O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas para uma onda de frio intensa no Sul do Brasil, com temperaturas até 5ºC abaixo da média no Rio Grande do Sul, e chuvas excessivas em 236 municípios de três estados até sexta-feira (27). A frente fria, que avança desde o início da semana, já provoca mudanças significativas no clima, afetando a rotina de milhões de pessoas. No Rio Grande do Sul e no oeste de Santa Catarina, o alerta laranja indica risco à saúde devido à queda brusca de temperatura, enquanto chuvas intensas ameaçam alagamentos e deslizamentos no noroeste gaúcho, oeste catarinense e áreas do Paraná. As condições adversas exigem atenção redobrada da população, especialmente em 578 municípios sob alerta de frio. As recomendações incluem evitar o mau tempo e proteger pertences em áreas de risco. O fenômeno, impulsionado por uma massa de ar polar, reflete a variabilidade climática típica do inverno na região.
A onda de frio que atinge o Sul do Brasil começou a se intensificar na segunda-feira (23), conforme dados do Inmet. A previsão aponta para temperaturas mínimas que podem chegar a 0ºC em algumas cidades gaúchas, com sensação térmica ainda mais baixa devido aos ventos. A situação exige cuidados especiais, principalmente para grupos vulneráveis, como idosos e crianças.
- Principais áreas afetadas pelo frio: Rio Grande do Sul (quase todo o estado) e oeste de Santa Catarina.
- Chuvas intensas: Noroeste do RS, oeste de SC e regiões sudoeste, sudeste, oeste e centro-sul do Paraná.
- Duração dos alertas: Frio até sexta-feira (27) às 10h; chuvas até quinta-feira (26) às 23h59.
- Riscos associados: Hipotermia, alagamentos, deslizamentos e transbordamento de rios.
A população local já sente os impactos, com relatos de dificuldades no transporte e aumento no consumo de energia para aquecimento. As autoridades reforçam a importância de medidas preventivas para minimizar os danos.
Alerta laranja: O que significa para o Sul
O alerta laranja emitido pelo Inmet indica uma situação de perigo iminente, com temperaturas significativamente abaixo da média para a época. No Rio Grande do Sul, cidades como Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas estão entre as mais afetadas, com termômetros marcando até 5ºC abaixo do esperado. Em Santa Catarina, o oeste do estado, incluindo Chapecó, enfrenta condições semelhantes. A massa de ar polar responsável pelo fenômeno é uma das mais intensas do inverno de 2025, segundo meteorologistas.
A queda brusca de temperatura pode causar impactos diretos na saúde, como risco de hipotermia, especialmente em populações vulneráveis. Além disso, a agricultura, um dos pilares econômicos da região, pode sofrer com geadas que danificam culturas sensíveis, como trigo e frutas.
O alerta abrange 578 municípios, o que representa uma área significativa do Sul do Brasil. As autoridades locais estão em estado de atenção, monitorando possíveis impactos em infraestrutura, como interrupções no fornecimento de energia e problemas em estradas devido ao gelo.
Chuvas intensas e riscos de alagamentos
Paralelamente à onda de frio, o Inmet destacou um alerta laranja para chuvas intensas em 236 municípios dos três estados do Sul. As precipitações, que podem alcançar 60 mm por hora, aumentam o risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios. As áreas mais críticas incluem o noroeste do Rio Grande do Sul, o oeste de Santa Catarina e o sudoeste, sudeste, oeste e centro-sul do Paraná.
Em cidades como Erechim (RS), Concórdia (SC) e Guarapuava (PR), a combinação de chuvas e solos já saturados eleva a probabilidade de incidentes. O alerta, que entra em vigor às 22h de quarta-feira (25) e se estende até as 23h59 de quinta-feira (26), exige atenção redobrada das defesas civis municipais.
- Medidas de prevenção recomendadas:
- Evitar áreas de risco, como encostas e margens de rios.
- Proteger pertences em caso de inundação.
- Desligar aparelhos elétricos durante tempestades.
- Acompanhar atualizações meteorológicas em canais oficiais.
Os moradores dessas regiões são orientados a observar sinais de instabilidade, como rachaduras em encostas ou acúmulo de água em vias públicas, e a buscar abrigo em locais seguros.
