O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom e o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, assinaram, na tarde dessa quinta-feira (23), um decreto de emergência no município em razão do aumento da proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras arbovirores. A medida visa agilizar ações de combate à doença, incluindo a contratação de profissionais, serviços e produtos.
De acordo com o prefeito, a cidade enfrenta um momento delicado, semelhante ao de 2021, quando a dengue provocou três mortes na capital. Ele afirmou que, naquela época, além da covid-19, a dengue também foi responsável por óbitos na cidade. O gestor solicitou à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) dados técnicos que foram apresentados e mostraram a gravidade da situação. Com isso, a prefeitura tomou a providência de decretar a emergência. A medida entra em vigor, nesta quinta-feira, e tem três meses de validade, podendo ser prorrogada por mais três meses, caso haja necessidade.
Além disso, a gestão municipal destacou a importância da conscientização da população em relação aos terrenos baldios, que ultrapassam 20 mil na capital. O prefeito apelou para que os proprietários mantenham esses espaços limpos, visto que eles se tornam criadouros do mosquito Aedes aegypti, especialmente neste período chuvoso.
“Na realidade, o que a gente pede é que cada pessoa que tem o seu terreno baldio, por favor, continue nos ajudando. A partir deste ano, nós vamos implementar uma nova política de controle para esses terrenos baldios aqui em Rio Branco. São locais propícios, evidentemente, para o desenvolvimento do mosquito da dengue”, destacou o prefeito.
Segundo dados da Secretaria de Saúde, só na última semana foram registradas mais de 400 notificações, totalizando cerca de 800 nos últimos 15 dias. Segundo o secretário de Saúde do município, Rennan Biths, a confirmação dos casos depende de exames laboratoriais, que possuem um intervalo de tempo entre a coleta e a liberação do resultado, dificultando a consolidação imediata dos dados.
“Neste ano, como estamos iniciando agora, ainda não conseguimos finalizar os dados, porque a gente finaliza com a conclusão de um período que, no caso, é o mês. Então, como ainda não finalizamos o mês, não temos esses dados consolidados”, explicou Biths.