Em alusão à campanha do Outubro Rosa, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) deu início nesta quinta-feira, 24, a uma ação de saúde na Unidade Penitenciária Feminina de Rio Branco. A ação foi fruto de uma parceria do Iapen com o Hospital de Amor, com atendimentos voltados para a prevenção do câncer do colo do útero e câncer de mama. Além dos atendimentos oferecidos pelo Hospital de Amor, também houve atendimento para a área psiquiátrica e psicológica.
Há mais de 5 anos sem fazer o exame PCCU, a detenta S. A. F. está no presídio há 5 meses e foi uma das mulheres atendida pela equipe que estava realizando os exames. “É muito importante fazer. Tinha mais de 5 anos já que eu não fazia, e eu sou sentenciada, então não sabia como fazer. Aqui dentro é mais fácil”, explicou a detenta.
Nesta ação de atendimento do PCCU foram atendidas 30 mulheres privadas de liberdade, mas a previsão é que até o final do ano todas as mulheres do presídio sejam alcançadas.
Segundo Jackeline de Andrade, enfermeira do Hospital de Amor, há quatro anos que essa parceria vem acontecendo anualmente: “A gente está aqui em mais um mês de Outubro Rosa, prestando um serviço de coleta de preventivo. Esse é o quarto ano consecutivo que nós estamos aqui. A gente fornece tanto o atendimento do preventivo quanto o atendimento de mamografia. É uma imensa satisfação essa parceria entre o governo e o Hospital de Amor”, explicou ela.
A chefe do Departamento de Assistência e Saúde do Iapen, Ingrid Suárez, fala que além do PCCU e do atendimento voltado para saúde mental realizado nesta quinta-feira, ainda devem ser feitos exames de mamografia na próxima semana: “Iniciamos hoje, no estabelecimento penal feminino de Rio Branco, ações voltadas para a saúde da mulher, visando o bem-estar das mulheres privadas de liberdade. O Iapen, em parceria com o Hospital de Amor, tem promovido essa grande ação, com a realização de exames de PCCU, e no dia 31, exames de mamografia serão realizados. De forma simultânea, ações voltadas para a área de psicologia e psiquiatria também estão sendo feitas neste estabelecimento penal, visando o bem-estar da saúde da mulher como um todo”, ressaltou ela.
Durante a ação, os atendimentos na área da saúde mental também estavam disponíveis para as detentas. Segundo a psicóloga Teresa Scapin, que já trabalha no sistema prisional há muito tempo, a realidade de pessoas privadas de liberdade é difícil, então “os atendimentos são muito importantes. Acho que elas precisam dessa atenção. E agora, aproveitando, né, outubro rosa, eu acho que tem que intensificar mais ainda, pra ver se a gente dá pelo menos um alívio, um pequeno conforto pra ajudá-las a superarem tantas dores que elas vivem”, disse a psicóloga.