O Ministério da Saúde – por meio do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi/SVSA/MS) – atualizou a embalagem do autoteste para HIV. Nos próximos meses, os serviços de saúde receberão os insumos com a nova caixa.
Para o coordenador-geral de Vigilância de HIV e Aids (CGHA/Dathi/MS), Artur Kalichman, a mudança da embalagem visa impactar diretamente a forma como as pessoas percebem e utilizam o produto. “Essa mudança não se limita a um simples ajuste estético, acreditamos que a embalagem menor facilitará o transporte do autoteste, tornando-o mais discreto e acessível”.
Em 2024, o Ministério da Saúde publicou nota técnica com recomendações sobre o uso do autoteste de HIV para início do uso de profilaxia pós-exposição (PEP) como alternativa quando não há possibilidade de realizar a testagem rápida. O objetivo é dar celeridade ao atendimento, visto que a PEP deve ser iniciada em, no máximo, 72 horas após exposição de risco ao vírus.
No mesmo ano, a pasta ministerial publicou a Nota Técnica nº26/2024 orientando profissionais de saúde e gestores a respeito do uso de autoteste de HIV para indicação da profilaxia pré-exposição (PrEP) oral de risco ao HIV via teleatendimento. Segundo o diretor do Dathi (SVSA/MS), Draurio Barreira, a atual gestão está trabalhando para facilitar uma maior adesão ao autoteste, contribuindo para um diagnóstico precoce e, consequentemente, para a eliminação da transmissão do HIV.
“Estamos comprometidos com a agenda de eliminação de aids e da transmissão do HIV enquanto problemas de saúde pública no Brasil. Simplificar o processo de testagem e torná-lo mais acessível e menos intimidador são formas de quebrar barreiras e tornar a resposta ao HIV mais eficaz e inclusiva”, afirma o diretor.
Uso do autoteste
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a utilização do autoteste para ampliação do diagnóstico da infecção pelo HIV. A ferramenta é fácil de utilizar, e funciona da mesma forma que os testes rápidos utilizados em serviços de saúde, mas é feito pela própria pessoa no local em que se sentir segura, no momento que preferir, sozinha ou com alguém em quem confia.
O resultado isolado do autoteste para HIV não pode ser utilizado para o diagnóstico definitivo e sim como triagem. Caso o resultado seja “reagente”, ou seja, positivo, é necessário procurar um serviço de saúde para confirmar o diagnóstico. Se confirmada a infecção pelo HIV, o(a) profissional de saúde realizará os encaminhamentos necessários para o início imediato do tratamento com objetivo de evitar a progressão da infecção e auxiliar na qualidade de vida.
Para conhecer mais sobre o autoteste, acesse: gov.br/aids (https://www.gov.br/aids/pt-br/assuntos/hiv-aids/autoteste-de-hiv)
Lorany Silva e Ádria Albarado
Ministério da Saúde