BRASÍLIA — A lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR, na sigla em Inglês) tem provocado reações contrárias entre as autoridades do governo federal responsáveis pelo meio ambiente e pelo agronegócio. Enquanto os ministérios ligados à indústria e agricultura criticaram a lei e pressionaram a União Europeia (UE) para que ela fosse adiada por mais um ano, representantes do IBAMA e da bancada ambientalista consideram a EUDR um importante instrumento contra o desmatamento e uma oportunidade para que o agronegócio se torne mais rastreável, transparente e sustentável. Quando entrar em vigor em dezembro de 2025, a EUDR exigirá que os fornecedores comprovem que seus produtos exportados para a UE não sejam provenientes de áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020. A legislação, que surgiu após o aumento de denúncias sobre produtos importados pela UE ligados ao desmatamento ilegal da Amazônia e de outras florestas tropicais, tem como alvo sete commodities: soja, gado, borracha, óleo de palma, café, cacau e madeira. Para o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Rodrigo Agostinho, embora a EUDR deveria ter focado nos principais motores do desmatamento do país — soja e gado — a nova regulamentação é uma oportunidade para que os setores envolvidos transformem seu modelo de produção na Amazônia e em outros biomas. “Estão passando a investir muito em rastreabilidade e regularização ambiental, compliance, coisas que eles não faziam”, disse Agostinho à Mongabay na sede do IBAMA em Brasília. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e…This article was originally published on Mongabay
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Lei antidesmatamento da UE divide opiniões entre meio ambiente e agronegócio no governo federal
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