Comunidade celebra trajetória marcada por fé, família, música, compromisso social e expansão da maior igreja pentecostal do estado
📍 Rio Branco – AC | 26 de setembro de 2025 | Atualizado há 2h
O pastor Luiz Gonzaga de Lima, referência espiritual no Acre e no cenário evangélico brasileiro, completa em setembro de 2025 seus 31 anos à frente da Assembleia de Deus em Rio Branco. Essa data é mais do que uma marca no calendário: é a celebração de uma vida inteira dedicada ao cuidado com pessoas, à proclamação do evangelho e à edificação da maior igreja pentecostal do estado.
Sua trajetória começou em 1994, quando assumiu a presidência em meio a um cenário desafiador, com a missão de consolidar uma obra que já dava sinais de crescimento. Desde então, a Assembleia de Deus em Rio Branco tornou-se um ponto de referência para milhares de famílias. Hoje são mais de 20 mil fiéis e 138 congregações, integrando capital e interior em uma rede de fé e esperança.
Esse crescimento, no entanto, vai além dos números. O impacto se revela em vidas transformadas, em jovens resgatados das drogas, em famílias restauradas, em líderes levantados para o ministério, em missionários enviados para comunidades distantes. A igreja se tornou espaço de acolhimento, ensino, louvor e solidariedade.
Em 31 anos de liderança, Gonzaga atravessou crises econômicas, desafios sociais e mudanças culturais, mas sempre manteve os olhos no propósito: proclamar a Palavra de Deus e cuidar do rebanho que lhe foi confiado. Sua gestão combina visão espiritual e capacidade administrativa, sem perder a simplicidade que o aproxima das pessoas.
A comemoração em 2025 é, portanto, um marco de gratidão. Fiéis de várias gerações reconhecem no pastor não apenas o líder, mas o amigo, o conselheiro, o pai espiritual que orientou caminhos e marcou destinos. Sua história é contada nos testemunhos que ecoam de púlpitos e casas, de congregações na periferia a templos centrais.
São 31 anos em que o pastor Luiz Gonzaga construiu, tijolo por tijolo, culto após culto, oração após oração, um legado que não se apaga. Um legado feito de fé, perseverança e serviço.
Histórico pessoal 
Nascido em 22 de outubro de 1956, em Rio Branco, Luiz Gonzaga de Lima cresceu em um lar simples e marcado pela fé. Filho de Manoel Ribeiro e Maria Magnólia, aprendeu desde cedo o valor da oração, da honestidade e do serviço. Ainda jovem, sentiu no coração o chamado para dedicar-se integralmente ao ministério cristão.
Foi consagrado em 1979, aos 23 anos, iniciando sua caminhada pastoral. Mesmo no começo, sua postura já revelava zelo e seriedade. Não se limitava ao púlpito; visitava famílias, ensinava crianças, incentivava jovens e acompanhava de perto o crescimento da igreja.
Buscou também formação acadêmica. Licenciou-se em Filosofia, bacharelou-se em Teologia e completou pós-graduação em Psicopedagogia, unindo saber humano e sabedoria bíblica. Escreveu seis livros e gravou seis CDs, que alcançaram todo o Brasil, com mensagens que combinam profundidade espiritual e simplicidade de linguagem.
Sua história é marcada por uma fé prática. Sempre esteve próximo das pessoas, ouvindo, aconselhando, chorando junto e celebrando vitórias. Essa proximidade fez com que fosse reconhecido não apenas como pastor, mas como pai espiritual.
Família como alicerce
Ao lado da missionária Vania Maria Chiquito de Lima, sua esposa há 45 anos, construiu uma história de amor e parceria. Ela foi mais que companheira: esteve presente em cada culto, em cada congresso, em cada viagem missionária. Sua presença é lembrada como símbolo de apoio e inspiração para outras mulheres cristãs.
O casal criou três filhos em um ambiente de fé e oração. A família não foi apenas suporte, mas parte integrante do ministério. Essa base sólida sempre foi testemunho de que a obra de Deus é sustentada pela união e pelo exemplo dentro de casa.
A música como expressão de fé
Se há uma marca especial no ministério do pastor Luiz Gonzaga é a paixão pela música. Ele sempre viu no louvor um canal poderoso de adoração e edificação. Incentivou gerações de músicos, corais e conjuntos, transformando a música em elemento central da vida da igreja.
