Acre lidera iniciativas ambientais com a captação de R$ 15 milhões junto à ONU
O governo do Acre reafirma sua liderança na agenda ambiental global com a captação de USD 2.699.138,16, o equivalente a R$ 15 milhões junto ao Fundo Brasil da Organização das Nações Unidas (ONU) para a implementação do Programa de Resiliência Socioambiental nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Igarapé São Francisco e Lago do Amapá.
“É com grande alegria que anuncio, hoje, uma conquista importante para o nosso estado: o Acre foi contemplado pelo Fundo Brasil-ONU para a Amazônia. São mais de R$ 15 milhões que serão investidos no fortalecimento da governança ambiental, na restauração florestal, segurança hídrica e na bioeconomia. Vamos seguir trabalhando em conjunto para garantir um futuro mais justo, seguro e próspero para nossa população e para o nosso meio ambiente”.
Com a conquista, o chefe do Executivo acreano, Gladson Camelí, relembrou suas participações nas Conferências sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COPs), nas quais vinha defendendo a urgência na destinação de recursos de fundos climáticos para a efetivação das políticas ambientais no Acre.
“A aprovação do Programa de Resiliência Socioambiental é uma resposta efetiva para que possamos desenvolver iniciativas que possam minimizar os impactos das mudanças climáticas e também somar esforços com os demais estados frente aos enormes desafios da Amazônia”.
O Fundo Brasil-ONU é uma parceria estratégica entre o Consórcio da Amazônia Legal (CAL), a ONU Brasil e o governo federal, com o objetivo de apoiar a implementação de soluções sustentáveis e inclusivas para os desafios da Amazônia.
O programa submetido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) ao Fundo Brasil da ONU visa promover o fortalecimento da governança ambiental, a restauração florestal, a segurança hídrica e a bioeconomia.
As ações serão implementadas nas APAs do Lago do Amapá e do Igarapé São Francisco, unidades de conservação de uso sustentável sob gestão estadual. O projeto foi estruturado para alavancar a resiliência socioambiental dessas regiões, garantindo a conservação dos recursos naturais e o fortalecimento das comunidades locais. A execução está prevista para o início de março de 2025, com duração de 24 meses.
Ao falar da aprovação do projeto, o titular da Sema, Leonardo Carvalho, reforçou o compromisso do governo com a continuidade das políticas públicas ambientais do Acre.
“O governador Gladson Camelí tem dado liberdade para a gente fazer o melhor trabalho. Essa conquista é resultado de seu compromisso e também é fruto da dedicação da equipe técnica da Sema. Nossos servidores e especialistas fizeram um trabalho integrado, muito consistente, e não mediram esforços para atender a todos os critérios e as avaliações do fundo da ONU. Estamos muito felizes de termos garantido um recurso tão substancial. Esse é o ano de executar, como o governador fala, e a gente está seguindo forte nessa missão de fazer o melhor para o meio ambiente do estado do Acre”.
O Fundo Brasil-ONU foi lançado em 31 de julho de 2023, em parceria entre o Consórcio da Amazônia Legal, a ONU Brasil e o governo federal, visando mobilizar recursos para iniciativas sustentáveis na região. A proposta do fundo é fomentar alternativas econômicas inclusivas e sustentáveis, com ênfase na segurança física, hídrica, climática, sanitária e alimentar das 29 milhões de pessoas que vivem na Amazônia. Além disso, busca preservar os modos de vida tradicionais e promover soluções alinhadas com a conservação ambiental.
Em dezembro de 2024, o fundo recebeu sua primeira grande doação, no valor de R$ 60 milhões (aproximadamente US$ 13 milhões), concedida pelo governo do Canadá. O anúncio foi feito pelo ex-primeiro-ministro Justin Trudeau durante a Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro.
Com a abertura de inscrições para financiamento, os estados amazônicos submeteram suas propostas ao fundo, passando por um rigoroso processo de seleção. Em 11 de fevereiro de 2025, o Comitê Técnico avaliou os projetos e, nesta quinta-feira, 27, aprovou oficialmente três iniciativas, incluindo o projeto do Acre.
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