sexta-feira, 24 janeiro, 2025
22.3 C
Rio Branco

Dólar cai a R$ 5,92, menor patamar desde novembro; bolsa cede 0,4%

O dólar fechou abaixo de R$ 6 pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira (23), em reação positiva dos mercados após falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Davos, na Suíça.

Em sua fala, transmitida da Casa Branca, o republicano afirmou que vai pedir pela queda do petróleo e que irá pressionar pelo recuo dos juros pelo Federal Reserve (Fed).

O tom da fala do presidente fortaleceu a queda da divisa norte-americana, que fechou a sessão com queda de 0,35%, negociada a R$ 5,925. Na mínima, a cotação foi a R$ 5,873, enquanto a máxima tocou R$ 5,925.

Este é o menor patamar da divisa dos EUA desde 26 de novembro do ano passado, quando fechou a R$ 5,81.

Apesar do clima positivo nos mercados, o Ibovespa fechou no campo negativo, caindo 0,40% aos 122.483,32 pontos.

O desempenho negativo é reforçado pela pressão das blue chips, com Vale (VALE3) perdendo 0,7%, enquanto Petrobras (PETR4) recua 1%.

Trump em Davos

Em dia de agenda esvaziada, o mercado digere fala de Trump em Davos.

Trump abriu seu pronunciamento afirmando que “essa foi uma semana histórica nos Estados Unidos. Três dias atrás fiz o juramento, e começamos a ‘Era Dourada da América’. […] Sob nossa liderança, a América está de volta e aberta para negócios”.

Trump afirmou que, contando com a maioria em ambas as casas legislativas dos EUA, sua administração vai promover o maior corte de impostos da história do país.

“Incluindo massivos cortes de impostos para trabalhadores e suas famílias, além de grandes cortes para produtores nacionais”, disse o republicano ao Fórum Econômico Mundial.

Sem especificar números, o presidente voltou a falar sobre a taxação de produtos importados.

“Minha mensagem para todos os negócios do mundo é bem simples: venha produzir na América e vamos dar as menores taxas de qualquer nação da Terra. Mas se a decisão de vocês for de não produzir na América, simplesmente terão de pagar uma tarifa que deve direcionar até trilhões de dólares para o nosso Tesouro, fortalecer nossa economia e reduzir nosso déficit.”

Durante a campanha, Trump prometeu taxas de até 60% de produtos da China a partir de seu primeiro dia de mandato. Na terça-feira (21), o republicano revelou que pretende aplicar tarifas significativamente menores (10%) a partir de fevereiro.

Além disso, ele citou barreiras para produtos da União Europeia, Canadá e México.

O presidente argumenta que se os EUA aproveitarem ao máximo o petróleo que possuem, o país deve conseguir reduzir preços e se fortalecer como um polo industrial, podendo impulsionar-se na direção da inteligência artificial (IA) e dos criptoativos.

Trump ainda afirmou que irá conversar com a Arábia Saudita e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para derrubar os preços da commodity. O republicano disse ter ficado surpreso que os maiores produtores de petróleo do mundo não o tenham feito antes da eleição dos EUA.

O presidente dos EUA acredita que se os preços tivessem sido derrubados, “a guerra entre a Rússia e a Ucrânia teria acabado imediatamente”.

Além disso, avalia que no caso de o petróleo ficar mais barato, o movimento daria espaço para as taxas de juros caírem nos EUA e, consequentemente, no mundo.

Cenário doméstico

No cenário doméstico, as atenções seguem na agenda fiscal do governo federal. Na véspera, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou à CNN que projetos cuja votação ficaram pendentes em 2024 devem ser prioridade no começo do ano legislativo.

Em especial, Costa destacou priorização para “medidas que busquem estruturar e dar continuidade às reformas que nós fizemos, para ir criando uma sustentação econômica de longo prazo para o país”.

Um dos projetos para qual o ministro chama atenção é o Orçamento de 2025, que não havia sido votado até o fim do último ano legislativo. Até sua aprovação, o governo pode trabalhar com 1/12 da verba prevista.

Outra medida que Costa pede por celeridade é a isenção do Imposto de Renda (IR) para os contribuintes que recebam até R$ 5 mil mensais.

Decisões de BCs

Ao longo da próxima semana, o foco tende a se direcionar para uma série de decisões de bancos centrais, com destaque para a reunião do Banco do Japão, na sexta-feira (24), que pode voltar a subir sua taxa de juros.

Federal Reserve (Fed) anuncia sua decisão na quarta-feira (29), com expectativa de que mantenha os juros, enquanto o Banco Central Europeu define o patamar de sua taxa na próxima quinta, quando se espera que as autoridades reduzam os custos dos empréstimos.

Na cena doméstica, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia sua decisão também na quarta-feira, tendo já sinalizado na reunião de dezembro que elevará a Selic, agora em 12,25% ao ano, em 1 ponto percentual neste mês.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já afirmou anteriormente que a “barra é alta” para alterar a orientação de juros da autarquia.

Mais Lidas

Número de famílias acreanas endividadas cai em Dezembro de 2024

A Pesquisa de Inadimplência e Endividamento do Consumidor (PEIC),...

Alunos da aldeia Puyanawa são aprovados em vestibular indígena da UnB

A Escola Ixūbãy Rabuī Puyanawa, localizada na aldeia Puyanawa,...

Acre avança nos preparativos para sediar a 15ª Reunião Anual da GCF Task Force em maio

Em uma reunião realizada nesta quinta-feira, 23, no Palácio...

Alan Rick garante recurso e organização de assistência social ganha caminhonete 0km

Nesta quinta-feira, 23, o senador Alan Rick (União Brasil)...

Últimas Notícias

Categorias populares

  • https://wms5.webradios.com.br:18904/8904
  • - ao vivo