Mesmo após PL que proíbe a presença de crianças na parada gay ter sido vetado pelo prefeito Tião Bocalom, alegando inconstitucionalidade após consultar sua equipe jurídica, seu Líder na Câmara, vereador Marcos Luz está se mostrando, na reta final de seu mandato, um “menino teimoso”.
Ele insiste na derrubada do veto e agora acusou o Procurador do Ministério Público Federal, Lucas Dias, de ativismo da causa LGBTQIAPN+, e ainda disse, de forma pejorativa, que o procurador faz parte da comunidade.
O vereador, líder do prefeito na Câmara, disse ter ficado surpreso ao ver pela mídia, ‘que um procurador do Ministério Público Federal encaminhou uma análise para uma possível denúncia ao MPF contra ele’. O motivo teria sido um vídeo publicado por ele (Marcos Luz), ‘solicitando atenção, fiscalização da população em relação a um projeto que está tramitando na casa’, trata-se do PL que proíbe a presença de crianças na parada gay.
“E no domingo, eu recebi em minha casa a visita de um oficial de justiça para apagar o dito vídeo. E agora, não satisfeito ainda, o procurador que mais parece um ativista, e que faz parte da comunidade LGBT, então fica parecendo que existe uma advocacia, que se for constatado, tá errado, porque o procurador e o MP não podem advogar, e o procurador mais parece um advogado. Então agora querem me incriminar”, disse.
Sobre a inconstitucionalidade alegada no veto, o vereador que se diz de direita rebate “ se o supremo tribunal federal não se posicionou, não há de se dizer que é inconstitucional. Agora sabe porque essa pressão, essa perseguição desse esquerdista (referindo-se ao Procurador Lucas Dias) porque eu tenho lado, eu sou de direita, eu sou conservador, eu sou Bolsonaro, eu sou liberdade, Deus, pátria e família. E é lógico que isso incomoda a esquerda, os petralhas”, enfatizou o vereador.
A lei ainda está em tramitação na Câmara e deve ser votada nos próximos dias, antes do recesso parlamentar na próxima semana e Marcos Luz disse que está trabalhando para derrubar o veto do prefeito Tião Bocalom. Procurado pela redação do Contilnet, sobre sua articulação dentro da casa para a derrubada do veto, ele disse: “estou pedindo voto” e disse que o MP só pode agir depois da aprovação ou não da Lei.