sexta-feira, 5 dezembro, 2025

Maria Fernanda Cândido estreia peça sobre Clarice Lispector com filho na plateia em SP

Maria Fernanda Candido

Maria Fernanda Cândido, renomada atriz brasileira, reestreou a peça “Balada acima do Abismo” no Teatro-D-Jaraguá, no centro de São Paulo, no dia 2 de julho de 2025, marcando sua volta aos palcos paulistanos após uma temporada de sucesso em Paris. Inspirada na obra de Clarice Lispector e no poema “Visão de Clarice Lispector”, de Carlos Drummond de Andrade, a montagem combina textos da escritora com música ao vivo da pianista Sonia Rubinsky. A estreia contou com a presença do filho mais velho da atriz, Thomas, de 19 anos, em uma rara aparição pública da dupla, que chamou atenção pela discrição habitual da família. Dirigida por Gonzaga Pedrosa, a peça, que fica em cartaz até 13 de julho, celebra a conexão de Cândido com Lispector, iniciada na adolescência, e inaugura uma nova fase do teatro, localizado no icônico edifício modernista do Hotel Nacional Inn Jaraguá. A montagem reforça a relevância cultural de Lispector e o talento de Cândido em dar voz às nuances da autora.

A presença de Thomas, fruto do casamento de Cândido com o empresário francês Petrit Spahira, destacou o caráter familiar do evento. O jovem, que já supera a mãe em altura, optou por um visual casual, com jaqueta e tênis, enquanto a atriz brilhou em um conjunto azul de mangas e saia longas. A temporada de duas semanas tem atraído um público diversificado, incluindo fãs de teatro e da obra de Lispector.

  • Textos selecionados: A peça reúne contos como “Restos de Carnaval” e “A Repartição dos Pães”.
  • Música ao vivo: Sonia Rubinsky executa obras de Villa-Lobos e Rachmaninov.
  • Duração: O espetáculo tem 75 minutos e classificação livre.
  • Ingressos: Custam entre R$ 60 (promocional) e R$ 200 (inteira).

Retorno aos palcos brasileiros

A reestreia de “Balada acima do Abismo” marca o retorno de Maria Fernanda Cândido ao Brasil após anos vivendo em Paris, onde mora desde 2018 com o marido e os dois filhos, Thomas, de 19 anos, e Nicolas, de 16. A atriz, que já havia apresentado a peça em sua versão francesa em 2021, na Embaixada do Brasil, e em temporadas no bairro de Montmartre, adaptou o espetáculo para o público brasileiro, mantendo sua essência intimista. A escolha do Teatro-D-Jaraguá, reinaugurado em janeiro de 2025 com a primeira temporada da peça, reforça a conexão de Cândido com São Paulo, cidade onde construiu grande parte de sua carreira.

O espetáculo, concebido pela dramaturga Catarina Brandão, explora temas centrais da obra de Lispector, como espiritualidade, o feminino e a busca pelo sentido da vida. A presença da pianista Sonia Rubinsky, que vive na França e já foi indicada ao Grammy Latino, adiciona camadas emocionais à encenação, com peças de compositores como Alberto Nepomuceno e Sergei Rachmaninov. A cenografia de Fábio Namatame e a iluminação de Caetano Vilela complementam a atmosfera poética da montagem.

Uma relação de décadas com Clarice Lispector

A conexão de Maria Fernanda Cândido com Clarice Lispector começou na adolescência, com a leitura de “A Hora da Estrela” na escola. Anos depois, em 2002, a atriz recebeu de presente do diretor Luiz Fernando Carvalho o romance “A Paixão Segundo G.H.”, que se tornaria um marco em sua trajetória. Em 2018, Cândido protagonizou a adaptação cinematográfica do livro, também dirigida por Carvalho, recebendo o prêmio de melhor atriz no Festival de Siena, na Itália. A peça “Balada acima do Abismo” é, portanto, uma continuidade desse diálogo artístico com a escritora, que a atriz descreve como uma inspiração para explorar os paradoxos da existência.

A montagem utiliza uma colagem de textos, incluindo contos, crônicas e trechos de entrevistas de Lispector, interpretados em primeira pessoa por Cândido. A escolha de falar como a própria autora cria uma proximidade única com o público, que é convidado a mergulhar no universo literário e pessoal de Lispector. A peça já foi apresentada em Paris entre 2022 e 2023, atraindo tanto o público francês quanto brasileiros expatriados.

Inauguração do Teatro-D-Jaraguá

A reestreia da peça coincide com a consolidação do Teatro-D-Jaraguá como um novo polo cultural no centro de São Paulo. Localizado no subsolo do Hotel Nacional Inn Jaraguá, o espaço foi reformado para abrigar 260 espectadores e um palco italiano, ideal para montagens intimistas como “Balada acima do Abismo”. O edifício, projetado por Jacques Pilon em 1953, é um marco modernista, conhecido pelos painéis de Di Cavalcanti na fachada e pelo mural de Clóvis Graciano no interior.

A gestão do teatro, sob comando do produtor Darson Ribeiro, tem como objetivo revitalizar a região central, atraindo espetáculos de qualidade e um público diversificado. A reinauguração em janeiro de 2025, também com a peça de Cândido, foi marcada por descontos em restaurantes e estacionamento do hotel, uma estratégia para integrar o teatro à vida cultural da cidade. A temporada de julho mantém essas iniciativas, com ingressos promocionais a R$ 60 e sessões de terça a domingo.

