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Uso do Gmail por autoridade dos EUA gera nova crise de segurança digital

Após a recente polêmica envolvendo altos funcionários da administração Trump, que utilizaram o aplicativo criptografado Signal para discutir planos militares, um novo caso envolvendo comunicações inseguras surge no governo dos Estados Unidos. Desta vez, o centro das atenções é o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz, acusado de usar indevidamente o Gmail para tratar assuntos oficiais.

 

Segundo reportagem do jornal The Washington Post, fontes próximas revelaram que Waltz teria utilizado uma conta pessoal do Gmail para receber documentos e seu calendário oficial. Diferentemente do Signal, conhecido por sua criptografia de ponta a ponta, o Gmail tradicional não oferece esse tipo de segurança avançada, expondo conteúdos de e-mails a possíveis interceptações e acessos não autorizados.

Em declaração ao jornal, Eva Galperin, diretora de cibersegurança da Electronic Frontier Foundation, alertou sobre a vulnerabilidade do uso de contas pessoais para assuntos governamentais: “A menos que utilizem softwares de criptografia como o GPG, e-mails não possuem criptografia ponta a ponta, podendo ser interceptados e lidos em vários pontos, incluindo os servidores do Google.”

Coincidentemente, no dia 1º de abril—quando o Gmail completou seu 21º aniversário—a Google anunciou que vai implementar criptografia para seu serviço de e-mail, inicialmente para usuários empresariais do Google Workspace. De acordo com comunicado divulgado pela empresa e publicado pela revista Forbes, a novidade será lançada em fases:

“Estamos lançando, em fase beta a partir de hoje, a capacidade de enviar e-mails criptografados para usuários do Gmail dentro da própria organização. Nas próximas semanas, será possível enviar mensagens criptografadas para qualquer conta Gmail e, até o fim do ano, para contas externas.”
O caso envolvendo Mike Waltz reforça uma questão delicada: o uso de contas pessoais para assuntos oficiais viola regras de segurança estabelecidas pelo governo norte-americano, comprometendo a segurança das comunicações e impedindo o armazenamento adequado dessas informações para fins de auditoria.

Essa controvérsia surge pouco depois do escândalo denominado “Signalgate”, no qual membros da administração Trump utilizaram a plataforma Signal, também inadequada para comunicação oficial, na elaboração de ataques militares no Iêmen. Ambos os casos aumentam a preocupação quanto à segurança digital e à transparência das comunicações dentro do governo dos Estados Unidos.
 
 
 

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