Rio Branco já registrou uma média de mil casos de dengue nas primeiras semanas do ano de 2025. A informação foi dada nesta sexta-feira (14) pela coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Socorro Martins de Souza, em entrevista concedida ao ContilNet.
A capital do Acre está em estado de emergência desde o dia 23 de janeiro, por conta do aumento de casos das arboviroses (dengue, zika e chikungunya). O decreto foi assinado pelo prefeito Tião Bocalom e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).
“Só em Rio Branco nós já registramos, em média, mil casos de dengue nessas primeiras semanas de janeiro. São casos notificados, mas a confirmação está sendo alta também”, disse Socorro.
A coordenadora disse que uma das maiores preocupações é o fato de que os casos graves da doença estão crescendo, afetando, especialmente, os jovens. Também aumentou o número de internações.
“E a nossa preocupação é que os casos estão se agravando muito, então, nós temos muitos casos graves internados, principalmente de jovens. Uma faixa etária que antes não era tão acometida e agora sim. Então, nossa preocupação é evitar esses casos, diminuir os casos da doença para evitar possíveis óbitos. Inclusive, nós já tivemos óbitos aqui em Rio Branco”, afirmou.
“Dengue é o que está aumentando, e zika e chikungunya estão bem baixos. O nosso carro-chefe mesmo aqui é dengue, que tem bastante casos notificados”, continuou.
Questionada sobre o número de atendimentos nas unidades de saúde, Socorro frisou que ainda não enfrentam superlotação, mas os profissionais estão preparados para um cenário mais grave.
“Como nós temos todas as URAPs atendendo, então elas estão mais espalhadas. Ainda não estão superlotadas. Estamos prevendo que agora vai começar a aumentar por conta da chuva que começa a aumentar também. O secretário e o prefeito já tomaram essa decisão de abrir essas unidades para evitar essa superlotação”, concluiu.