anos. O distanciamento crescente entre o Acre e esses resultados reforça a urgência de políticas públicas mais eficientes e de investimentos contínuos em educação e capacitação profissional, sob risco de comprometer ainda mais a competitividade do estado nos próximos anos.
