
Vera Fischer, aos 73 anos, destaca-se na peça O Casal Mais Sexy da América, em cartaz no Rio de Janeiro, onde aborda o etarismo e celebra sua autoestima, conforme entrevista publicada em 7 de julho de 2025. A atriz, que não atua na televisão desde Espelho da Vida, em 2018, revelou à revista Quem sua recusa a procedimentos estéticos invasivos, priorizando cuidados simples com a pele e fisioterapia para os joelhos. Solteira desde 2004, ela enfatiza a liberdade de viver sozinha com seus dois gatos, rejeitando padrões de juventude eterna. Com 34 papéis em novelas e uma carreira iniciada como Miss Brasil 1969, Vera critica a falta de papéis para atores maduros no audiovisual, preferindo o teatro e o cinema.
Longe das novelas, a veterana encontra no palco um espaço para discutir a invisibilidade de idosos na mídia, conectando-se com fãs que valorizam sua autenticidade.
Principais pontos da entrevista:
- Etarismo no audiovisual: Escassez de papéis para atores acima de 70 anos.
- Beleza natural: Rejeita procedimentos estéticos invasivos, priorizando genética.
- Vida solteira: Celebra liberdade e independência desde 2004.
- Teatro como prioridade: Atua na peça O Casal Mais Sexy da América.
Combate ao etarismo
Vera Fischer, em sua peça O Casal Mais Sexy da América, interpreta uma atriz que enfrenta a falta de oportunidades devido à idade, um reflexo de sua própria experiência. Ela critica a mudança nos papéis do audiovisual, onde personagens como a Helena de Manoel Carlos, antes mães aos 50 anos, agora são avós, enquanto mães têm 20 anos. A atriz, com 55 anos de carreira, defende a aceitação da idade, afirmando querer parecer ter 73 anos, sem buscar uma aparência de 30.
A peça, em cartaz desde abril de 2025, aborda o etarismo com humor e sensibilidade, atraindo 12 mil espectadores no Rio até julho. Vera destaca que o teatro permite maior proximidade com o público, com 70% dos ingressos vendidos para maiores de 50 anos, segundo a produção. Sua atuação recebeu 85% de aprovação em enquetes online, reforçando sua relevância.
Beleza e autenticidade
Vera, eleita Miss Brasil em 1969, é reconhecida por sua beleza, mas enfatiza a importância da autenticidade. Ela evita procedimentos estéticos invasivos, como preenchimentos, por temer perder suas expressões faciais, essenciais para sua atuação dramática. “Minha cara é essa”, diz, brincando que um rosto diferente a “enlouqueceria”. Seus cuidados incluem produtos de qualidade para a pele e fisioterapia para os joelhos, lesionados por quedas no teatro.
A atriz, que não frequenta academias, atribui sua aparência à genética privilegiada e a uma rotina simples. Fãs, em 65% dos comentários nas redes sociais, elogiam sua beleza interior, destacando sua generosidade e simpatia. Vera mantém uma conexão forte com o público, com 45 mil interações em posts sobre a entrevista até 8 de julho.
Vida solteira e liberdade
Solteira desde 2004, após casamentos com Perry Salles e Felipe Camargo, Vera celebra a independência. “Estou feliz sozinha, nunca me senti tão bem”, afirmou, destacando a liberdade de gerir seus horários e viver com seus dois gatos adotados. Ela revela receber poucas cantadas, mas encara isso com humor, valorizando sua autonomia.
Sua rotina, centrada em leitura e projetos artísticos, reflete uma fase de plenitude. Em abril de 2025, no quadro Pode Perguntar do Fantástico, Vera mencionou a masturbação como uma “terapia maravilhosa”, gerando 50 mil menções nas redes sociais. A declaração reforça sua postura desinibida, conectando-a com um público que admira sua autenticidade.
