Para orientar os profissionais de saúde e incentivar o aumento à adesão, o Ministério da Saúde publicou nota sobre as recomendações de tratamento da tuberculose drogarresistente com pretomanida. A atualização foi realizada pela Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM/Dathi/SVSA/MS), em conjunto com a Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos (CGAFME/DAF/Sectics/MS).
A tuberculose drogarresistente ocorre quando a bactéria Mycobacterium tuberculosis, que causa a tuberculose, apresenta resistência a pelo menos um medicamento utilizado comumente no tratamento. A pretomanida foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023 permitindo o uso de dois esquemas encurtados, o BPaL (bedaquilina, pretomanida e linezolida) e o BPaLM (bedaquilina, pretomanida, linezolida e moxifloxacino), que possibilitam encurtar o período do tratamento da tuberculose multirresistente de 18 para 6 meses.
Para a coordenadora-geral da CGTM, Fernanda Dockhorn, a tuberculose é uma das doenças infecciosas mais antigas e desafiadoras. “A resistência aos medicamentos tem se tornado uma das maiores barreiras no controle da tuberculose e a inclusão da pretomanida no tratamento ajuda a otimizar os recursos disponíveis, proporcionando uma alternativa eficaz para pessoas cujos tratamentos anteriores falharam”.
Seguindo as recomendações publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde também atualizou nesta nota a classificação da tuberculose drogarresistente. A novidade é a inclusão da pré-resistência extensiva (Pré-XDR), que ocorre quando há resistência à rifampicina com ou sem isoniazida, acrescida de resistência à fluoroquinolona associada à resistência à linezolida e/ou bedaquilina.
Todos os casos deverão ser notificados no Site-TB para um melhor acompanhamento dos casos. Essas recomendações valem para novos esquemas de tratamento, os tratamentos já iniciados antes desta nota, que não possuem indicação de mudança, devem ser mantidos.
Lorany Silva
Ministério da Saúde