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Fruto de emenda de Mara Rocha: prefeito entrega ponte do Igarapé Redenção e esquece de citar autora da verba
📍 Rio Branco – Acre | Por O Cidadão do Acre – Cidade AC News
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A obra, o gesto e o silêncio
Em tempos de discursos sobre ética e nova política, os gestos continuam dizendo mais que os discursos.
Foi o que se viu na sexta-feira (3), quando o prefeito Tião Bocalom (PL) inaugurou a nova ponte sobre o Igarapé Redenção, na estrada Jarbas Passarinho.
Uma obra aguardada há anos pelos moradores, viabilizada com R$ 3,5 milhões em emenda da então deputada federal Mara Rocha e R$ 1 milhão de contrapartida da prefeitura.
O evento foi cheio de bandeiras, câmeras e discursos — mas faltou o principal: reconhecimento.
Nenhuma menção à parlamentar que garantiu o recurso.
O prefeito preferiu uma frase genérica:
“Essa ponte nós conseguimos o recurso com apoio do Governo Federal.”
Conveniente. Mas incompleto.
Voz de quem estava lá
Quando uma obra começa ou termina no nosso bairro, a gente já sabe de quem foi a verba, quanto custou e o que deu pra fazer — independente de partido.
Eu até posso não votar nela, mas preciso reconhecer o esforço em mudar a realidade de uma comunidade.
Fui lá pra ver o povo, os vereadores, o prefeito, o aparato político.
Mas também fui pra ver ela — e não vi.
Cara… fiquei puto.
Todo mundo sabia que o recurso era de Mara Rocha, e mesmo assim, nem citada ela foi.
Aí é sacanagem, prefeito!
Quem governa com valores precisa aprender que gratidão também é política pública.
Bastidores e vaidade
Nos bastidores, a história é conhecida.
Desde o rompimento do grupo político em 2022, Mara Rocha e Tião Bocalom seguem caminhos diferentes.
E parece que o ressentimento falou mais alto que o reconhecimento.
Mas o problema é outro: a obra é pública.
Foi paga com o dinheiro do povo, não com recursos de gabinete.
Quando o gestor omite quem garantiu o investimento, ele desrespeita o contribuinte — e tenta reescrever a história.
A internet lembrou

Nas redes sociais, o silêncio do prefeito virou barulho.
“Parabéns, Mara Rocha, pela emenda que o prefeito usou para fazer esta ponte.”
“Demorou, mas enfim foi feito. Obrigado, deputada!”
A internet tem memória.
O que o microfone calou, o povo publicou.
E a omissão virou prova de como o ego ainda fala mais alto que a ética.
Café frio e moral morna
Voltei pra casa pensando nisso.
Na varanda, com uma xícara de Café que tava MARAvilhso mas e e Café Bocalom, concluí: o café pode até ser dele, mas a ponte é da Mara.
E o respeito? Esse ficou na margem do igarapé.
Dar a César o que é de César não é bajulação — é ética pública.
E ontem, prefeito, o senhor perdeu um pouco mais da confiança que o povo tentava lhe devolver.
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