Hinos como “Cristo te necessita”, “Renova-me, Senhor Jesus”, “Mais Grato a Ti” e “Tu És Meu Deus” tornaram-se parte da memória coletiva, lembrados até hoje em congressos, vigílias e cultos festivos. Para ele, cada acorde era expressão da grandeza divina, cada canto era sinal da presença de Deus.
31 anos de liderança e expansão
Assumir a presidência em 1994 significou herdar responsabilidades e desafios. O início foi marcado por reorganização administrativa e fortalecimento espiritual. Nos anos seguintes, vieram a expansão missionária e a estruturação de ministérios.
Hoje, são 138 congregações ligadas à igreja-sede em Rio Branco, com cerca de 20 mil membros e congregados. Mas o impacto vai além das paredes do templo. A Assembleia de Deus tornou-se agente social, com projetos de apoio a famílias, ações educativas, campanhas de arrecadação e missões em comunidades isoladas.
Congressos de jovens, encontros de senhoras, cruzadas evangelísticas e campanhas de oração marcaram esses anos. Cada evento se tornou espaço de renovação espiritual e crescimento comunitário.
Legado e gratidão da igreja
Três décadas depois, é impossível separar a história da Assembleia de Deus em Rio Branco da história do pastor Luiz Gonzaga. Sua liderança moldou a identidade da igreja, fortalecendo sua presença e ampliando sua missão.
O legado não está apenas em números, mas em pessoas: crianças que cresceram na fé, jovens que se tornaram pastores, famílias restauradas, vidas transformadas.
Hoje, a igreja olha para trás com gratidão e para frente com esperança. Reconhece que sua história foi escrita com perseverança, amor e serviço.
Editorial
Recordações que ardem no coração
Eu ainda era adolescente quando vivi alguns dos momentos mais marcantes da minha caminhada cristã ao lado do pastor Luiz Gonzaga. Quase todos os domingos, depois da Escola Dominical, íamos para sua casa, no Conjunto Universitário. Brincávamos de videogame, jogávamos bola na rua, e às 18h seguíamos juntos para a igreja, de ônibus. Naquele tempo, o pastor não tinha carro; havia chegado de Cruzeiro do Sul, trazendo sonhos que moldariam o futuro da Assembleia de Deus em Rio Branco.
Lembro-me dele: paletó impecável, gravatas elegantes, postura firme. Eu me perguntava por que não usava carro. Mais tarde entendi ele ainda não tinha CNH, mas logo tirou sua carteira de habilitacao. Tudo era uma construção!
Chegávamos à antiga igreja, no espaço que antes fora o Bingo Boa Sorte. Ali, com um fio ou até um pedaço de madeira, media o espaço entre os bancos. Depois, passou a usar o próprio sapato. Pequenos gestos que revelavam zelo e dedicação.
Na música vivi muitos anos de alegria. Toquei em cultos, viagens e congressos, acompanhando um grupo de homens que entoava hinos cheios de unção. Também me lembro das visitas em família: bastava ouvir a pergunta “o teclado está aí?” para que a sala virasse templo e o lar se tornasse altar.
Até hoje certos hinos me trazem lágrimas aos olhos. “Cristo te necessita”, “Renova-me, Senhor Jesus”, “Mais Grato a Ti”, “Tu És Meu Deus”. Louvores que marcam época e reacendem a gratidão.
Eu colho frutos dos momentos em que obedeci e exerci o dom que Deus me deu. Houve um tempo em que me perdi, mas o meu pastor me achou. Foi em um culto de domingo, ao som do hino “Primeiro Amor”, cantado por Marcos Aurélio, que voltei para a casa do Senhor.
Esses 31 anos mostram que o nosso pasto sempre esteve verde. Não foi preciso cerca nem muros. Sempre acreditei: quando o pasto é bom, a ovelha não vai embora. E aqui, pela graça e misericórdia de Deus, nosso pastor tem conduzido fielmente o que o Senhor colocou em seu coração.
Quero finalizar dizendo: eu sou filho da Assembleia de Deus, do pastor Luiz Gonzaga.
Adm. Eliton Muniz – Membro da Assembleia de Deus em Rio Branco
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