O prazo para se inscrever no concurso público do Ministério Público da União (MPU) está chegando ao fim, com as inscrições se encerrando nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, às 16h. Organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o certame oferece 172 vagas de nível superior, distribuídas entre os cargos de técnico e analista, com remunerações iniciais que alcançam R$ 13.994,78. Os interessados devem acessar o site da FGV para garantir participação, escolhendo o estado onde desejam atuar e realizar a prova, em um processo que promete atrair milhares de candidatos de todo o Brasil. As provas estão agendadas para 4 de maio, em todas as capitais, e o concurso reserva oportunidades para cadastro reserva, além de cotas para negros, pessoas com deficiência e minorias étnico-raciais. Com uma jornada de 40 horas semanais, as vagas abrangem áreas como direito, administração, enfermagem e polícia institucional, consolidando o MPU como uma das seleções mais aguardadas do ano.
A taxa de inscrição varia conforme o cargo: R$ 95 para técnico e R$ 120 para analista, com possibilidade de isenção para candidatos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) ou doadores de medula óssea, desde que solicitado entre 13 e 15 de janeiro. O pagamento deve ser efetuado até 28 de fevereiro, garantindo a participação nas etapas eliminatórias e classificatórias. A seleção anterior, realizada em 2018, demonstrou a capacidade do MPU de convocar além das vagas iniciais, nomeando 1.939 aprovados, dos quais 1.502 tomaram posse, o que alimenta a expectativa de chamadas extras neste novo certame.
Para os candidatos, a escolha do estado é um passo crucial, definindo tanto o local de trabalho quanto o da prova, que será realizada em dois turnos: manhã para analistas e tarde para técnicos. Com provas objetivas e discursivas, exceto para o cargo de técnico em polícia institucional, que inclui teste de aptidão física, o processo seletivo exige preparo intenso, mas também oferece uma chance concreta de ingressar em uma carreira pública com salários iniciais de R$ 8.529,65 para técnicos e até R$ 13,9 mil para analistas.
Detalhes das vagas e oportunidades no MPU
As 172 vagas imediatas do concurso MPU atendem a diversas especialidades, todas exigindo formação superior completa. Para o cargo de analista, com salário inicial de R$ 13.994,78, há 56 oportunidades para graduados em direito e 32 para áreas especializadas, como biblioteconomia, comunicação social, desenvolvimento de sistemas, enfermagem, antropologia, arquitetura, biologia, contabilidade, economia e engenharia. Já o cargo de técnico, com remuneração de R$ 8.529,65, contempla 56 vagas em administração, 8 em polícia institucional e 1 em enfermagem, esta última restrita ao Distrito Federal. A distribuição geográfica das vagas abrange todos os 26 estados e o Distrito Federal, com destaque para 30 posições de técnico em administração e 30 de analista em direito reservadas à capital federal.
Além das vagas imediatas, o certame prevê a formação de cadastro reserva, ampliando as chances de convocação ao longo dos dois anos de validade do concurso, prorrogáveis por igual período. Em 2018, o MPU ofertou apenas 47 vagas iniciais, mas chamou quase 2 mil aprovados, evidenciando a possibilidade de aproveitamento significativo do cadastro. A reserva de vagas também é um diferencial: 20% são destinadas a candidatos negros, 10% a pessoas com deficiência e 10% a minorias étnico-raciais, como indígenas, quilombolas e ciganos.
Etapas do processo seletivo e exigências específicas
O caminho até a aprovação no MPU envolve várias etapas, adaptadas aos cargos disputados. Todos os candidatos enfrentarão uma prova objetiva, composta por 80 questões de múltipla escolha, divididas em dois módulos: conhecimentos gerais e específicos. Para analistas e a maioria dos técnicos, haverá ainda uma prova discursiva, com redação dissertativo-argumentativa de até 30 linhas, valendo 40 pontos, sendo eliminados aqueles que não alcançarem pelo menos 20 pontos. Já os concorrentes ao cargo de técnico em polícia institucional passam por um processo diferenciado, com teste de aptidão física, avaliação médica e programa de formação profissional, além da prova objetiva.
