Colisão entre veículos levanta questionamentos sobre fiscalização, estrutura viária e comportamento dos motoristas no interior do estado

Um grave acidente registrado neste domingo (18) em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, deixou um saldo de feridos e voltou a acender o debate sobre a segurança no trânsito no estado. A colisão envolveu dois veículos de passeio e mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atuaram no resgate das vítimas.
Contexto e histórico da violência no trânsito
O Acre registra, ano após ano, índices preocupantes de acidentes viários, em especial em cidades do interior como Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Dados recentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AC) apontam que a região concentra uma das maiores taxas de colisões com vítimas por número de habitantes.
Entre os principais fatores apontados estão a falta de infraestrutura adequada, a baixa iluminação em rodovias e o aumento da frota de motocicletas — responsáveis por mais de 60% das ocorrências.
Repercussão entre autoridades e moradores
A repercussão do acidente não se limitou aos envolvidos. Moradores da região usaram as redes sociais para relatar dificuldades enfrentadas diariamente no trânsito local.
“Todo dia é um susto. As ruas estão esburacadas, a sinalização é precária e a fiscalização aparece só depois que acontece uma tragédia”, comentou Maria Antônia, comerciante do centro de Cruzeiro do Sul.
Autoridades municipais também se pronunciaram. O prefeito de Cruzeiro do Sul afirmou que vai reforçar o pedido de apoio ao governo do estado para ampliar as ações de sinalização e policiamento ostensivo. Já a Polícia Militar reforçou que realiza blitzes periódicas, mas admite limitações de efetivo.
Especialistas apontam falhas estruturais
Especialistas em segurança viária alertam que a simples ampliação da fiscalização não é suficiente. É preciso investir em educação no trânsito, melhoria da sinalização horizontal e vertical e ações de conscientização em escolas e comunidades.
Segundo o professor de Engenharia Civil da Ufac, João Batista, a região precisa de um “plano integrado de mobilidade” que considere a realidade das cidades do Juruá.
Impactos sociais e próximos passos
Além dos feridos, o acidente trouxe à tona o sentimento de insegurança no dia a dia de quem depende das ruas e estradas. Entidades de trânsito defendem a criação de um fórum regional permanente para discutir medidas estruturais.
Enquanto isso, as vítimas permanecem em observação no Hospital do Juruá, sem risco de morte, segundo boletim médico.
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✍️ Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
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