O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), participou nesta terça-feira, 25, da oficina de validação dos instrumentos de constituição do Comitê de Equidade de Gênero, Raça, Etnia, e Valorização das Trabalhadoras do SUS, promovido pelo Ministério da Saúde (MS) e pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz (Haoc), no auditório da Superintendência Estadual do MS, em Rio Branco. O encontro faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e tem como objetivo promover o diálogo e a construção coletiva de propostas para fortalecer a equidade na gestão do trabalho e na educação no Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.
O evento contou com a presença de diversos profissionais da saúde, que discutiram temas fundamentais para a melhoria das condições de trabalho, com foco na equidade de gênero, raça e etnia.
Representando o MS e o Haoc, a enfermeira Claudenice dos Santos destacou a importância do projeto para os trabalhadores da saúde. “Este é um momento único, pois nenhum outro projeto havia pensado nesses profissionais. Desta vez, identificamos que 80% da população que atua no SUS são trabalhadoras mulheres, e essas mulheres enfrentam desafios diários, como a dupla jornada de trabalho. Aqui no Acre, por exemplo, 65% da força de trabalho da Sesacre é feminina. O projeto vem para olhar para essas profissionais, reconhecer suas dificuldades e proporcionar melhores condições”, enfatizou.
Ao longo desta terça-feira, 25, e quarta, 26, serão discutidas diversas pautas, como a apresentação do Comitê de Equidade, a construção de memórias históricas do estado, debates sobre equidade na gestão do trabalho e na educação na saúde, sendo ministradas oficinas temáticas para aprofundamento dos temas abordados.
A chefe do Núcleo de Populações Prioritárias e Vulneráveis da Sesacre, Irlene Bandeira, reforçou a importância da criação do comitê. “Estamos trabalhando nos instrumentos de validação dessa política, permitindo que os trabalhadores possam pensar em soluções baseadas nas suas necessidades. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, abraçou a iniciativa e estamos motivados a desenvolver o projeto de forma estruturada e abrangente, levando em consideração as regionalidades e especificidades locais”, explicou.
Já a diretora de Redes da Sesacre, Nadine Lopes, agradeceu a presença do MS e reforçou a relevância do evento. “Muitas vezes, os projetos priorizam a população, mas é essencial lembrar que quem cuida também precisa ser cuidado. Esse evento soma muito ao nosso serviço e ensina formas mais eficazes de trabalhar, valorizando os profissionais que fazem o SUS acontecer todos os dias”, destacou.
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