A Enrolação é o Jogo, e o MDB Tenta Vender o Pneu Furado da Capital
Rio Branco, 26 de Setembro de 2025
Povo meu, a gente que vive aqui no Acre sabe que política não é xadrez; é paciência de pescador com a arte de vender o almoço pra garantir a janta. E o que tá rolando agora com o MDB é o retrato mais fiel disso.
Teve o Alan Rick que saiu soltando foguetório pra todo lado, dizendo que o negócio tava “valendo”. E do outro lado, o Wagner Sales puxando o freio de mão, falando: “Calma lá, meu amigo. Foi só um dedo de prosa, não tem nada concreto.”
Aí você, eleitor esperto, pergunta: “Pra que tanta conversa? Faltam quantas?”
O Jogo da Enrolação: Vender o Voto Caro
Vou abrir o jogo, sem eira nem beira: essa enrolação toda não é falta de acordo. É estratégia de valorização.
O MDB tem um tesouro em ruínas: os 68.884 votos que o Marcus Alexandre fez na capital. Esse é o único pneu que ainda roda no carro deles. E, como a gente já viu, essa votação é maior que a eleitorado de Cruzeiro do Sul inteira!
Esse voto é o ativo mais valioso que o partido tem, mas ele vem com um problemaço: a turma antiga, que a gente sabe que “não tem força nem pra falar”, mas que tem que ser acomodada.
O Wagner Sales e os “gurus” do MDB não podem dizer sim de primeira. Se eles fizessem isso, seria o mesmo que gritar: “Estamos na lona! Leve o nosso voto de graça!”
A demora nas conversas serve pra botar pressão:
- Pra Alan Rick: Pra ele mostrar que tá pagando caro e que o apoio do MDB não é “moeda de troco”.
- Pra base do MDB: Pra turma da “arquibancada” (que se acha a Seleção) acreditar que o partido tá sendo “disputado a tapa” e que a fatia do bolo deles vai ser maior.
As conversas vão continuar até que o MDB garanta o “tamanho da mordida” ideal – ou seja, quantos cargos, secretarias e quantos “coxinhas” vão garantir a sobrevivência dessa turma que “tem interesses escusos” e não consegue se reinventar.
A Crise de Imagem e o Peso Morto
Essa enrolação é a cara da crise do MDB. O partido vive na ilusão de que “ainda corre e faz gol de bicicleta”, como se o tempo não tivesse passado desde os tempos do Flaviano Melo.
O Senador Márcio Bittar (o Senador Barbudo), que é o único com potência-pré pra salvar o MDB, tá vendo o circo pegar fogo. E o pior: se essa negociação virar uma barbeiragem e der errado, o MDB vai entrar em colapso.
E quem é que vai ter que arrumar a casa? Ele mesmo! O Senador Barbudo vai ser obrigado a administrar esse “INSS” todinho do MDB — ter que gastar o capital dele pra sustentar a preguiça e a falta de projeto dos outros.
É o time de “várzea” que, de tão ruim, tá forçando o craque a virar faxineiro.
O Veredito: O Pneu Furado Vai Rodar?
A verdade, meu povo, é que o MDB está vendendo o último pneu bom que tem. É um partido que se tornou um Arquivo Morto que só existe na capital. Se venderem mal, vão sumir de vez.
Se o Alan Rick sair comprando a briga e o Wagner Sales conseguir segurar o preço, o MDB ganha sobrevida. Se o preço for baixo, a turma da arquibancada não vai gostar, e o barraco vai ser grande.
A política do Acre, no final das contas, não é sobre o que se fala, é sobre o que não se fala. E o que não se fala é que o MDB tá desesperado pra provar que ainda vale alguma coisa.
Fiquem de olho, porque essa enrolação toda só para quando a mala preta das negociações de cargos estiver completamente cheia. Aí, sim, vai ter a festa. Mas a festa não é do eleitor; é do gabarito que conseguiu segurar o preço.
“Com o MDB agindo como um ‘time de várzea’ que só usa o voto da capital para negociar cargos – forçando o Senador Barbudo a virar ‘INSS’ – o seu voto vale para eleger um projeto para o Acre ou apenas para sustentar a aposentadoria da ‘arquibancada’?”
Coluna do Ton