Há poucos dias do início do ano letivo na rede estadual de ensino no Acre, que tem previsão para se iniciar na próxima segunda-feira, 10, pais e responsáveis cortam itens da lista escolar em decorrência dos altos preços, apesar de lotarem as as papelarias, em Cruzeiro do Sul, na busca dos materiais exigidos pelas escolas. Como de costume, muitos deixam para a última hora a compra dos produtos, na esperança de encontrar promoções e garantir descontos. O movimento representa uma estratégia dos consumidores para escapar dos preços exorbitantes.
Empresários do setor apontam que o cenário neste ano tem sido desafiador. Luiz Cunha, proprietário de uma papelaria na região central de município, explica que houve um pequeno reajuste nos preços dos materiais, impulsionado pela alta do dólar.
“Os fornecedores repassaram aumentos, e isso impactou diretamente o preço final para o consumidor. Muitas famílias estão tendo que cortar itens da lista para conseguir encaixar os gastos no orçamento”, afirmou.
Cunha afirma que a inflação dos produtos forçou as escolas rever suas listas de materiais, promovendo uma redução de itens considerados menos essenciais. A medida visa aliviar os custos às famílias e diminuir o impacto no orçamento familiar. “Para nós, empresários, não é bom, mas a gente entende o momento econômico delicado que vive o país”, enfatizou o empresário.
Mesmo com o cenário não favorável, com os altos preços pesando no bolso, nas papelarias as cenas se repetem: filas quilométricas nos caixas, pais comparando preços e crianças empolgadas escolhendo cadernos e mochilas.
“A gente tenta economizar ao máximo, mas tudo subiu muito. Estamos comprando apenas o necessário agora e deixando algumas coisas para depois”, disse uma mãe que fazia compras de última hora.
A tendência é que o movimento nas papelarias locais se intensifique nos próximos dias, como tradicionalmente acontece no início de ano letivo.
Erisney Mesquita/AcreAgora.com
