Gustavo Scarpa inaugurou uma pista de skate com seu nome, em Hortolândia, interior de São Paulo, nesta terça-feira (11/12). Apesar do meia do Galo ter investido bastante para que esse “sonho” saísse do papel, o local foi alvo de polêmicas por denúncias trabalhistas de colaboradores diretos da obra.
No evento, Scarpa reuniu amigos e skatistas. Hortolândia foi escolhida por ser a cidade natal do jogador e a pista foi construída com recursos próprios, que também é um entusiasta do esporte de quatro rodinhas – o terreno foi doado pela prefeitura.
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Construção e polêmicas
A obra da “Pista de Skate Gustavo Scarpa” foi iniciada em setembro de 2022, quando o atual meia do Galo ainda atuava pelo Palmeiras. O projeto foi feito pela empresa PUG Skateparks, especializada em construções do tipo no país, e contou com a participação da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia da cidade de Hortolândia e do Instituto Gustavo Scarpa.
O projeto é de uma “pista de skate nível internacional” na cidade natal do jogador e o próprio atleta foi um intermediário ao destinar recursos por meio da Lei de Incentivo Fiscal.
No começo de dezembro, o portal LeoDias revelou com exclusividade o caso do pedreiro Mário Dias Santana, que trabalhou na obra da pista durante três meses, entre maio e julho de 2023, sem registro, com condições insalubres de trabalho, e segundo ele próprio revelou em entrevista, recebendo menos que o combinado.
“Cheguei e a obra já tinha começado, mas fiz um trabalho de primeira linha. É difícil fazer pista de skate com o acabamento retinho. Fiquei três meses lá sem registro, sendo enrolado”, afirma Mário.
Por conta das irregularidades, Mário Dias entrou na Justiça contra as partes e pede os valores retroativos. Para a PUG, ele ainda prestou serviços por mais sete meses em uma pista de skate em Indaiatuba, também no interior paulista. Lá, entre julho de 2023 e fevereiro de 2024, a carteira chegou a ser assinada, mas com valores incompletos e sem o cumprimento dos direitos CLT e dos vencimentos do INSS. Ao todo, o empreiteiro pede R$ 156 mil.
O portal LeoDias também revelou outros dois processos com teor parecido ao impetrado por Mário Dias. Ambos estão na Justiça do Trabalho da região de Campinas e também foi realizado por colaboradores diretos da obra que reclamam direitos trabalhistas que não foram cumpridos.
Combinados, os pedidos dos dois processos somam R$ 210 mil referente a direitos trabalhistas desrespeitados. Os pedidos envolvem indenização por danos morais e reconhecimento da nulidade da contratação intermitente. Além do não pagamento de parte de salário, férias proporcionais, 13º salário e FGTS no encerramento do contrato.
Em nota, Scarpa afirmou que seu projeto visa incentivar o esporte entre jovens e crianças, minimizando as acusações feitas por Mário Dias. Segundo ele, seu compromisso com o projeto social e argumentando que as denúncias são tentativas de desvirtuar seu trabalho.
Veja a nota de Gustavo Scarpa sobre o processo trabalhista do pedreiro Mário Dias
“Gostaria de avisar que já me manifestei à Justiça e sigo aguardando os próximos passos. Infelizmente, o que não falta é gente maldosa querendo tirar proveito do trabalho dos outros… sem novidades”, falou em uma publicação no seu perfil do Instagram.
“O nosso principal objetivo é incentivar o esporte e dar suporte aos adolescentes e crianças da região de Hortolândia e cidades vizinhas. Engraçado que, pra ajudar o Instituto do Scarpinha a pagar pela obra da pista, que será de muita utilidade para várias pessoas, ninguém se prontificou”.