O estado do Acre teve uma média de três meses sob calor extremo em 2024, segundo um levantamento exclusivo feito a pedido do g1 pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) com dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgado nesta quarta-feira (5).
De acordo com a pesquisa, para cada dia do ano foi calculado um valor limite de temperatura, baseado em dados diários da série histórica entre 2000 e 2024. Como resultado, foi constatado o total de dias no ano de 2024 que superaram os valores mais altos vistos na série histórica, o que configura um extremo de calor.
Com isso, foram, em média, 90,5 dias com temperaturas acima dos recordes históricos no Acre.
O levantamento reflete o cenário do Brasil no ano passado, no qual o país enfrentou a pior seca da sua história. Mais de seis milhões de brasileiros enfrentaram pelo menos 150 dias de calor extremo em 2024, ano marcado como o mais quente da história da Terra.
AC viveu dias de calor extremo em 2024 — Foto: Yuri Marcel/g1
O município com o maior total foi Acrelândia, no extremo leste. A cidade alcançou 121 dias de calor extremo e também liderou o ranking na temperatura máxima registrada, com 40ºC. As demais máximas podem ser conferidas no mapa que consta nesta reportagem.
Logo em seguida, está o município de Senador Guiomard, com 110 dias de calor extremo, e Plácido de Castro, com 108. O município que completa a lista das cidades acreanas que tiveram mais de 100 dias de calor extremo é Bujari, com 102 dias.
Estes municípios concentram uma população de 64.951 pessoas, o que equivale a 7,8% dos habitantes do estado.