Alerta amarelo: Queda moderada de temperatura
Além do alerta laranja, o Inmet emitiu um alerta amarelo para outras regiões do Brasil, incluindo áreas do norte, Centro-Oeste e Sudeste. Esse nível indica uma queda de temperatura entre 3ºC e 5ºC, com risco leve à saúde. O alerta, válido até as 15h de quarta-feira (25), abrange estados como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Em São Paulo, por exemplo, a capital registrou temperaturas abaixo de 10ºC na madrugada de terça-feira (24), com sensação térmica ainda mais baixa. A população local, acostumada a invernos menos rigorosos, enfrenta dificuldades com a mudança climática repentina. O aumento no uso de aquecedores e cobertores já é perceptível, assim como a procura por abrigos para pessoas em situação de rua.
Impactos na agricultura e economia local
A onda de frio e as chuvas intensas têm potencial para afetar a economia do Sul, especialmente o setor agrícola. O Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de grãos do país, enfrenta riscos de perdas em culturas como soja, milho e trigo devido às geadas. Em Santa Catarina e no Paraná, pomares de frutas, como maçã e citrus, também estão vulneráveis.
Os prejuízos podem se estender ao setor de transporte, com estradas escorregadias e baixa visibilidade devido à neblina. Além disso, o aumento no consumo de energia elétrica para aquecimento pressiona a rede elétrica, especialmente em áreas rurais.
- Setores mais afetados:
- Agricultura (geadas em plantações).
- Transporte (estradas com gelo ou alagadas).
- Energia (alta demanda por aquecimento).
Os governos estaduais já mobilizam equipes para apoiar os municípios mais atingidos, com foco na assistência à população e na manutenção de serviços essenciais.
Prevenção e cuidados com a saúde
A queda brusca de temperatura exige cuidados específicos para proteger a saúde. O frio intenso aumenta o risco de doenças respiratórias, como gripes e pneumonias, além de problemas relacionados à exposição prolongada, como hipotermia. Idosos, crianças e pessoas com condições crônicas são os grupos mais vulneráveis.
As autoridades recomendam o uso de roupas adequadas, como casacos, gorros e luvas, além de manter ambientes aquecidos e bem ventilados. Para quem vive em áreas rurais, a proteção de animais de criação também é essencial, já que o frio pode afetar o gado e outros rebanhos.
Ação das autoridades e monitoramento
As defesas civis dos três estados do Sul estão em alerta máximo, coordenando ações para minimizar os impactos da onda de frio e das chuvas. No Rio Grande do Sul, o governo estadual anunciou a liberação de recursos emergenciais para os municípios mais afetados. Em Santa Catarina, equipes de monitoramento acompanham os níveis dos rios, enquanto no Paraná, a prioridade é a prevenção de deslizamentos em áreas de encosta.
O Inmet mantém um sistema de atualização constante, com boletins divulgados a cada 12 horas. A população é orientada a acompanhar os canais oficiais para obter informações confiáveis e evitar a disseminação de boatos sobre o clima.
Histórico de ondas de frio na região
O Sul do Brasil é conhecido por enfrentar ondas de frio intensas durante o inverno, mas o evento atual se destaca pela abrangência e pela combinação com chuvas excessivas. Em julho de 2024, uma frente fria semelhante causou temperaturas negativas em mais de 100 municípios gaúchos, com impactos significativos na agricultura e na infraestrutura.
A variabilidade climática, intensificada por fenômenos como o La Niña, contribui para a ocorrência de eventos extremos. Meteorologistas alertam que ondas de frio como essa podem se tornar mais frequentes nos próximos anos, exigindo maior preparo das autoridades e da população.
Recomendações para a população
Para enfrentar as condições adversas, o Inmet e as defesas civis reforçam uma série de medidas práticas. A população deve priorizar a segurança, evitando deslocamentos desnecessários durante chuvas intensas ou em áreas com risco de alagamentos.
- Dicas para enfrentar o mau tempo:
- Verificar a estrutura de residências, especialmente telhados e encostas.
- Manter cobertores e roupas quentes à disposição.
- Evitar contato com água de enchentes, que pode estar contaminada.
- Buscar ajuda em caso de emergência, ligando para a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193).
As orientações buscam reduzir os riscos e garantir que a população esteja preparada para lidar com os desafios climáticos.
Próximos dias: O que esperar
A previsão do Inmet indica que a onda de frio começará a perder força a partir de sexta-feira (27), mas as temperaturas devem permanecer abaixo da média até o fim de semana. As chuvas, por outro lado, podem se intensificar em algumas áreas do Paraná e de Santa Catarina na quinta-feira (26), exigindo monitoramento contínuo.
Os meteorologistas também alertam para a possibilidade de novos eventos climáticos extremos nas próximas semanas, já que o inverno de 2025 tem se mostrado particularmente instável. A população é incentivada a se manter informada e a adotar medidas preventivas para minimizar os impactos.
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