Edvaldo Magalhães critica subdimensionamento do orçamento e baixa execução de investimentos no Acre
Durante a sessão desta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez duras críticas à condução do orçamento estadual e à baixa eficiência na execução dos investimentos pelo governo. Baseando-se em dados do Relatório da Lei de Responsabilidade Fiscal, ele apontou falhas graves na gestão financeira e destacou a discrepância entre o orçamento estimado e o valor efetivamente realizado no último ano.
Segundo o parlamentar, o orçamento do Estado para 2024 foi estimado em R$ 10,788 bilhões, mas ao final do ano a arrecadação chegou a R$ 11,867 bilhões, um acréscimo significativo. No entanto, ele destacou que, apesar da ampliação de receitas, a aplicação dos recursos em investimentos essenciais tem sido deficitária.
“Quando vamos discutir o orçamento, ele sempre vem subdimensionado, com a justificativa de que não cabe mais nada. Na última votação, por exemplo, tentamos incluir investimentos no combate ao feminicídio e não houve permissão para alteração”, lembrou Magalhães.
Outro ponto levantado pelo oposicionista foi a diferença na execução dos investimentos ao longo dos últimos anos. Em 2021, apenas 43,5% dos recursos destinados a investimentos foram aplicados. Já em 2022, ano eleitoral, o percentual subiu para 72%. No entanto, em 2023, primeiro ano do novo governo, a execução caiu para 36,95% e, no ano seguinte, despencou para 3,84%.
“Esse é um grande problema. O governo não consegue transformar dinheiro já previsto em obras, serviços e aquisição de equipamentos. Isso impede que os recursos circulem na economia, comprometendo a geração de empregos e a arrecadação”, criticou.
Para o deputado, a situação é reflexo da falta de uma equipe técnica qualificada para planejar e executar investimentos. “O que temos visto é o crescimento exponencial de cargos políticos, mas sem fortalecimento das equipes técnicas que poderiam garantir uma melhor execução dos recursos”, afirmou.
Edvaldo Magalhães concluiu cobrando providências imediatas, já que o orçamento de 2025 ainda pode ser corrigido. “Se o governo não ajustar essa rota, a promessa de executar investimentos continuará sendo apenas uma frase de efeito, sem impacto real na economia do Estado”, alertou.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale
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