O Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre divulga nesta quarta-feira, 16, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, que mostra que os preços subiram 0,75% em setembro em Rio Branco. Esse foi o maior aumento do ano.
A inflação no Brasil também apresentou expressiva alta de 0,44% Esse aumento mostra que os preços de alguns produtos e serviços continuam subindo, impactando o dia a dia das pessoas. Conforme os pesquisadores, que utilizaram dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a inflação mais alta em Rio Branco revela um cenário preocupante para o custo de vida na região, especialmente para as famílias de menor renda, que são as mais vulneráveis a essas oscilações de preços. Isso reforça a necessidade de políticas públicas específicas para mitigar os impactos locais da inflação e proteger o poder de compra da população.
Um dos principais responsáveis por essa alta foi o aumento expressivo no grupo de habitação, que registrou uma variação de 3,50%, impulsionada pelo reajuste na tarifa de energia elétrica. A bandeira tarifária vermelha, no patamar 2, adicionou um custo significativo à energia consumida, afetando diretamente o orçamento das famílias. Além disso, o acionamento de termelétricas, devido ao baixo nível dos reservatórios, elevou ainda mais o custo de geração de energia, causando um impacto considerável nas contas de luz.
Outro item de destaque é a passagem aérea, que registrou um aumento de 7,57% em setembro. No entanto, no acumulado do ano, houve uma queda significativa de 34,58%. Essa oscilação pode estar relacionada à sazonalidade e à dinâmica do setor aéreo, que costuma ter flutuações de preços dependendo da demanda, da oferta de voos e de promoções ou reajustes pontuais.
Apesar do aumento em setembro, a redução ao longo do ano mostra que, em momentos anteriores, as passagens estiveram mais acessíveis, o que pode ter favorecido o turismo e as viagens na região.
Outros grupos, como saúde e cuidados pessoais (0,73%) e transportes (0,51%), também contribuíram para a alta inflacionária, refletindo aumentos nos preços de serviços e produtos essenciais.
Veja o resultado dos grupos do IPCA:
- Alimentação e bebidas: 0,27%;
- Habitação: 3,50%;
- Artigos de residência: 0,38%;
- Vestuário: 0,08%;
- Transportes: 0,51%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,73%;
- Despesas pessoais: 0,03%;
- Educação: 0,18%;
- Comunicação: -0,04%.
Variação
Outros grupos, como saúde e cuidados pessoais (0,73%) e transportes (0,51%), também contribuíram para a alta inflacionária, refletindo aumentos nos preços de serviços e produtos essenciais. O acumulado da inflação ao longo de 2024 demonstra que esses itens têm pressionado de maneira contínua o custo de vida das famílias em Rio Branco, especialmente as de menor renda, que são mais vulneráveis às oscilações de preços
A batata-inglesa, por outro lado, apresentou uma queda expressiva de 10,45% em setembro, embora no acumulado de 2024 tenha tido um aumento robusto de 28,33%. Essa variação indica que, apesar da redução recente, o preço da batata teve uma alta ao longo do ano, provavelmente devido a questões climáticas ou logísticas que impactaram a oferta do produto em determinados períodos.
A queda em setembro pode ser resultado de uma maior oferta momentânea ou de ajustes no mercado, mas o acumulado do ano ainda sugere uma pressão inflacionária sobre esse item essencial da cesta básica.
O alho também se destaca, com um aumento de 35,29% acumulado ao longo de 2024, e uma variação mais moderada em setembro de 4,45%. O alho é um produto que, historicamente, pode sofrer grandes variações de preço, influenciado tanto pela sazonalidade quanto por questões de importação e exportação. Esse aumento significativo ao longo do ano reflete uma pressão nos custos de alimentos, especialmente no segmento de temperos e condimentos, afetando diretamente o poder de compra dos consumidores que utilizam o produto diariamente em suas refeições.