Marcelo Barbosa, de 25 anos, que foi jogado de uma ponte pelo policial militar Luan Felipe Alves Pereira, quebrou o silêncio sobre o caso. Em entrevista ao programa Fantástico, exibido neste domingo, Marcelo descreveu o momento como aterrorizante, revelando que pensou que seria seu fim.
“Foi uma sensação horrível, eu pensei que ia morrer. Quando ele falou que ia me jogar da ponte… Eu não sei voar, é impossível”, contou. Marcelo, que trabalha como manobrista e não possui antecedentes criminais, também classificou o policial como “desequilibrado”. “É assustador saber que quem deveria proteger a gente faz esse tipo de coisa”, desabafou.
O pai do jovem, Antonio Donizete, emocionou-se ao falar do caso. “Quando vi que era o meu filho nas imagens, meu coração se partiu. Foi devastador”, relatou.
Na última sexta-feira, 6, Marcelo compareceu à 2ª Delegacia Seccional do Brooklin, na zona sul de São Paulo, onde prestou depoimento acompanhado de sua advogada. Ele relatou ter sido abordado em uma blitz policial e negou qualquer fuga ou perseguição. Durante a abordagem, segundo Marcelo, o policial o segurou pelo “colarinho” e o levou até a ponte, afirmando: “Você tem duas opções: ou você pula da ponte ou eu jogo você e a moto”.
O incidente foi amplamente divulgado após as imagens chocantes serem compartilhadas nas redes sociais, causando indignação e levantando discussões sobre abuso de poder e a conduta policial. Marcelo disse que continua temendo pela própria segurança. “Mesmo agora, depois de tudo, o medo permanece”, confessou.
O policial militar envolvido no caso foi afastado e responderá às acusações judicialmente. Enquanto isso, o episódio segue sendo investigado, gerando grande repercussão e pedidos de justiça por parte da sociedade.
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