O Estado do Acre comemora avanços na preservação e gestão do patrimônio documental brasileiro com a recriação do Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, (MoWBR). A iniciativa, oficializada em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, nesta última quarta-feira, 18, confirma o compromisso nacional com a valorização da memória e da história coletiva.
Como parte integrante da Rede Nacional de Arquivos Estaduais, o Acre tem avançado na implementação de políticas arquivísticas. “Estamos construindo o nosso Arquivo Público e consolidando uma política documental que integra o estado às iniciativas nacionais e internacionais de preservação da memória”, afirma a secretária adjunta de Gestão Administrativa da Secretaria de Estado de Administração (Sead), Keuly Tavares.
A recriação do Comitê Nacional é resultado da união do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Ministério da Cultura (MinC). O novo comitê terá um papel estratégico na identificação, preservação e democratização do acesso a coleções documentais de importância mundial.
A portaria conjunta, publicada no Diário Oficial da União, estabelece diretrizes claras para o funcionamento do Comitê, que contará com uma Comissão Consultiva composta por representantes da sociedade civil. O objetivo é ampliar a participação social e fomentar políticas de preservação em todo o território nacional.
O secretário de Administração, Paulo Roberto Correia, destacou a importância da memória histórica como ferramenta para fortalecer valores sociais e democráticos: “A memória é um patrimônio coletivo que nos permite compreender o passado e traçar melhores rotas para um futuro próspero”.
O Programa Memória do Mundo da Unesco, criado em 1992, tem como propósito salvaguardar e promover o acesso universal ao patrimônio documental da humanidade. A reintegração do Brasil ao programa reforça os laços entre as esferas global e local, impactando diretamente estados como o Acre, que já atua na valorização de seu acervo histórico.
No Acre, os esforços para fortalecer a gestão documental são reflexo dessa conexão. “Fazemos parte de um movimento maior, que reconhece o papel do patrimônio documental na construção de uma sociedade democrática e plural”, ressaltou o governador Gladson Cameli.
Com o lançamento de editais previstos para 2025, que incluirão a seleção de novos representantes para o Comitê e o reconhecimento de acervos documentais no âmbito nacional, o Acre mantém seu compromisso com a preservação da memória, fazendo parte da Rede Nacional de Arquivos Estaduais com ações coordenadas e sustentáveis.
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