Diante do aumento significativo dos casos de dengue em Cruzeiro do Sul, o prefeito Zequinha Lima assinou, na manhã desta quarta-feira, 5, um decreto que estabelece Situação de Emergência de Saúde Pública no município. A assinatura ocorreu na Unidade Básica de Saúde Dr. Jesuíno de Souza Lins, no bairro Alumínio.
A medida foi tomada com base em um parecer técnico da Secretaria Municipal de Saúde, que aponta alerta máximo devido ao crescimento expressivo das notificações da doença entre 2024 e 2025. O cenário já caracteriza uma epidemia, exigindo ações emergenciais para conter a disseminação do vírus e garantir atendimento adequado à população. O decreto de N 254, autoriza a adoção de todas as medidas administrativas necessárias à contenção da epidemia, em especial, a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial, respeitada a legislação em vigor.
“Em janeiro de 2024 nós tivemos 143 casos e em janeiro de 2025 nós subimos para quase 1500. Decretamos situação de emergência para que possamos buscar, através do governo federal, melhores condições para atender bem a nossa população. O município, inclusive, nunca parou e está realizando várias ações para tentar conter o avanço dos casos de doença. Em 2024, nós tivemos uma diminuição de mais de 50% dos casos de dengue. Só que agora percebemos um aumento de forma acelerada. Desde dezembro e agora, no mês de janeiro, nós intensificamos esse trabalho do Departamento de Limpeza, da Secretaria de Obra, feito um trabalho em conjunto com a Secretaria de Saúde, e identificamos os maiores pontos de incidência”, citou o prefeito Zequinha Lima.
Os bairros mais afetados são o Cruzeirão, seguido do bairro do Remanso, Telegrafo e Miritizal. Nestas e em outras localidades, a prefeitura tem intensificado as ações nas Unidades Básicas de Saúde, com funcionamento na zona urbana até mesmo em feriados das 07h às 19h, na zona rural, até as 13h. Outra medida é a realização do mutirão de limpeza, com mais de 40 homens e máquinas trabalhando em bairros como Remanso, Avenida Coronel Mancio Lima, além de agentes de endemias que realizam visitas domiciliares.
“Nós estamos com ações do serviço de endemias, fazendo a coleta de material, identificando criadouros e eliminando criadouros dos mosquitos, do mosquito em toda a cidade, principalmente na região mais afetada. Nós temos exames laboratoriais e consultas disponíveis para a população afetada pela síndrome febris nesse período para fazer a investigação de dengue e ainda com todo esse aparato estrutural local o número de casos se manteve elevado. Mas a população também precisa fazer a sua, que é cuidar da sua saúde. Suas casas, tirar os criadouros, verificar os acúmulos de água para que a gente possa eliminar ao máximo o volume de vetor do mosquito circulante. Se você estiver com sintomas compatíveis com sintomas da dengue, febre, dor no corpo, dor de cabeça, você deve procurar uma de nossas unidades de saúde. Nós temos o teste NS1, nós temos sorologia e temos atendimento especializado para essa área, inclusive com monitoramento de infectologista. Se a pessoa, principalmente crianças e idosos, apresentar junto a esses sintomas o que a gente chama de sinal de alarme, que é febre, dor de cabeça, dor no corpo, apresentar ânsia de vômito, vômito, tontura, são sinais que podem ser um caso de dengue hemorrágica, de dengue grave. Procure a UPA, procure o Hospital do Juruá imediatamente”, orientou Marcelo Siqueira.