Na última assembleia geral da Associação dos Municípios do Acre (AMAC), realizada nesta quinta-feira, prefeitos de todo o estado, discutiram alternativas para a destinação dos resíduos sólidos no estado. O encontro, presidido pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, também incluiu uma reunião extraordinária do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos, que busca soluções inovadoras para o tratamento do lixo na região.
Entre os principais temas debatidos, esteve a possibilidade de implantação de usinas termoplásticas para transformar resíduos em materiais reutilizáveis, como tijolos e meios-fios, além da proposta de encaminhar o lixo de municípios vizinhos para o aterro sanitário de Rio Branco.
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Segundo o prefeito de Rio Branco há um esforço conjunto para esclarecer as alternativas viáveis e alinhar as estratégias de cada cidade.
“Existiram muitas conversas, muitas especulações há poucos dias atrás, então deixamos claro para cada prefeito o que é que realmente está acontecendo e todas as alternativas que a gente tem. Graças a Deus, está bem encaminhado. Estamos prevendo já uma viagem lá para Santa Catarina, para que os prefeitos possam ver uma nova tecnologia de destinação do lixo, que é a transformação do lixo em material termoplástico.”
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O prefeito de Epitaciolândia, Sérgio Lopes, destacou que a implementação de usinas termoplásticas está em análise e pode ser uma alternativa para melhorar a infraestrutura dos municípios, além de contribuir para a destinação adequada dos resíduos.
“Ainda estamos em análise, ainda estamos estudando, estamos verificando tanto a proposta de trazer para Rio Branco, e para isso existe toda uma adaptação. Precisa implementar a coleta seletiva para diminuir a quantidade de resíduos trazidos para Rio Branco, e estamos estudando também a possibilidade da usina termoplástica. Vamos encontrar uma saída que seja mais viável para o município de Epitaciolandia”.
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Já o prefeito de Acrelândia, Olavo Rezende, enfatizou a urgência da questão e reforçou a importância da viagem técnica para buscar soluções definitivas.
“A gente precisa buscar uma alternativa para esse lixão, que é um problema em todos os municípios. Acredito que aos poucos, se trabalhando, se organizando, a gente vai vencer essa batalha aí, que vem se arrastando a pelo menos desde 2014. Então já tem 10, 11 anos aí que está se arrastando, mas acredito que esse problema aí está com os dias contados.”
Os prefeitos concordaram em intensificar os estudos sobre as melhores opções para cada município e seguir avançando no consórcio para dar uma resposta efetiva à questão dos resíduos sólidos no Acre. A expectativa é que, nos próximos meses, sejam definidas estratégias concretas para a implantação das soluções debatidas.