Carreira no teatro
O teatro é o principal espaço de Vera desde 2018, após sua última novela, Espelho da Vida. A peça O Casal Mais Sexy da América, dirigida por Tadeu Aguiar, estreou em abril de 2025 no Rio e aborda a invisibilidade de atores maduros, com Vera interpretando uma estrela que enfrenta o etarismo. A produção, com ingressos entre R$ 80 e R$ 150, planeja turnês em São Paulo e Recife até 2026.
Vera atuou em peças como Gata em Teto de Zinco Quente (1998) e Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito (2022-2024), que alcançou 30 mil espectadores em 12 cidades. O teatro, segundo ela, oferece liberdade criativa e proximidade com o público, com 80% dos fãs em eventos pós-peça elogiando sua energia.
Etarismo no audiovisual
A ausência de papéis relevantes para atores acima de 70 anos é uma crítica recorrente de Vera. Com 34 trabalhos na TV, incluindo Helena em Laços de Família (2000) e Yvete em O Clone (2001), ela observa que o audiovisual prioriza personagens jovens, reduzindo oportunidades para atores maduros. Apenas 5% dos papéis em novelas de 2024 foram para maiores de 60 anos, segundo estudo da Globo.
Vera, que descarta novas novelas, foca no cinema e teatro, onde encontra narrativas que valorizam a experiência. Sua participação no filme Coisa de Novela, em 2024, celebrando os 60 anos da Globo, rendeu críticas positivas, com 90% de aprovação em festivais.
Projetos no cinema
Além do teatro, Vera retornou ao cinema com Quase Alguém (2019) e Coisa de Novela (2024), interpretando a si mesma ao lado de Tony Ramos. O longa, exibido no Festival de Cinema de Vitória, atraiu 8 mil espectadores. Ela recusou papéis na juventude por não se identificar com roteiros, como pornochanchadas, mas aceitou projetos como Intimidade (1977), que lhe rendeu o Prêmio Air France de Melhor Atriz.
A crise no audiovisual, agravada pela paralisação da Ancine entre 2019 e 2022, preocupa Vera, que critica a falta de apoio ao setor. Ela planeja novos projetos cinematográficos em 2026, com foco em papéis que abordem questões como menopausa e solidão, temas raros no cinema brasileiro.
Vida pessoal e saúde
Vera mantém uma rotina leve, sem academias, mas com fisioterapia para os joelhos, lesionados por quedas no palco. Ela usa produtos de qualidade para a pele, como séruns antirrugas, custando entre R$ 100 e R$ 300. Em abril de 2025, no Fantástico, ela revelou ter superado a dependência química com apoio dos filhos, Rafaella e Gabriel, que a internaram na Argentina em 2004.
A atriz, nascida em Blumenau, Santa Catarina, de origem alemã, enfrentou um pai rígido e abusivo, mas transformou adversidades em força artística. Sua trajetória, com 55 anos de carreira, inclui prêmios como o APCA e o Festival de Brasília.
Legado na teledramaturgia
Vera estreou na TV em 1977, com Espelho Mágico, e protagonizou novelas como Mandala (1987) e Pátria Minha (1994). Sua Helena em Laços de Família marcou a teledramaturgia, com 40 pontos de audiência. O Clone, com Yvete, rendeu 38 pontos e uma indicação ao Troféu Imprensa. Sua última novela, Espelho da Vida, teve 18 pontos, refletindo a queda na audiência do horário das seis.
A atriz, que já recusou papéis por questões éticas, como em Verdades Secretas, valoriza personagens complexos. Sua saída da Globo em 2020, após 43 anos, foi marcada por críticas à falta de papéis relevantes, mas ela mantém a relevância no teatro.
Conexão com os fãs
Vera mantém uma relação próxima com o público, com 1,2 milhão de seguidores no Instagram em julho de 2025. Seus posts, com 65% de engajamento entre mulheres acima de 40 anos, celebram sua autenticidade. Eventos pós-peça, com 200 fãs em média, reforçam sua popularidade, com 80% elogiando sua simpatia.




