Inteligência Artificial e o Futuro dos Empregos: Aliada ou Rival?

Quando você crescer, talvez não haja empregos, isto é, não da maneira como os conhecemos. Não é preciso ser especialista no assunto para chegar a essa conclusão. As civilizações se moldam pelas experiências que vivenciam. Assim, podemos dizer que a pandemia da Covid-19 nos fez evoluir, tecnologicamente falando, 20 anos em dois.

O medo de sermos dominados pelos algoritmos nos leva a questionar se as máquinas serão nossas aliadas ou adversárias em um futuro bem próximo. Porém, sabemos que os seres humanos resolvem a maioria dos problemas sentindo algo. Já um robô, não.

Olhando por esse ângulo, podemos deduzir que inteligência e consciência são coisas muito distintas: inteligência é a aptidão para resolver problemas; já a consciência é a capacidade de sentir dor, amor, alegria e raiva.

No passado, durante a Revolução Industrial, humanos competiam com máquinas em duas habilidades: física e cognitiva. Levamos vantagem na segunda. Para cada emprego perdido no campo, pelo menos outro era criado nas fábricas. Para o futuro, a revanche já começou!

Conectividade e a capacidade de atualização de novas informações em frações de segundo podem definir o destino de inúmeras profissões. Contudo, há um lado “sinistro” a ser analisado. Se um médico comete um erro por sua individualidade, apenas uma pessoa é prejudicada. Agora, se um erro semelhante ocorre em uma rede de computadores e as atividades continuam por pouco tempo, a possibilidade de uma catástrofe é real.

Ainda assim, não estamos certos quanto a essa possibilidade, considerando que uma rede de computadores pode simular uma infinidade de cenários para a mesma atividade e minimizar a probabilidade de erro, aproximando-se de zero.

Agora, analisemos uma profissão que lida com

A inteligência artificial está moldando o mundo de maneiras que mal podemos imaginar. Quando você crescer, talvez não haja empregos, isto é, não da maneira como os conhecemos hoje. Não é preciso ser especialista no assunto para chegar a essa conclusão. As civilizações se transformam pelas experiências que vivenciam. Assim, podemos afirmar que a pandemia da Covid-19 nos fez evoluir, tecnologicamente falando, 20 anos em apenas dois, com a inteligência artificial no centro dessa revolução.

O medo de sermos dominados pelos algoritmos nos leva a questionar se as máquinas, guiadas pela inteligência artificial, serão nossas aliadas ou adversárias em um futuro bem próximo. No entanto, sabemos que os seres humanos resolvem a maioria dos problemas sentindo algo. Já um robô, não. Essa diferença essencial levanta debates profundos sobre o papel da IA na sociedade.

Por esse ângulo, podemos deduzir que inteligência e consciência são coisas muito distintas: a inteligência, como a da inteligência artificial, é a aptidão para resolver problemas; já a consciência é a capacidade de sentir dor, amor, alegria e raiva — algo que as máquinas ainda não possuem.

No passado, durante a Revolução Industrial, humanos competiam com máquinas em duas habilidades: física e cognitiva. Levamos vantagem na segunda. Para cada emprego perdido no campo, pelo menos outro era criado nas fábricas. Hoje, com a inteligência artificial, a revanche já começou, e o cenário é bem mais complexo!

A conectividade e a capacidade de atualização de novas informações em frações de segundo, características da inteligência artificial, podem definir o destino de inúmeras profissões. Contudo, há um lado “sinistro” a considerar. Se um médico comete um erro por sua individualidade, apenas uma pessoa é prejudicada. Agora, se um erro ocorre em uma rede de computadores movida a IA e as atividades continuam por pouco tempo, a possibilidade de uma catástrofe é real.

Ainda assim, não estamos certos quanto a essa possibilidade, pois a inteligência artificial pode simular uma infinidade de cenários para a mesma atividade e minimizar a probabilidade de erro, aproximando-se de zero. Essa capacidade impressionante é ao mesmo tempo um alento e um desafio.