  • Capacidade: O teatro acomoda até 260 pessoas por sessão.
  • Horários: Terças a sábados às 20h, domingos às 17h e 19h.
  • Localização: Rua Martins Fontes, 71, Anhangabaú, centro de São Paulo.
  • Acessibilidade: O espaço conta com acessos adaptados e bilheteria no lobby.

Presença do filho Thomas na estreia

A aparição de Maria Fernanda Cândido com o filho Thomas na estreia do dia 2 de julho foi um dos destaques da noite. O jovem, que raramente é visto em eventos públicos, acompanhou a mãe no Teatro-D-Jaraguá, demonstrando apoio ao seu novo projeto. A discrição da família é uma característica marcante do casal Cândido-Spahira, que evita expor os filhos, Thomas e Nicolas, à mídia. A presença de Thomas, agora com 19 anos, reforçou o tom pessoal da noite, com a atriz sendo fotografada ao lado do filho em um momento de orgulho mútuo.

O jovem optou por um look despojado, com jaqueta de frio para enfrentar as temperaturas amenas de São Paulo, enquanto Cândido apostou em um elegante conjunto azul. A interação entre mãe e filho foi registrada por fotógrafos, gerando comentários nas redes sociais sobre a semelhança entre os dois e a altura de Thomas, que já supera a mãe.

Carreira internacional e cinema

Além do teatro, Maria Fernanda Cândido mantém uma carreira ativa no cinema. Em 2025, ela integrou o elenco do filme “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, ao lado de Wagner Moura. A produção, ambientada durante a ditadura militar brasileira, foi destaque no Festival de Cannes, onde Cândido esteve presente para divulgar o longa. Sua personagem, responsável por documentar memórias do período, reflete a versatilidade da atriz, que transita entre papéis no cinema, teatro e até gravações de audiolivros, como a versão francesa de um texto de Lispector para a Bibliothèque des Voix.

A trajetória de Cândido no cinema começou após sua passagem pela moda, onde foi modelo de marcas como Dior e Prada. Sua formação com a preparadora de elenco Fátima Toledo, conhecida por métodos intensos, foi fundamental para sua transição para a atuação. Apesar das controvérsias envolvendo Toledo, Cândido defende o processo, destacando o impacto positivo em sua carreira.

Recepção da obra de Lispector na França

A peça “Balada acima do Abismo” também reflete o crescente interesse pela obra de Clarice Lispector na França. Desde a estreia do espetáculo em 2021, na Embaixada do Brasil em Paris, a escritora tem atraído novos leitores, especialmente jovens adultos, interessados em sua abordagem única do feminino e da espiritualidade. Cândido, que vive na capital francesa há sete anos, notou esse movimento e decidiu adaptar a montagem para o português, mantendo a essência dos textos originais de Lispector.

A temporada em Paris, realizada no espaço L’Accord Parfait, em Montmartre, foi marcada por sessões lotadas e críticas positivas. A nova versão brasileira, ampliada com elementos cênicos, busca aproximar o público do Brasil da mesma experiência, destacando a universalidade da obra de Lispector. A peça será levada de volta à França em junho de 2026, com direção de Maurice Durozier, do Théâtre du Soleil.

Aspectos técnicos da montagem

A produção de “Balada acima do Abismo” reúne profissionais de destaque no cenário teatral. A direção de Gonzaga Pedrosa equilibra a intensidade dos textos de Lispector com a delicadeza da trilha sonora, executada por Sonia Rubinsky. O cenário de Fábio Namatame cria uma atmosfera minimalista, que valoriza a performance de Cândido, enquanto a iluminação de Caetano Vilela reforça o tom enigmático da montagem. A adaptação de Catarina Brandão, que mescla contos, crônicas e falas da autora, permite uma narrativa fluida, sem delimitar claramente onde começa ou termina cada texto.

A peça tem duração de 75 minutos e é indicada para todas as idades, com sessões acessíveis a diferentes públicos. A escolha de um teatro no centro de São Paulo, próximo a pontos culturais como a Praça da Sé e o Theatro Municipal, facilita o acesso de moradores e turistas.

Repercussão nas redes sociais

A reestreia de “Balada acima do Abismo” gerou grande repercussão nas redes sociais, com elogios à performance de Maria Fernanda Cândido e à escolha de Lispector como tema. Fãs destacaram a elegância da atriz e a emoção de vê-la ao lado do filho Thomas, com comentários como “Maria Fernanda é um ícone” e “Que orgulho ver Thomas apoiando a mãe”. A presença de Sonia Rubinsky também foi celebrada, com menções à sua habilidade em conectar música clássica ao universo literário da peça.

Publicações sobre o evento mencionaram ainda a importância do Teatro-D-Jaraguá como novo espaço cultural, com expectativa de que a peça atraia mais público para a região central. A curta temporada, de apenas duas semanas, tem impulsionado a venda de ingressos, com sessões extras programadas para os fins de semana.

Legado de Clarice Lispector no teatro

A obra de Clarice Lispector tem inspirado diversas adaptações teatrais no Brasil e no exterior. “Balada acima do Abismo” se destaca por sua abordagem híbrida, que combina elementos de recital, teatro e música ao vivo. A escolha de textos como “Água Viva” e “É Para Lá que Eu Vou” reflete a versatilidade de Lispector, cuja escrita transita entre gêneros como conto, crônica e romance. A peça também explora a biografia da autora, com Cândido interpretando trechos de entrevistas em que Lispector reflete sobre sua paixão pela língua portuguesa.

A montagem reforça a relevância de Lispector no cenário cultural, especialmente em um momento em que sua obra ganha novos leitores no exterior. A peça é vista como uma celebração do legado da escritora, que nasceu na Ucrânia em 1920, cresceu no Recife e se consagrou no Rio de Janeiro.

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