“O problema do transporte coletivo é mais velho que promessa de campanha”
Na entrevista mais incisiva da semana, Emerson Jarude trocou o silêncio estratégico pelo verbo afiado — e foi direto ao ponto na Rádio Cidade FM. Numa conversa de almoço que virou raio-X da gestão pública em Rio Branco, ele apontou os nós, os culpados e a rota de saída. Tudo isso enquanto deixava no ar uma pergunta incômoda: quem ainda está governando pra gente?
Bastidor no ar
O deputado estadual Emerson Jarude chegou ao estúdio com o mesmo tom de sempre: calmo, didático, preparado. Mas bastaram três perguntas para que o microfone da Rádio Cidade FM virasse confessionário de uma atuação marcada por enfrentamentos desde o primeiro dia de mandato. Ali, ao vivo, ele reconstruiu sua trajetória política como quem revisita feridas — desde a assinatura solitária da CPI do Transporte em 2017, até as batalhas atuais por uma Guarda Municipal ignorada pelo Executivo.
Técnica contra descaso
Jarude não fala por achismo. Fala com número, orçamento e planejamento. Relembrou que foi até Brasília apresentar soluções viáveis para a segurança urbana e mostrou que os R$ 5 milhões necessários para implantar uma guarda municipal caberiam no orçamento — se houvesse vontade política. “Rio Branco é uma das únicas capitais que ainda não tem”, disparou. E completou com uma ironia que doeu: “Será que o Brasil inteiro está errado e só a gente está certo?”
Educação e prioridades invertidas
A denúncia mais pesada veio com os dados sobre educação. O Acre caiu para 26º lugar no ranking nacional e lidera o índice de famílias abaixo da linha da pobreza. O deputado apontou contradições: enquanto a prefeitura se recusa a pagar o piso dos professores, aumentou salários do prefeito, vice e secretariado, gerando impacto de R$ 10 milhões por ano. “Se tem um lugar onde nada pode faltar, esse lugar é a escola”, disse.
Currículo no lugar de bajulação
Outro ponto que chamou atenção foi o modelo de contratação adotado por seu gabinete: processo seletivo público. Nada de apadrinhamento ou “babão de político”. “Quem paga nosso salário é a população”, lembrou. Mais de 300 inscritos já concorrem a uma vaga na equipe de comunicação, numa iniciativa que, se não for copiada, pelo menos expõe o contraste.
O tom e a mensagem
Ao ser perguntado sobre sua mudança de postura — mais moderada, menos combativa — Jarude não negou: amadureceu. Mas deixou claro que continua fiscalizando com firmeza, agora com mais estratégia. Ao fim da conversa, a sensação era a de que o deputado ainda tem muitas cartas na manga — e talvez uma delas seja para 2026.
A Entrevista na Integra: Jornal das 12 | Entrevista com Deputado Estadual Emerson Jarude
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Assinatura:
✍️ Eliton Muniz – Caboco das Manchetes
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