Mara Casares, ex-mulher do atual presidente do São Paulo e diretora de feminina, cultural e de eventos do clube, se manifestou oficialmente, nesta segunda-feira (15/12), após a divulgação de áudios que a citam em uma suposta venda irregular de camarotes no Morumbis. Em nota, a dirigente afirmou que as gravações foram retiradas de contexto, negou qualquer benefício pessoal, repudiou a existência de um esquema de ingressos e informou que pediu licença de suas atribuições no São Paulo para se dedicar aos esclarecimentos, enquanto o clube mantém apuração interna sobre o caso.
O conteúdo do pronunciamento
Após a divulgação dos áudios, Mara Casares contestou a interpretação das gravações e negou qualquer irregularidade.“Quero me manifestar essa situação. O áudio que circula foi tirado de contexto e traz uma conotação que não reflete a verdade dos fatos nem a minha intenção. Em nenhum momento houve benefício pessoal. Não tive ganho próprio de nenhuma natureza. Minha consciência está absolutamente tranquila”, afirmou.
Veja as fotos
Na sequência, a dirigente reconheceu a utilização de termos inadequados na conversa, mas reforçou que o conteúdo não representa o sentido real do diálogo: “É importante esclarecer que a conversa trazida no áudio contém expressões inadequadas. Reconheço isso. Essas falas, quando isoladas, não representam o real contexto da conversa. Nem o propósito da ligação.”
Negativa de irregularidade
Mara Casares afirmou que a conversa mencionada nos áudios teve como finalidade resolver uma situação específica envolvendo terceiros e destacou que o objetivo era preservar o clube:
“A conversa teve como único objetivo resolver uma situação pontual entre terceiros. Sempre pensando na proteção da instituição. Inclusive, foi solicitado que a ação fosse retirada justamente para preservar o SPFC”, pontuou.
Ainda no pronunciamento, ela rejeitou de forma direta as acusações relacionadas à comercialização irregular de ingressos: “Repudio de forma veemente qualquer afirmativa ou insinuação sobre a existência de ‘esquema de venda de ingressos’. Essa narrativa não condiz com a realidade e será devidamente esclarecida e provada no momento oportuno.”
Licença e próximos passos
A dirigente também explicou a decisão de se afastar temporariamente das funções no clube enquanto o caso é apurado: “Lamento profundamente que uma conversa privada tenha ganhado âmbito público e sido compartilhada de forma distorcida. Diante desse cenário, pedi licença das atribuições voluntárias para me dedicar integralmente aos esclarecimentos necessários e não prejudicar a gestão.”
Por fim, Mara Casares afirmou estar à disposição para colaborar com as investigações: “Reafirmo: estou totalmente à disposição para quaisquer esclarecimentos, com tranquilidade, responsabilidade e compromisso com a verdade.”
Apuração aberta no clube
O São Paulo Futebol Clube abriu apuração interna para investigar os áudios que apontam a existência de um suposto esquema de venda clandestina de camarotes no estádio do Morumbis. As gravações envolvem Douglas Schwartzmann, conselheiro e diretor-adjunto das categorias de base, e Mara Casares, então diretora feminina, cultural e de eventos do clube. Diante da repercussão do caso, ambos solicitaram licença de suas funções, conforme comunicado oficial divulgado pelo Tricolor.
Quem são os envolvidos
Douglas Schwartzmann ocupa cargo no conselho do São Paulo e já passou por áreas estratégicas da gestão, como Comunicação e Marketing. Em 2021, foi investigado pelo Ministério Público em apurações relacionadas a gestões anteriores do clube, sendo absolvido em 2022.
Mara Casares é advogada, ex-professora de Direito e conselheira do São Paulo. Em 2023, obteve votação recorde para o Conselho Deliberativo. Ela também é ex-esposa do presidente do São Paulo Julio Casares e mãe de dois filhos. Além de atuar na área cultural e de eventos, já exerceu função ligada ao futebol feminino do clube.
Transforme seu sonho com a força do esporte. Aposte agora na Viva Sorte! Acesse clicando aqui!