Para o teste de aptidão física, exclusivo aos 500 melhores classificados na objetiva para polícia institucional, os requisitos incluem flexão na barra (mínimo de 3 repetições para homens e 10 segundos de sustentação para mulheres), abdominais (30 para homens e 25 para mulheres) e corrida de 12 minutos, com distâncias definidas no dia da prova. A avaliação médica exige exames como laboratoriais, raio-X de tórax e audiometria, custeados pelo candidato, enquanto o curso de formação, em Brasília, dura quatro semanas e oferece auxílio financeiro de 50% da remuneração do cargo.
Preparação intensa e datas cruciais do concurso
Com a proximidade das provas, marcadas para 4 de maio, os candidatos intensificam os estudos para enfrentar um certame que exige domínio de disciplinas como língua portuguesa, legislação institucional e conhecimentos específicos de cada área. A Fundação Getulio Vargas, responsável pela organização, aplicará as avaliações em todas as capitais, com horários distintos: das 8h às 12h30 para analistas e das 15h às 19h30 para técnicos, seguindo o horário de Brasília. Os portões fecham 30 minutos antes, exigindo pontualidade dos participantes.
Cronograma oficial do concurso MPU
O calendário do concurso é um guia essencial para os candidatos. Confira as datas principais:
- Inscrições: de 13 de janeiro a 27 de fevereiro, até às 16h.
- Solicitação de isenção da taxa: de 13 a 15 de janeiro.
- Pagamento da taxa: até 28 de fevereiro.
- Provas objetiva e discursiva: 4 de maio, em todas as capitais.
Quem tiver dúvidas pode buscar esclarecimentos pelo telefone 0800-283-4628 ou pelo e-mail [email protected], mantendo seus contatos atualizados junto à FGV até a divulgação do resultado final. A validade de dois anos, com possibilidade de prorrogação, reforça a expectativa de convocações ao longo do período.
A atratividade do MPU e o perfil dos candidatos
O concurso MPU se destaca não só pelos salários, que terão reajuste em fevereiro para R$ 9.052,54 (técnicos) e R$ 14.852,98 (analistas), mas também pelos benefícios, como auxílio-alimentação de R$ 1.393,10, assistência pré-escolar de R$ 1.178,82 e auxílio-saúde. A carreira de técnico em polícia institucional, criada em 2022, exige ainda carteira de habilitação categoria B ou superior e inclui gratificação de atividade de segurança, atraindo candidatos interessados em segurança institucional. Já os analistas, especialmente em direito, seguem como os mais disputados, refletindo a tradição jurídica do órgão.
A diversidade de perfis é evidente entre os concorrentes. Em São Paulo, por exemplo, João Pereira, advogado de 29 anos, vê no cargo de analista uma chance de estabilidade e crescimento profissional. No Recife, Ana Costa, técnica de enfermagem, destaca o salário como diferencial para trocar o setor privado pelo público. A experiência de 2018, com 1.270 técnicos e 669 analistas nomeados, motiva os candidatos a apostarem no cadastro reserva, especialmente em estados com maior oferta, como o Distrito Federal.
Cargos em destaque e suas atribuições
Os cargos oferecidos refletem as necessidades do MPU. Técnicos em administração executam tarefas de suporte operacional, enquanto os de enfermagem atuam na saúde dos servidores. Já os de polícia institucional desempenham funções como segurança preventiva, escolta armada e diligências externas. Entre os analistas, os de direito elaboram pareceres e peças jurídicas, enquanto os especializados, como em comunicação social, gerenciam a imagem institucional, e os de engenharia avaliam projetos estruturais. Essa variedade garante a abrangência do certame, atendendo às demandas do Ministério Público em todo o país.