Analisemos, por exemplo, uma profissão que lida com cenários imprevisíveis, como o serviço de saúde. Um médico será mais facilmente substituído pela inteligência artificial do que uma enfermeira, devido à necessidade de empatia e contato humano que a segunda exige.

Devemos entender que é possível enxergar um futuro menos sombrio, desde que haja cooperação, e não competição, entre humanos e inteligência artificial. Essa parceria pode atender à necessidade de mão de obra para novas profissões emergentes. Há dez anos, os EUA enfrentaram dificuldades para encontrar pilotos para seus drones. Para cada drone (Predator) sobrevoando a Síria, eram necessários 30 profissionais, enquanto as informações coletadas demandavam pelo menos 80 pessoas, entre pilotos e analistas de dados. A inteligência artificial já está reduzindo essa dependência.

Também não é viável requalificar um caixa de supermercado para essa função, pois ela exige altos níveis de especialização. Um caixa que se qualifique como piloto de drone, dez anos depois, precisará se requalificar novamente, à medida que a inteligência artificial substitui essa ocupação.

Não há como competir diretamente com os avanços da IA, mas podemos aprender a jogar esse xadrez, nos anteciparmos e trabalharmos para potencializar a robotização dos processos. Além disso, devemos buscar a proteção do indivíduo, em vez de lutar contra a necessidade de aprimorar atividades repetitivas humanas.

É importante notar que a inteligência artificial também cria novas oportunidades de emprego em áreas como desenvolvimento de IA, manutenção e reparo de sistemas inteligentes e análise de dados para aprimorar essas tecnologias. Portanto, embora algumas profissões enfrentem desafios, certamente surgirão novas ocupações para atender às demandas emergentes de trabalho. A IA não é apenas uma ameaça; é também uma ferramenta de criação.

Hoje, é mais fácil conversar com um amigo na China do que com meu filho no café da manhã, tudo graças ao avanço da tecnologia e da inteligência artificial. Precisamos saber aproveitar essa dualidade para o nosso bem. Devemos ficar atentos às mudanças, nos adaptar rapidamente e buscar formas de integrar a IA em nossas vidas de maneira ética e produtiva.

José Adriano é empresário, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) e presidente do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre.

cenários imprevisíveis, como o serviço de saúde. Um médico será mais facilmente substituído pela inteligência artificial do que uma enfermeira.

Devemos entender que é perfeitamente possível enxergar um futuro menos sombrio, desde que haja cooperação, e não competição, entre humanos e inteligência artificial, impulsionada pela necessidade de mão de obra para novas profissões.

Um exemplo: há dez anos, os EUA enfrentaram dificuldades para encontrar pilotos para seus drones. Sabia-se que, para cada drone (Predator) sobrevoando a Síria, eram necessários 30 profissionais, enquanto as informações coletadas pelo equipamento demandavam pelo menos 80 pessoas, entre pilotos e analistas de dados.

Também não é viável requalificar um caixa de supermercado para essa função, pois ela exige altos níveis de especialização. Um caixa que consiga se qualificar como piloto de drone, dez anos depois, precisará se requalificar novamente, à medida que a inteligência artificial substituir o piloto de drone.

Não há como competir com os avanços da IA, mas podemos aprender a jogar esse xadrez, nos anteciparmos e trabalharmos para potencializar a robotização dos processos, além de buscarmos a proteção do indivíduo, em vez de lutar contra a necessidade de aprimorar atividades repetitivas humanas.

É importante notar que a IA também cria novas oportunidades de emprego em áreas como desenvolvimento de inteligência artificial, manutenção e reparo de sistemas de IA e análise de dados para aprimorar esses sistemas. Portanto, embora algumas profissões possam enfrentar desafios devido à IA, certamente surgirão novas ocupações para atender às demandas emergentes de trabalho.

Hoje, é mais fácil conversar com um amigo na China do que com meu filho no café da manhã, tudo graças ao avanço da tecnologia. Precisamos saber aproveitar essa dualidade proporcionada pela IA para o nosso bem. Devemos ficar atentos às mudanças e nos adaptar o mais rápido possível a essas transformações.

José Adriano é empresário, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) e presidente do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre.